O dia 19 de novembro é dedicado à Bandeira Brasileira. Nesse dia, cultuamos o “Auriverde Pendão da Esperança”, que alenta os brasileiros a caminharem sempre avante, nesta efêmera caminhada da vida. É alento de esperança a um povo ordeiro e pacífico, que ama a paz e detesta a guerra. Mas, se a pátria amada for ultrajada, o brasileiro não fugirá à luta, tendo como amparo o heroico baluarte flamejado de estrelas a iluminar a trilha de seus intrépidos defensores. Foi assim nas épicas passagens de Humaitá e Itororó, na Guerra do Paraguai, e nos terrenos inóspitos dos Apeninos, na Itália, na Segunda Guerra Mundial. Naquelas ocasiões sombrias, o sereno Pavilhão Auriverde aqueceu o coração dos destemidos soldados brasileiros a lutar impávidos pela causa da paz e da liberdade.
A Bandeira Brasileira é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, em conjunto com o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional, como assim dispõe a Constituição Federal de 1988 no § 1º, do art. 13. Na Bandeira, consta um losango amarelo em campo verde, tendo ao meio a esfera celeste e azul semeada em vinte e sete estrelas, atravessada por uma faixa branca com a inscrição “Ordem e Progresso”. Esta frase teve como fonte de inspiração o movimento filosófico denominado Positivismo, surgido no século 19, uma corrente ideológica encabeçada pelo filósofo francês Auguste Comte, defensor do progresso como uma das únicas saídas para a evolução da humanidade. O positivismo trazia em seu bojo o dístico “O amor por princípio e a ordem por base”. Em 1945, no Brasil, o escritor Roberto Freire, um dos mais entusiastas seguidores do positivismo, escreveu o livro intitulado “Ordem e Progresso”, inspirado no lema da Bandeira Brasileira no sistema republicano.
Na esfera azul, as estrelas representam cada um dos estados-membros da República Federativa do Brasil, em número de vinte e três até 1992. A partir desse ano, foram incluídas na esfera mais quatro estrelas, representando os novos estados do Amapá, Tocantins, Roraima e Rondônia, perfazendo, a partir de 11 de maio de 1992, vinte e sete estrelas, que é o número exato dos atuais estados brasileiros mais o Distrito Federal. Uma curiosidade sobre a nossa Bandeira: a instituição da Bandeira Brasileira ocorreu por força do Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, exatamente quatro dias após a data da Proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro do mesmo ano. Segundo ainda o referido decreto, o significado das cores da Bandeira Republicana representa o mesmo auriverde da bandeira imperial, que foi mantido por considerar-se que as cores da antiga bandeira “recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da pátria”. Todavia, num aspecto geral, as cores da nossa Bandeira representam a esperança, o verde da juventude; as riquezas naturais, sobretudo o ouro, o amarelo reluzente; o céu azul sereno durante o dia, o azul-celeste; e as estrelas cintilantes, as noites cálidas brasileiras.
Nesse dia consagrado à Bandeira Brasileira, cada cidadão brasileiro deve cultuá-la com respeito e admiração. Devemos todos nós homenageá-la relatando a nossos filhos os feitos heroicos de nossos antepassados, que a honraram na guerra, vencendo os inimigos de nossa Pátria, sem temor; e na paz, trabalhando com amor, uníssonos, pela prosperidade do nosso querido Brasil!
Como é belo ver a Bandeira Brasileira agitar-se soberanamente ao sabor dos ares da Pátria Amada, como nos dias de festejos comemorativos às datas nacionais. Ou em qualquer outro momento adequado a cultuá-la. E à juventude – reserva de esperança no futuro do nosso amado Brasil –, cabe cultuá-la com o mesmo amor e respeito dos nossos antepassados, que não mediram esforços na guerra e na paz para defendê-la e amá-la com o mais profundo sentimento da nacionalidade.