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Benedito Rodrigues da Costa: "A Petrobras na vida do brasileiro"

Benedito Rodrigues da Costa: "A Petrobras na vida do brasileiro"

Redação

21/11/2017 - 01h00
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A economia do País depende basicamente do petróleo e seus derivados, aliás, o mundo todo. Alguns espirituosos jornalistas do passado até usaram esta expressão: “até o eixo da terra necessita do petróleo para que o globo continue girando”. O eminente ex-presidente Getúlio Vargas criou a Petrobras na década de 50, deixando eufórica toda a população brasileira, quando até um slogan foi criado e bem recebido pelo povão, que a plenos pulmões bradavam: “O Petróleo é nosso!”.

A empresa petrolífera brasileira foi aos poucos se consolidando, contando com a tecnologia de países com experiência no setor, dando um passo importante para reduzir a importação do petróleo e seu derivado e, com isso, a motivação do brasileiro crescia, ante a possibilidade de o Brasil se tornar até mesmo um exportador dessa importante riqueza, motivo de conflitos belicosos entre países produtores e exportadores que controlam o preço do ouro negro. Como a administração da empresa era considerada idônea e competente, logo suas ações começaram a ser negociadas nas bolsas de valores do Brasil e dos países industrializados.

Lamentavelmente, a administração da Petrobras, há cerca de quinze anos, passou a ser exercida por uma verdadeira quadrilha, e mesmo a Justiça se empenhando com muita eficiência por meio da Polícia Federal não consegue reaver todo o recurso desviado da empresa que seria orgulho dos brasileiros, estremecendo toda a sua estrutura a partir da base. Suas ações desvalorizaram e sua produção diminuiu, fazendo com que voltássemos a aumentar a importação, afetando terrivelmente a economia do País.

O que mais revolta é que o cidadão brasileiro vem pagando alto preço nos combustíveis e derivados, que apenas neste ano foram reajustados cinco vezes, e quem mais sofre são os pobres, que vivem de míseros salários para sobreviver. 

Ainda assim, não conseguimos observar o sacrifício do governo em economizar para minimizar o impacto social negativo sentido pela população. A falta de consciência dos nossos gestores públicos nos leva a refletir sobre a declaração do saudoso Charles Degaulle, ex-presidente da França em visita, ao Brasil na década de 60, quando afirmou: “O Brasil não é um país sério”. Até quando, gente?!