Veja, caro (a) leitor (a), o que o quarteto-mágico do PT aprontou. É de causar pasmo, porém, tudo aconteceu no corrente mês, num jantar, no Hotel Unique, em São Paulo. Quem eram os componentes da mesa? Lula, Dilma, o ex-ministro Franklin Martins e o presidente do PT, Rui Falcão. Vamos a uma leve biografia dos ilustrados?
O deputado Roberto Jefferson, que mandou para as cucuias todo o sistema de corrupção do PT, bradou para o chefe da quadrilha: “Sai daí, ZÉ”, o Zé Dirceu, célere, escafedeu-se da Casa Civil.
Gente, não houve um simples gesto de Lula em defesa do seu ministro. Por quê? Porque, segundo Marcos Valério, do Trem Pagador do Mensalão, Lula tinha conhecimento total do esquema dos saqueadores do Erário Nacional. Ainda, em seu livro, “Quente”, o jornalista Merval Pereira, defendendo a “Teoria do Domínio do Fato”, testifica que, também, é autor do crime quem está no controle da ação criminosa, embora não se envolva diretamente com os atos ilegais. Daí, então, vocifera Merval: “Ministros do STF deixaram escapar que, pela tese do ‘Domínio do Fato’, se a cadeia de comando não terminasse no ex-ministro José Dirceu, teria de SUBIR UM PATAMAR E ATINGIR LULA”. E, desse modo, Lula continua fora da grade.
E a 2ª personagem da citada reunião no hotel em São Paulo? É a presidente Dilma. Jovem, com 16 anos, ingressou no Polop (Organização Política Operária), casando-se com o jornalista Cláudio Galeno Linhares, militante revolucionário clandestino e de concepção marxista-stalinista-cambojista-castrista. Dilma foi presa, aos 22 anos, no dia 16/01/1970, confinada no presídio Tiradentes em São Paulo, até 1973. Todavia, antes de sua prisão, seu marido abandonou-a, fugindo para Cuba num avião sequestrado. Com o seu segundo marido, o advogado Carlos Franklin de Araújo, Dilma participou da elaboração de assaltos aos bancos Banespa, Mercantil de São Paulo. O procurador militar que a denunciou referiu-se à Dilma como “Joana D’arc da subversão”.
E o 3º personagem? O ex-ministro Franklin Martins comandou o sequestro do embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrik, como integrante da falange VAR-Palmares (Vanguarda Revolucionária Palmares).
E o 4º personagem da citada reunião no Hotel Unique? Rui Falcão é o tipo de político que galgou a honra de presidir o PT, em nível nacional, com poucos méritos e, dessa maneira, triunfos sem glória.
As manifestações de Rui Falcão como dirigente máximo do petismo traduzem castelos fundados sobre areia, semelhantes à estatua de Nabucodonozor, cujo corpo era feito de metais preciosos, mas assentados sobre pernas de saibro.
Considerando que, no período da reunião em São Paulo, no 1º turno, ocorria o empate entre Marina e Dilma, e, no 2º turno, a pesquisa sinalizava Marina com a vantagem de 10 pontos, o glorioso quarteto decidiu partir para os ataques acrimoniosos. Com 12 minutos de tempo na TV, contra 2 da Marina e máquina estatal à disposição, vamos partir para o tudo ou nada. E, assim, aconteceu: inescrupulosa sucessão de mentiras, manipulações e falsas acusações contra Marina.
Como bem assevera o renomado articulista da revista Veja (24/09/2014), J. R. Guzzo: “se Dilma não for eleita, GARANTE SUA CAMPANHA, a comida vai sumir das mesas, as crianças passarão a receber livros em branco. Os banqueiros vão ordenar demissões em massa, fechar escolas e acabar com o Bolsa Família. Por ser negra, magrinha e de origem paupérrima, ou por lembrar que passou fome na infância, a concorrente Marina Silva é acusada de ser uma-coitadinha-e-uma-pobre-diaba e, assim, sem condições de ser presidente”.
Caro (a) leitor (a), é a regra do PT de tratear. Além da falta de decência, de lucidez e de bons modos da campanha, as imagens e narrações no programa de Dilma são para iludir o eleitor, e não para esclarecê-lo. Tal padrão de campanha visa apenas explorar a emoção dos eleitores. Isso é fugir do confronto de ideias. E, dessa forma, Dilma já ultrapassa Marina nas intenções de votos. Quem dominará a jamanta do PT? Só o voto do eleitor consciente.