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Antonio Carlos Siufi Hindo: "Violência pós morte!"

Procurador de Justiça aposentado

Redação

23/10/2016 - 02h00
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O brasileiro convive diariamente com a violência nas suas mais variadas formas. Desde que levanta para trabalhar até quando retorna para o convívio familiar. Isto se não houver nenhum tipo de incômodo. Mas a pior de toda a violência é quando se retira covardemente do convívio familiar um ente querido.

Somente as famílias machucadas  com essa  perda brutal  pode avaliar a dor profunda que esse fato produz no grupo familiar. A família fica destruída, sem norte, sem ânimo, para os desafios que precisa enfrentar. Como pode ser  crível,  que alguém sadio que saiu cedo para o trabalho possa   regressar ao seu lar sem vida. 

Não interessa aqui o enfrentamento das questões fáticas que concorreram para a barbárie. Isso é o que menos importa. O que importa é que essa não pode ser a regra de convivência social em um estado civilizado. Quando se perde, um ente querido temos a certeza absoluta que nunca mais vamos conversar com ele, ouvir os seus reclamos, sentir suas aspirações, conhecer seus sentimentos, haurir suas experiências. Fica um vácuo profundo.

A falta desse  contato físico  destrói a emoção, machuca  os sentimentos e concorre para destruir a coragem para reunir forças para os embates diários. Uma situação tormentosa. Esse é um fato irreversível. Não tem mais volta. Só o tempo chancelará a saudade que vai ficar. Nada mais. Ir ao cemitério e chorar sobre o túmulo em que está sepultado os seus restos mortais é um ato de fé e de nobreza  sem precedentes dos familiares. Mas  não é um privilégio das nossas famílias.  

O mundo inteiro chora os seus mortos. Esse gesto sagrado  no entretanto, não vai devolvê-lo para a sua família.  Diante desse fato que só os desígnios de Deus podem melhor explicar outra coisa não pleiteiam, senão, a justa punição daquele que causou essa dor enorme.

 Não pedem mais nada. Mas, não é o que ocorre na maioria desses fatos. Basta apenas deitar os olhos para o número de mandados de prisão que são expedidos pela Justiça e  que não são cumpridos. Não precisa dizer mais nada. Os números não mentem. Eles refletem a situação caótica em que se encontra a segurança pública em nosso país.

E quando esses criminosos são alcançados e punidos na forma da lei o próprio Estado oferece a ele  e à sua família  uma ajuda social em espécie para ajudar na rotina diária. Mas,  para os familiares das vítimas não existe nenhuma palavra de conforto diante da tragédia. Aqui reside a violência pós morte. Algo deplorável.  O Estado  não pode assistir apático a luta entre os seus filhos. Não pode também  assistir a uns e desassistir a outros. Isso que nos  entristece e causa revolta.

A irresignação que já era enorme  passa dar ensejo ao aparecimento da revolta, da indignação, da repulsa e até mesmo da selvageria algo inconcebível nos dias atuais. É como se a violência não quisesse mais sair das entranhas daquela família. Passa, então a travar uma nova batalha agora contra a própria consciência e desnuda sua impotência para mitigar seu sofrimento. Essa é a pior das violências. 

O Estado precisa existir na vida das pessoas para atender suas necessidades básicas, e não apenas privilegiar o estômago farto.  No momento da dor e da fragilidade é que passamos a conhecer melhor sua importância e a generosidade da sua ação social. Seus agentes públicos precisam estar ao lado das famílias fragilizadas,  levando o conforto e a esperança. Isso não custa nada. É o mínimo que as nossas famílias esperam.                           

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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