Artigos e Opinião

Artigo

A+ A-

Antonio Carlos Siufi: O vaticínio de Charles de Gaulle!

Antonio Carlos Siufi é Promotor de Justiça aposentado

Redação

04/12/2016 - 01h00
Continue lendo...

Quando o ex-presidente francês Charles de Gaulle desembarcou em nosso país no ano de 1962 para tratar de um assunto relacionado à proibição da pesca de lagosta feita por barcos franceses em águas territoriais brasileiras, lançou uma frase relacionada ao nosso país que ficou famosa – “Este não é um país sério”. Foi a sentença dada pelo líder da resistência nazista no território francês durante a segunda grande guerra mundial e que conspirou frontalmente em desfavor da nação brasileira, tamanha a força da sua proposição. 

Estava muito claro que essa ação não se cingiu apenas à questão das lagostas. De Gaulle sabia muito bem o que estava afiançando. Sua inteligência privilegiada, aliada ao seu vasto conhecimento da história mundial, bem como da  vida política e institucional dos países europeus, foram causas  determinantes para se encharcar daquela coragem indomável.  De Gaulle foi um gigante da política mundial. Ao lado de Winston Churchill desenhou o novo mapa da geografia política dos países do oriente médio,  e do continente africano. Sua participação nesse campo complicado da diplomacia mundial  foi decisiva tamanha a força das suas argumentações. 

Nesse contexto, sua visão quanto ao nosso quadro político e institucional ao longo da nossa existência como nação livre e soberana, foi absolutamente profética. Basta deitarmos os olhos 
para os nossos tropeços desde a nossa Independência Política que surgiu sob a égide de um regime de força imposto por Pedro I. A escravidão negra foi a nota de culpa do nosso atraso como nação civilizada. As fases republicanas foram repugnantes.  Uma sequencia de atos de desonestidade jogaram o nosso país para um abismo despropositado. 

O nosso primeiro presidente não terminou seu mandato. Na sua sequencia um conluio condenável entre paulistas e mineiros disputavam o inquilinato no Palácio do Catete, então sede do governo da República. Não havia Justiça Eleitoral.  Os “ coronéis “ é  que decidiam os pleitos eleitorais no bico das suas canetas e na força bruta das suas autoridades regionais.   Quando esse período teve o seu epílogo outro pior aguardava a nação brasileira. Foi a ditadura Vargas. 

Após esse período de força o nosso país conheceu a renúncia de um presidente legitimado nas urnas, e terminou com o golpe de estado que destituiu do poder o presidente João Goulart. Na sequencia uma ditadura militar ditou as regras da governabilidade.  Quando essa acabou o pior ainda  estava por vir. Tancredo não assumiu em razão do seu falecimento. O seu vice,  não estava preparado para as funções da primeira magistratura da nação. O país foi mergulhado numa recessão nunca antes constatada. A fome e a miséria passaram a se constituir na pilastra da nossa pirâmide social. 

No seu curso dois ex-presidentes foram cassados pelo Senado da República. A corrupção 
foi a sua causa motivadora. Um ex-presidente foi denunciado pela PGR, como sendo o chefe de uma grande organização criminosa  que causou transtornos para a política fiscal, tributária e previdenciária.

Hoje temos um presidente assustado. Em seis meses de governo, seis dos seus ministros,  tiveram que deixar os seus cargos. Nem precisa dizer os motivos. Isso envergonha o estado brasileiro. Os interesses menores  indicam, que não aprendemos absolutamente nada diante da advertência feita por, De Gaulle.

Dias atrás, a ex-presidente foi salva de ter seus direitos políticos suspensos através de uma manobra que mudou a forma de interpretar a nossa Constituição. Hoje, um simples apartamento de propriedade de um ex-ministro desencadeou um conflito que respingou na mais alta autoridade da República. Com essas sequencias intermináveis de tropeços demonstramos para o mundo inteiro que a nossa democracia continua muito frágil. Assim, não vamos nunca ser o gigante que gostaríamos de protagonizar para liderar a América Latina. A profecia de De Gaulle continua viva.

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

Continue Lendo...

‘É o pior dos governos Lula’, alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como “o pior dos governos Lula”. Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove “descaminho” na economia e “está muito mal assessorado”. Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso “acirra” a polarização.

Acirramento

“Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro”, criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

“Parece proposital, para manter a polarização”, analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

“Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)”, afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que “se passa dos limites, pode se tornar incontrolável”.

PEC antidrogas ‘some’, mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, “essa semana nem sequer comentamos”. A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. “Vai passar tranquilo, pode apostar”, crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com “cenário mais adverso”, “aqui vamos ter trabalho”, avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, “não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver.”

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de “inevitável” a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. “Agora vai? Até parece!”, duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia “induzir o leitor” ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: “Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá.”

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

Continue Lendo...

Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).