A grandeza do ser humano não se mede pelo que sabe, mas pelo que é. Os conhecimentos são importantes na medida em que contribuírem para o aperfeiçoamento pessoal e capacitarem para melhor servir a comunidade. Nada para si! Tudo para o bem e a harmonia da convivência familiar e social.
É comum, em nossa sociedade, valorizar e enaltecer quem é bem-sucedido em seus negócios e em seus empreendimentos. Não faltam elogios para essas pessoas, mesmo que, para chegar a essa posição, tenham utilizado meios nem sempre recomendados pela ética ou pela moral. Mas o mundo não olha isso. Olha e admira a esperteza com que se projeta e conquista os melhores lugares e as mais notáveis obras.
Comodamente instalados em suas grandezas, julgam-se donos da verdade e do poder. Creem que o dinheiro tudo conquista e tudo domina. Esquecem as origens. Esquecem de onde vieram, o que suportaram e o que sofreram para chegar onde atualmente se encontram. Perderam a simplicidade da infância. Perderam os sonhos da juventude.
Construíram um império de tal grandeza, que se torna difícil entender e admitir que a vida não se resume nisso. Ela precisa de cuidados mais humanos e mais cristãos. O próprio Deus é tratado como alguém bom, enquanto não interferir em suas manobras empresariais. É respeitado enquanto aparentemente abençoa e protege seus negócios.
Se surgir um contratempo, uma doença, um tropeço nos negócios, ou qualquer outro fenômeno negativo, tudo irá desmoronar. Cairá por terra a fé, a confiança em Deus e o pouco de espiritualidade que ainda estaria alimentando.
Quando não existirem bases sólidas para a fé, quando deixarem de existir os momentos de recolhimento e de oração, tudo se tornará vulnerável. Nada agradará. Nada satisfará, pois o coração se encontrará vazio de Deus, mas pleno de orgulho ferido.
Vamos voltar à simplicidade? Vamos voltar a sonhar sonhos alegres? Vamos voltar a brincar com os brinquedos de crianças? Vamos voltar a entrar em nossas casas com um sorriso estampado no rosto? Vamos voltar a abraçar a quem nos ama e a quem nos quer bem? Vamos voltar a ser crianças? Vamos voltar a vibrar com as coisas belas da vida?
É difícil! O mundo nos artificializa. O mundo nos oprime e dificulta nossa espontaneidade perante os sentimentos sagrados de um afeto e de uma convivência harmoniosa entre irmãos.
Nada melhor do que pensar e organizar a vida a partir de sentimentos e emoções que aliviem as tensões que a sociedade nos impõe. Nada mais saudável do que criar um ambiente amável. Nada melhor do que cultivar valores que engrandeçam nossos hábitos de bondade, de compreensão e de solidariedade.
É preciso ocupar a mente com bons pensamentos, com boas disposições e com belos sonhos.
Somos humanos. E precisamos viver como humanos.
Somos divinos. E precisamos viver como divinos. Afinal, Deus nos criou e nos acolheu como seus filhos queridos. Deveremos sentir orgulho de pertencer à sua família.