Por mais que se tenha um desenvolvimento acontecendo em todos os recantos do país e do mundo, o que se observa em algumas pequenas capitais é um resumo de uma ineficiência administrativa que pode ser colocada a toda prova, entendendo-se que em muitos assuntos essas colocações se exacerbam de forma clara e evidente.
Imagine-se um pedestre caminhando pelas antigas ruas do centro de Campo Grande, onde os semáforos para pedestres desde que se danificaram pela primeira vez depois de instalados parecem nunca ter sido consertados, uma das coisas mais simples observadas em qualquer rua do interior do país e que se vê funcionando, porém aqui muitos e importantes não funcionam nem como alegoria de escola de samba. Interessante ainda se torna, quando entra em conflito uma campanha pró-pedestre versus motoristas que não contam com tal recurso “tecnológico” inventado desde a época do meu avô. Isto seria o básico se não fosse cômico, motoristas divididos entre querer atender uma gentileza e ao mesmo tempo atrapalhar um trânsito caótico sem quaisquer orientações de um simples policial para agilizar o mesmo. E daí o que fazer? Somam-se a isto, quadras que no grande quadrilátero central, diminuem o número de suas faixas de rolagem sem qualquer aviso aos motoristas.
Pra quem está chegando de carro agora de um grande centro, umas das portas de entrada a Av. Ernesto Geisel se desmorona em descaso, outra coisa relembre facilmente o que é uma rua esburacada, ou melhor, muito esburacada, numa das maiores veias de trânsito, excetuando a Av. Afonso Pena (recapeada pelo Governo Estadual). Aliás, sou da época em que com frequência observa-se recapeamento de ruas. Se tiver um pouco de curiosidade ao passar por um dos milhares buracos na cidade observe a espessura do asfalto. Acredito que a qualidade do asfalto realmente seja muito boa pela espessura que depositam nas mesmas. Uma vergonha!!. Senhor visitante de Campo Grande, não estranhe barulhos excessivos no interior de seu transporte ou manutenções demasiadas em seu automóvel: na realidade é o asfalto que não presta mesmo. Nem discorrerei sobre a ausência de placas de nomes de ruas, ainda bem que hoje existe o GPS para ajudar os administradores deste setor.
Sinal amarelo significa com seu tempo curto: acelere! Enfim, porque não fazer campanhas para lembrar informações que ficaram esquecidas desde os tempos em que se habilitou para suas carteiras de motoristas?
Já as motocicletas, que disputam as faixas com os carros de forma totalmente desordenada; em São Paulo pelo menos buzinam de forma absurda para ao menos despertar a atenção de motoristas, onde aqui aparecem do nada, pondo em risco sua própria saúde. Porque não, uma faixa reduzida na largura exclusiva para motociclistas nas ruas mais movimentadas? Porque não fazer recuos nas calçadas para paradas de ônibus que insistem em atrapalhar o trânsito, p.e. em uma via como a Rua Bahia; ocupando pelo menos 3 faixas rolagem; será que não vêem que a largura de um ônibus é maior do que de um carro estacionado? Para compensar estas reduções nas suas calçadas seus proprietários poderiam ter redução proporcional no seu IPTU por alegarem qualquer prejuízo comercial na mobilidade de seus transeuntes. Ruas e avenidas estas, que possuem sinalizações horizontais cuja tinta de “excelente” qualidade, resistem no máximo a “três ou quatro chuvas”.
É, na realidade, quando dizem que Campo Grande é uma capital que cresce com ares de província, particularmente acredito que o pensamento que predomina é de uma cidade provinciana sim, com pensamentos administrativos de fazendas bem geridas.