A demonstração de confiança, de empresários e consumidores, é condição essencial para que a economia cresça.
O otimismo é um dos remédios mais eficazes. Ele tem o poder de combater vários males. Este sentimento é determinante para que uma pessoa se recupere de um enfermidade. Quem nunca se alegrou ao ver um amigo ou familiar demonstrar alegria em meio a um tratamento? O sinal é um dos mais contundentes de que ele, de fato, está em recuperação.
Com a economia também é assim. A demonstração de confiança, de empresários e consumidores, é condição essencial para que mais dinheiro circule, mais empregos sejam gerados, e que a renda dos empreendedores e trabalhadores cresça.
As boas notícias exercem papel importante na recuperação de setores em crise. Quando elas são divulgadas, refletrem, no mínimo, muito trabalho e esforço daqueles que criaram as condições para que o fato, gerador do otimismo, fosse constatado. Ontem, o Correio do Estado trouxe reportagem animadora: aproximadamente 60 novas lojas entrarão em funcionamento nos shoppings de Campo Grande até o fim do ano.
Estes novos empreendimentos, que ocupam vazios que em outras ocasiões trouxeram desânimo e desespero a empresários e consumidores, agora têm efeito contrário: leva ânimo aos mesmos para este fim de 2017, enchendo o próximo ano de boas perspectivas.
Em um dos shoppings da Capital, por exemplo, o crescimento das vendas em relação ao ano passado chega a 12%. Desde 2014 que não havia tendência de alta nos investimentos realizados nestes grandes centros comerciais. Outro indicativo de que os tempos de fartura estão voltando, é o aumento da circulação de automóveis. Se em 2016, um dos shoppings da cidade, o Norte-Sul Plaza, recebeu, em média 146 mil, carros por mês, agora, seu estacionamento registra o fluxo de 160 mil carros neste mesmo espaço de tempo.
O efeito multiplicador de informações como estas apresentadas é o mais importante quando se está em processo de recuperação. Até o final deste ano serão gerados mais empregos, o que também significa que mais dinheiro circulará na economia, aumentando a demanda, o consumo.
Até mesmo o poder público se beneficia desta retomada. O crescimento da atividade econômica resulta em uma maior arrecadação, pois a cobrança de quase todos os tributos têm origem em negociações comerciais e entre pessoas. É assim, por exemplo, com os impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de Serviços de Qualquer Natureza (ISS), de Transação de Bens Imóveis (ITBI) e todos outros impostos que dependem de maior atividade econômica para entregarem melhores resultados à máquina administrativa.
Esperamos, desta vez, que os gestores públicos façam uso responsável dos impostos arrecadados pelos cidadãos. Foram os desvios e a má gestão destes recursos que ajudaram a desencadear a crise que levou a retração da atividade econômica nos últimos três anos. Que os políticos façam a parte que lhes cabem, porque os empreendedores e consumidores estão trabalhando muito para deixar a recessão para trás, como podemos perceber.