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Confira o editorial desta quinta-feira: "Método para burlar a lei"

Confira o editorial desta quinta-feira: "Método para burlar a lei"

Redação

05/05/2016 - 03h00
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A terceirização tornou-se um vício dos gestores, como alternativa para escapar dos limites da lei que, mesmo assim, acabam sendo extrapolados 

Terceirizar serviços públicos tornou-se  prática rotineira dos gestores para burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, não haveria risco de extrapolar os limites de comprometimento da receita com funcionários, pois o impacto não é contabilizado na folha de pagamento.  Há, porém, graves riscos de manter-se essa prática. Primeiro, porque não é feita a devida seleção de funcionários por meio de concurso público, que seria o mais recomendado. Segundo, porque nem sempre ocorre o devido controle das pessoas contratadas, abrindo margem para irregularidades, como foi constatado recentemente, nos convênios celebrados pela administração municipal com Seleta e Omep.

Mesmo com a série de problemas encontrados nas duas entidades - que incluem salários exorbitantes e até mesmo os “funcionários fantasmas” - a prefeitura caminha para  repetir esse mesmo caminho. Decisão do juiz David de Oliveira Gomes Filho da 2º Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais, determina a demissão de 100% dos 4.300 funcionários contratados até 31 de janeiro de 2017. A previsão é que alguns cortes já comecem a ser feitos ainda nos próximos dias, mas não há sinalização de abrir concurso público. Por enquanto, a administração de Alcides Bernal pensa em optar novamente pela terceirização, justificando que terá valor inferior aos R$ 6 milhões que estão hoje vigentes.

Fica a incerteza se não iremos acompanhar, em breve, as mesmas ilegalidades, pois a gestão municipal opta pelo caminho considerado mais fácil, que é delegar responsabilidades. Certamente, sabe-se que as demissões não poderiam ser feitas neste ano, sob pena de prejudicarem o atendimento em Centros de Educação Infantil (Ceinfs) e escolas, onde atendem parte dos profissionais vinculados à Seleta e Omep. Mas, por enquanto, não há sequer planejamento para as contratações por concurso, mesmo depois das eleições, pois a prefeitura enfrentou dificuldades até mesmo para arcar com a atual folha salarial, chegando a atrasar pagamentos em meses anteriores.

Além disso, o comprometimento da receita com pessoal está quase alcançando o teto de 54% estabelecido pela LRF. A prefeitura fechou o caixa no vermelho durante quatro anos seguidos. Só no ano passado o deficit foi de 216,9 milhões. O gasto com pessoal cresceu 10,9% em relação a 2014. A administração municipal falha na sua missão de gestão, pois não consegue equilibrar as finanças. Não estimula o crescimento para tentar incrementar a arrecadação nem controla suficientemente os gastos.

O discurso de economizar, enxugar a máquina e reduzir gastos com pessoal é constantemente repetido por muitos gestores, mas longe de ser colocado em prática. Infelizmente, protela-se a realização de concursos públicos, priorizando contratações por indicações políticas ou por critérios que, em muitos casos, fogem dos parâmetros técnicos exigidos para determinadas atribuições. Prejuízo certo para administração pública e população em geral A terceirização tornou-se um vício dos gestores, como alternativa para escapar dos limites da lei que, mesmo assim, acabam sendo extrapolados. Assim, os gastos seguem totalmente fora de controle. 

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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