Estamos vivendo um momento precioso na história da humanidade. Encanta a facilidade e a multiplicidade de meios de comunicação. Distâncias não existem. Tudo está nas mãos, nas redes sociais e em outros canais de comunicação.
Temos à disposição instrumentos maravilhosos. Instrumentos que modificam o ambiente e a maneira de conviver. Por eles poderíamos semear alegria, esperança, amor, perdão e tantos outros valores que fariam do planeta terra uma habitação rica de paz e de fraternidade.
Mas uma parcela dessa humanidade não entende assim. Prefere usar esses canais para difundir ameaças, rancores e ódios. A mais terrível e mortífera guerra está declarada e implantada. E muitos inocentes continuam sendo vítimas dessas armadilhas tão bem montadas e organizadas. Assaltos, roubos, mortes e todo o tipo de violência fazem parte desse esquema diabólico. Poderia não existir isso.
Seria bem melhor se todos constituíssem uma corrente de comunicações para difundir o bem e a verdade que se encontram nas paginas sagradas da Bíblia e nas consciências de todos aqueles e aquelas que, iluminados pelo Espírito Santo do Senhor, alegremente lutam para construir um mundo mais humano e mais solidário.
Foi justamente para isso que o Mestre dos mestres, após sua morte e ressurreição, se apresentou aos discípulos medrosos e confiou-lhes uma missão muito preciosa. Disse-lhes: “Assim como o Pai me enviou, eu tambem envio vocês. Tendo falado isso, Jesus soprou sobre eles, dizendo: recebam o Espírito Santo. Os pecados que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados que não perdoarem não serão perdoados”. (Jo.20,21-23)
Poderia, depois de tanto sofrimento, de tantas calúnias e de tanto desprezo, incitar seus seguidores a vingarem tudo isso que sofrera. Mas não. Deixa uma lição difícil de entender. Em lugar da vingança pede que levem o perdão. Em lugar do ódio pede que transmitam a paz. Em lugar do desprezo pede que ofereçam o amor.
Assim deveria ser o nosso mundo e o nosso ambiente de convivência. Assim deveria ser a nossa maneira de conceber os dons que Deus permanentemente nos fornece. Dons a serviço do bem e não do mal. Dons a serviço da verdade e não da mentira. Dons a serviço do perdão e não do ódio. Dons a serviço da vida e não da morte.
Esse deveria ser o Pentecostes a ser celebrado em cada consciência, em cada comunidade e até mesmo em todas as organizações políticas, econômicas e sociais. Um Pentecostes que derrubasse todas as barreiras construídas contra a fé e contra o amor. Um Pentecostes que abrisse as mentes e os corações de todos para mudarem de atitude em face da vida constantemente ameaçada pelo terrorismo das drogas e do tráfico humano.
Certamente sopra em nossas mentes um sonho de que o mundo ainda possa alcançar a alegria de poder celebrar a paz entre os povos, entre as religiões e entre as culturas. Todos irmãos e irmãs na mesma fé e na mesma comunhão. Todos numa única e sólida sintonia do amor de Deus,