Sem entrar no mérito do julgamento dos crimes cometidos pelos comunistas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), repousa no país vizinho a esperança da paz. Saldo assustador de vítimas ao longo de meio século de conflito armado.
Forças revolucionárias sob inspiração, preparação, e subvenção da matriz marxista-leninista da União Soviética, atuantes na década de 1960, a considerar como marco no continente americano a revolução em Cuba (1959) sob o comando de Fidel Castro.
Como origem, a vitória bolchevista de 1917, consolidação do poder centralizado sob a ideologia marxista, e o interesse de exportar o modelo de revolução para o mundo com a criação e coordenação de partidos comunistas nacionais, como no Brasil fundado em 1922, tendo como base a classe operária. Países como Alemanha, Hungria, Polônia, Bulgária, Irã... conviveram com revoltas internas infrutíferas. No Brasil a Intentona Comunista de 1935 é exemplo; imposta por Luiz Carlos Prestes e Olga Benário.
No período pós II Guerra, devido à ocupação do Exército russo em vários países, o regime comunista se expandiu na Europa. A divisão da Alemanha, o êxito na conquista do poder por meios pacíficos na Tchecoslováquia em 1948, com destaque para o controle da máquina sindicalista e coalizão dos partidos democráticos com o Partido Comunista; pela derrota da guerrilha e terrorismo marxista na Grécia, e na Ásia, a vitória de Mao Tse Tung na China (1949). Da bi-polaridade, nações se repartem, Coréia do Norte e do Sul, Vietnã do Norte e do Sul.
A coexistência pacífica, no alvorecer dos anos 60, não esmorece a luta de classe de todos os partidos comunistas em busca do “triunfo das ideias socialistas”. Divergência entre Rússia e China. Transição para o socialismo de forma pacífica via parlamentar ou por meio da luta armada. Incremento nos conflitos na Ásia, África e América Latina.
Segundo J. Gorender (PCB) em Combate nas Trevas, a nova linha política pregava a revolução em duas etapas, revolução democrática e socialista. Prepondera a linha pacífica, com perda de poder da linha estalinista conduzida por Amazonas, Grabois e Pomar. Dá-se a cisão com a criação do PC do B em 1962, com objetivo principal de instalar um governo popular revolucionário e alinhamento ao Partido Comunista Chinês.
As Ligas Camponesas na linha pacífica até a visita de Francisco Julião a Cuba, em 61, quando opta pela guerrilha e lança em 21/04/62 o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT); prega a reforma agrária com flores ou sangue. O MRT assume a preparação para a luta armada; compra fazendas para treinamento de guerrilha, adotando o foquismo cubano.
Gorender cita o livro O caminho da revolução brasileira, 1962, de Moniz Bandeira, dirigente da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP), a destacar o levante armado, insurreição e a derrubada do governo Goulart. Idem o PC do B a empunhar a mesma bandeira. Narrativas de um comunista histórico.
Cenário semelhante se desenvolve em outros países do continente, inclusive na Col-ômbia, que neste ano de 2016, a 26 de setembro, se programou a assinatura do acordo de paz entre o governo do presidente Juan Manuel Santos e as FARC. Consciente dos crimes cometidos pelos comunistas em entrevista comenta: ”Tenho certeza de que a maioria dos colombianos teria preferido obter mais justiça, para punir os responsáveis por crimes de guerra e lesa humanidade. No entanto, o enfoque que demos à negociação tinha como objetivo conseguir o máximo de justiça possível que permitisse alcançar a paz.”.
A Colômbia não teve a sorte das nações vizinhas que derrotaram os movimentos terroristas. Quando o presidente afirma que o povo colombiano gostaria de ver os assassinos punidos, tem razão. O sofrimento das famílias, em milhões, dos que pereceram, foram torturados, mutilados, seqüestrados, expropriados, tiveram que abandonar os seus lares ao longo de 52 anos de obscurantismo e maldade, não vai estancar por conta da assinatura de paz. Segundo o governo, 600 mil pessoas foram assassinadas.
Que lá não se repita o que aconteceu no Brasil. O caminho pela via democrática a ser trilhado pelos comunistas, em caso de ascensão, não se transforme em meio de indenização milionária a eles próprios, anistiados.
Três exemplos vivos de fracasso na luta armada e de insucesso na vida política pelos mal feitos, desvio de conduta, crimes, condenações: os petistas Dilma Roussef, José Genoíno e José Dirceu. Salvos das guerrilhas urbana e rural, que foram neutralizadas.
Da insanidade global vermelha mais de 100 milhões de mortos pelos seguidores do símbolo “foice-martelo” a serviço do mal (www.museuvitimasdoscomunistas.com.br).