Os deputados do nosso Mato Grosso do Sul (exceção para Felipe Orro, Marcos Trad e toda a bancada do PT) aprovaram o sonhado aumento de impostos sobre os chamados produtos supérfluos pelo governador Reinaldo Azambuja e seu assessor tributário, o ex-secretário de Fazenda, Jader Julianelli. Aliás, o dono da ideia vendida, inicialmente, para o governador e depois para o secretário genérico, Marcio Monteiro.
Curiosa demais, senão ridícula a classificação dos tais produtos supérfluos. Por exemplo: no topo da lista, aparecem os absorventes femininos. Aqueles que moçoilas e senhoras usam quando estão naqueles dias. O inesquecível, inevitável e quase sempre dolorido Velho Chico..Considerar absorvente como supérfluo é coisa de outro mundo, senão dos dinossauros tributários que viviam nos tempos do Tiranossauro Rex!
As mulheres estão furiosas. E não é para menos. A Secretaria da Fazenda e o governador querem que o mundo feminino regrida para o tempo das toalhinhas, Daí a taxação a maior, do ICMS. Não estaria na hora de se criar os absorventes reutilizáveis? Quá quá quá.
Que meu Jesus Cristinho, proteja nossas donzelas. E tem que ter mesmo uma proteção, vez que a Secretaria da Fazenda considera, também como coisas supérfluas, o esmalte, as pinturas de cabelo, o rímel (não confundir com o hímen, aliás, o que é mesmo supérfluo nos dias atuais e modernos. Maior parte das mocinhas já o descartaram faz muitos anos...), ceras de depilação e muitos outros produtos.
Vá lá que a cerveja e o cigarro até que podem ser considerados supérfluos. Penso que o aumento da alíquota ou coisa que o valha, desses dois produtos, é o que deverá render mais algum dinheirinho para os cofres públicos. Mas produtos de beleza e absorventes? Cruz credo. Essa "inteligência" governamental assusta e surpreende: parece que os gestores estão meio que, antecipadamente, atacados do mal de Alzheimer.
O governador acabou criando uma enorme encrenca com os comerciantes, que vendem os tais supérfluos do Julianelli,e o mundo feminino, que os consideram indispensáveis. Assim, podemos dar a todos lá do poderoso parque (ou circo?) os cumprimentos por ideia tão medíocre. E aproveitar para esclarecer aos modernos (?) administradores que eles estão um pouco atrasados... E que, toalhinhas dos tempos de mamãe, nunca mais!