Artigos e Opinião

ARTIGO

A+ A-

''Atitude - Cada um no seu quadrado"

Luiz Fernando Mirault Pinto - Físico e Administrador

Redação

26/05/2015 - 00h00
Continue lendo...

Um cidadão de bem é esfaqueado em um ponto turístico do Rio de Janeiro. Um coronel responsável pela segurança na região é exonerado. Algumas pessoas se entristecem, outras indignadas, se revoltam. A mídia destaca a vítima como um médico, no entanto outros sete cidadãos comuns, também desafortunados, cujas vidas se desfizeram nas mãos de menores facínoras da mesma maneira que tantos outros foram protagonistas desses eventos rotineiros.

O debate sobre a violência, especificamente essa, gratuita, volta às discussões na busca de se dar uma solução para esse mal que assola o País. O assunto é complexo. Alguns acham que a raiz está na chamada maioridade penal. Para outros as penas são demasiadamente brandas, e defendem a de morte.  Existem ainda aqueles que afirmam que é a falta de exemplo das autoridades constituídas, o envolvimento em atos ilícitos, o descaso com a responsabilidade social e cidadã levam à impunidade. A deficiência na educação formal seria a motivadora desse comportamento segundo os educadores. Opiniões não faltam.

A única certeza que de fato temos é que se trata de um problema intrincado. Uma que solução depende de outra e assim consecutivamente. 

No entanto, observamos que as ações para solucionarmos qualquer questão que nos diz respeito são reflexos da nossa atitude frente aquilo que se apresenta, ou seja, um impulso que nos leva a tomarmos uma decisão em relação a momentos inesperados. Uma atitude.

Bater panelas, abraçar árvores, plantar cruzes nas praias, produzir mídias alternativas (cartazes, camisetas), promover cultos como alerta, passeatas momentâneas e efêmeras são atitudes louváveis embora de pouca ou quase nenhuma efetividade. 

Ocupar os espaços públicos talvez seja uma solução. 

Sair da passividade tranquila e confortável dos shoppings, (já ocupados pelos roles e assaltos a bijuterias) para andar de bicicleta ou a pé pelos parques e “passeios públicos”, se asseverando das condições e estado de conservação dos aparelhos urbanos da cidade. Se orientar e pegar um coletivo para conhecer as mazelas do tipo de transporte a serviço da população, dando uma volta nos bairros periféricos para avaliar as condições em que nossos colaboradores enfrentam para chegarem ao trabalho, ou a escola. Frequentar um posto público de saúde para entender a interação profissional-paciente. Levar os filhos aos jogos e competições esportivas ou ir à praia enfrentando as torcidas, a dificuldade do trânsito e do estacionamento. Sair para comer uma pizza em vez de encomendá-la, evitando colocar em risco a vida do entregador. Participar da vida escolar dos filhos, para conhecer suas relações sociais e seu comportamento com os colegas, como forma de se resguardar quanto ao bullying. Deixar ser refém do castelo eletrificado e da camionete blindada como se tais recursos pudessem nos proteger indefinidamente, e abrir o coração, afastar os preconceitos e discutir assertivamente os assuntos, já sinaliza uma atitude positiva.

Aqueles que ocupam os espaços sociais viram os donos ou como se assim fossem. Assim ocorre com o traficante no morro, as milícias nas regiões pobres, os sócios ativos frequentadores de clubes, em saunas, e quadras de esporte. Os políticos em seus redutos eleitorais, os pastores televisivos da madrugada, os “flanelinhas” nas portas de restaurantes, os camelôs nas calçadas, os ambulantes nas praças. Os todo-poderosos seguranças de bancos com a mão no coldre e olhar furtivo (que retiram clientes à força sem que o gerente venha em socorro), ou dos serviços públicos, patrimoniais, como os de saúde, em que ordenam filas, fazem triagem, definem os atendimentos, orientam de acordo com suas conveniências e os que se drogam sob suas vistas nos bancos das praças. Tudo isso é violência e tem que ter um fim.

Não basta ficar revoltado, afirmar que paga seus impostos (aqueles que de fato pagam) sem a contrapartida do Estado, não lhe garantindo a segurança e a saúde, como se o simples ato de pagar lhe daria um passaporte para seu exclusivo bem-estar. Somente ocupando os espaços é que teremos a real noção daquilo que nos pertence, a que fazemos jus, e como vamos protegê-lo.

Deixemos de ser prisioneiros de nós mesmos, do nosso conforto, pois nossa alma maior do que isso tudo não pode ser surpreendida por facadas!

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

Continue Lendo...

'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

Continue Lendo...

Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).