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J. Bandeira: "Excelência Dilma, sossega e abaixe o facho"

Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil aposentado e, ex-vereador em Campo Grande, MS.

Redação

27/02/2015 - 00h00
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Sem dúvida, obra dos marqueteiros do PT atribuir, ao governo do ex-presidente FHC, há 15 anos, o maior escândalo de corrupção. O brado é do Senador do PMDB, Pedro Simon: “Nunca vi um momento tão dramático. Estamos diante de um dos maiores escândalos de corrupção do mundo”, (Veja, pág. 15, 14/01.15).

Então, caro leitor (a), pegou mal a declaração de Dilma (Jornal Nacional, 21/02/15), culpando FHC por não ter investigado a Petrobras, quando gregos e troianos sabem que a roubalheira toda, é do tempo do Lula. Antes do lançamento de Dilma para sucedê-lo, Lula raivoso e no mais elevado nível de preocupação, ABAFOU a criação de um CPI que investigaria a Petrobras. Por quê? Porque as empreiteiras balbuciaram nos seus ouvidos: “Olha, se essa CPI funcionar mesmo, babau dinheiro campanha da Dilma”. E vingou sem que Lula ter de explicar as falcatruas que, já nessa época, sangravam os cofres da estatal, mas que, somente em 2014 foram mapeadas pela Polícia Federal através de OPERAÇÃO LAVA-JATO.

É imperioso que se alevante, desde o início da Operação Lava-Jato, a ação patriótica do juiz federal SÉRGIO MORO, o responsável para que, em momento nenhum, a máquina engasgue, no processo que investiga o megaesquema de corrupção na Petrobras. Desde março/14, ele autorizou 161 mandados de busca e apreensão, decretou a prisão de 60 pessoas e determinou o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias de suspeitos, incluindo os alvos assim: funcionários da Petrobras, os donos de empreiteiras e, por fim, os políticos.

O leitor (a), indagar-me-á: Essa instituição denominada Lava-Jato, estriba-se em que mecânica legal? Respondo: Primeiro, o surgimento da crença de que poderosos podem ir para a cadeia. As normas sobre lavagem de dinheiro, Lei nº 9613/98, nasceram da adesão do Brasil à Convenção de Viena (1988). A sigla Lava-Jato se originou da detectação de fraudes pela Polícia Federal em um posto de gasolina em Brasília. A Delação Premiada adveio da Lei nº 8072/90, pela qual, é possível reduzir a pena do acusado que entregar seus cúmplices.

Disse aqui, que a roubalheira toda, começou no governo Lula. Quando a presidente Dilma ocupava a Casa Civil e, ao mesmo tempo, presidia o Conselho de Administração da Petrobras, qual foi o seu ato intempestivo? Dilma aprovou um dossiê fagulhoso do afilhado do Senador Delcídio (PT-MS), engenheiro Nestor Cerveró, autorizando no dia 03/02/06, a aquisição de 50% das ações da empresa “Astral Oil”, localizada em Pasadena, no Texas-USA, pela quantia de US$360 milhões. Santo Deus, gente, veja o brutal superfaturamento: Se em 2005 a empresa belga pagou pelos 100% das ações o valor total de US$ 42,5 milhões, como então, pagar no ano seguinte, US$ 360 milhões, por apenas 50% das ações. Só sei que os outros 50% das ações, foram adquiridas por US$ 820,5 milhões.

À grande e boa verdade é que nos rádios, tevês, jornais, blogs, redes sociais, sites de notícia, facebook, as notícias versam sobre corrupção sempre. Como por exemplo: Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu US$4,5 milhões; Paulo Roberto Costa, ex-diretor, recebeu R$ 4,2 milhões a título de suborno para não “atrapalhar” a decisão de Dilma para a compra da refinaria de Pasadena; empreiteiras pagaram R$182 milhões ao PT de contratos com a Petrobras; MPF cobra na justiça R$4,47 bilhões de ressarcimento de recurso desviado; Ricardo Pessoa, da UTC, preso em Curitiba, se beneficiando da delação premiada, vai contar que desde 2003, dá dinheiro de propina ao PT, cujo esquema de cobrança era organizado pelo então tesoureiro, Delúbio Soares, que em 2014, deu a candidatos do PT 30 milhões de reais obtidos no petrólão.

Se continuarmos, encheremos uma jamanta de atos corrosivos ao patrimônio público. Substanciando, qual a conclusão? A conclusão que se chega é a de que foi o próprio PT que introduziu em si mesmo, uma doença prolongada e incurável chamada CORRUPÇÃO, enfermidade essa que regenerou suas células e o transformou em algo que não tem mais nada a ver com aquilo que sonhava SER, quando nasceu.

De maneira que, agora, de nada adianta Dilma sair da toca, inspirada pelo marqueteiro Joel Santana, acusar o governo FHC como o responsável pelas maracutaias na Petrobras. Ora, Da. Dilma, tudo isso mesmo depois de 12 anos do PT na Presidência? Bem asseverou o ex-governador de São Paulo, Alberto Godlman: “Por mais que o PT se esforce para atribuir, aos outros, atos ilegais, ninguém vai superá-lo, na capacidade de assaltar os cofres públicos”.

EDITORIAL

O paralelo entre o consórcio e a Enel

A greve dos motoristas de ônibus, motivada pela incapacidade financeira do concessionário de honrar os salários de seus empregados, é o fundo do poço de um contrato problemático

18/12/2025 07h15

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A população de Campo Grande caminha para viver uma semana lamentável na prestação de serviços essenciais, em especial no transporte público.

A iminência de paralisações, a insegurança sobre a continuidade das linhas e o desgaste cotidiano enfrentado pelos usuários expõem, de forma escancarada, um sistema que já vinha dando sinais claros de esgotamento. O que se vê agora não é um episódio isolado, mas o ápice de uma crise que se arrasta há anos.

A greve dos motoristas de ônibus, motivada pela incapacidade financeira do concessionário de honrar o pagamento dos salários de seus empregados, representa o fundo do poço de um contrato problemático.

Um contrato que resulta em um serviço aquém do esperado, marcado por frota envelhecida, atrasos constantes, superlotação e uma satisfação baixíssima da população. Quando trabalhadores deixam de receber e usuários ficam sem transporte, fica evidente que o modelo fracassou.

A situação revelada durante a greve escancara uma verdadeira falência contratual. Não se trata apenas de um colapso financeiro, mas também de uma falência de credibilidade junto aos usuários, às instituições e ao próprio poder concedente.

O paralelo com a crise vivida pela concessionária de energia elétrica Enel, em São Paulo, é inevitável. Assim como ocorreu no setor elétrico paulista, o problema deixou de ser apenas técnico ou pontual e passou a comprometer a confiança no serviço prestado e na capacidade de resposta da concessionária.

A demonstração mais clara desse cenário lamentável foi a intervenção da Justiça no Consórcio Guaicurus, decidida nesta semana. Ainda que se discuta se a intervenção será, de fato, efetivada ou em que moldes ocorrerá, o simples fato de o Judiciário ser chamado a intervir já evidencia a gravidade da situação.

Quando contratos de concessão chegam a esse ponto, é sinal de que todos os mecanismos de fiscalização e correção falharam ao longo do caminho.

Independentemente do desfecho jurídico, o que se impõe é a necessidade urgente de mudar a forma de prestar o serviço de transporte público em Campo Grande. Não se resolve um problema estrutural com medidas improvisadas, paliativos ou decisões baseadas em achismos.

É indispensável uma ampla revisão do modelo, com estudos técnicos consistentes, um desenho financeiro sustentável e metas claras de qualidade e eficiência.

Há cerca de dois anos, o governo do Estado, que tem acumulado experiência em parcerias público-privadas, dispôs-se a auxiliar o Município na busca por soluções. Não está claro, até agora, se essa ajuda foi efetivamente buscada ou aproveitada pela administração municipal.

O fato é que oportunidades de cooperação técnica e institucional não podem ser desperdiçadas quando está em jogo um serviço essencial para a vida urbana.

O que está absolutamente claro é que algo precisa ser feito – e com urgência. Mais do que uma greve de motoristas, a situação vivida nesta semana é um grito coletivo por melhoria do transporte público.

É o clamor de trabalhadores que querem receber em dia, de usuários que exigem dignidade e de uma cidade que não pode continuar refém de um sistema falido. Ignorar esse alerta é condenar Campo Grande a repetir, indefinidamente, os mesmos erros e as mesmas crises.

ARTIGOS

Greve de ônibus em Campo Grande expõe falhas de gestão e fragilidade institucional

Quando um serviço essencial entra em colapso, evidencia-se a ausência de planejamento, de fiscalização eficiente e de mecanismos de mediação capazes de prevenir crises que afetam diretamente a vida da população

17/12/2025 07h45

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A greve de ônibus em Campo Grande vai além de um impasse pontual entre trabalhadores, empresas e poder público, ela escancara a precariedade da gestão atual e a fragilidade das instituições responsáveis por garantir a prestação adequada dos serviços públicos.

Quando o transporte coletivo – um serviço essencial – entra em colapso, evidencia-se a ausência de planejamento, de fiscalização eficiente e de mecanismos de mediação capazes de prevenir crises que afetam diretamente a vida da população.

As instituições que deveriam zelar pela entrega de valor à sociedade falham ao permitir que conflitos previsíveis cheguem a esse nível. A gestão pública, ao não exercer seu papel regulador com firmeza e transparência, transfere para o cidadão o custo da ineficiência administrativa.

A falta de diálogo estruturado, de contratos bem fiscalizados e de políticas de mobilidade consistentes cria um ambiente de instabilidade permanente, no qual greves se tornam recorrentes e quase naturalizadas.

O impacto econômico é imediato e amplo. Trabalhadores enfrentam dificuldades para chegar aos seus empregos, empresas perdem produtividade, o comércio registra queda no movimento e serviços essenciais operam de forma precária.

A economia como um todo sai perdendo, pois a interrupção do transporte coletivo afeta cadeias produtivas inteiras e aprofunda desigualdades, penalizando principalmente quem depende exclusivamente do ônibus para se deslocar.

Além disso, a paralisação traz consequências diretas para a saúde e o bem-estar de todos. Com a dificuldade de deslocamento, equipes responsáveis pelos serviços de asseio e conservação também são prejudicadas, resultando em deterioração das condições sanitárias em diversos ambientes, como escolas, supermercados, condomínios, etc.

Esse cenário favorece a proliferação de doenças, aumenta riscos ambientais e compromete a qualidade de vida.

Mais grave ainda é o prejuízo à cidadania. O direito de ir e vir é comprometido, assim como o acesso a serviços básicos, e a população passa a perceber o Estado como incapaz de cumprir sua função básica de garantir serviços públicos de qualidade.

Isso corrói a confiança nas instituições e reforça a sensação de abandono e descrédito na gestão pública.

A greve de ônibus, portanto, não deve ser vista apenas como um problema trabalhista ou operacional, mas como um sintoma de falhas estruturais.

Superar esse cenário exige uma gestão mais profissional, instituições fortalecidas, transparência nos contratos e um compromisso real com a entrega de valor ao cidadão. Sem isso, crises semelhantes continuarão a se repetir, com custos sociais, econômicos e sanitários cada vez mais elevados.

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