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OPINIÃO

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Antonio Carlos Siufi Hindo:
"Senado não se acovardará!"

Promotor de Justiça aposentado

Redação

21/04/2016 - 01h00
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O nosso País vive um momento delicado na sua vida política e institucional. O seu embrião está encravado nas entranhas de um poder que não soube conduzir uma política econômica que proporcionasse a todos os brasileiros uma qualidade de vida digna. Envolvido em sucessivos e estarrecedores escândalos que aprofundaram a crise política expôs para a comunidade internacional a fotografia mais explícita da grande decepção que perturba todos os dias a vida de seus nacionais. 

A situação não poderia ter outro desdobramento senão àquele que recentemente assistimos e o mundo civilizado também, sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em que a Câmara Federal aprovou o seu processo de admissibilidade com um placar folgado de votos. Tudo dentro da lei e sob a orientação da nossa mais alta Corte de Justiça. Não tem nada de golpe.  O fato mostra que o atual governo se esvaiu. Não tem mais apoio parlamentar para implementar as políticas públicas  que nos tirem desse marasmo  que todos os dias destrói as nossas esperanças, machuca os nossos sentimentos e nos joga para um inferno que não somos merecedores.  Agora a responsabilidade em dar prosseguimento a esse processo está com o Senado da República que, sendo a Casa da Federação não se eximirá da sua responsabilidade. Ele, não se acovardará.  O país não pode ficar à deriva. O sofrimento não pode se constituir em regra para as nossas famílias. Especialmente,  para aqueles que formam um grande contingente de desempregados à espera da oportunidade do emprego e de ver resgatada a sua dignidade como ser humano. 

O empresariado precisa ver estabelecida as regras claras para se inclinar para os investimentos que vão gerar desenvolvimento, emprego, renda e vida para o povo brasileiro. Os investidores internacionais também.  O tempo é muito precioso para o enfrentamento mais rápido possível do tema que nos angustia sem atropelar os prazos e consagrando o direito à ampla defesa, bem como ao devido processo legal. Os culpados, precisam assumir suas responsabilidades pelos malefícios que cometeram. Não interessa seus nomes nem as suas legendas partidárias. Os crimes que praticaram contra a Pátria,  não lhe dão o direito de não serem alcançados pela Lei. No regime democrático todos estão subordinados, à égide da lei desde o mais simples do povo até o primeiro magistrado da nação.  A nossa Justiça em todas as suas instancias, juízos ou tribunais precisará estar atentas para a evolução dos acontecimentos. As outras instituições também.  

O Brasil não é qualquer país sul-americano. Somos uma população na ordem de mais de duzentos milhões de habitantes e com uma área territorial privilegiada, com um padrão de terras para as atividades do pastoreio do gado e do amanho da terra de primeira qualidade. Temos ainda homens e mulheres que sabem trabalhá-la para arrancar das suas entranhas os bens e riquezas que podem alimentar o mundo e cobrir de orgulho o nosso povo. Precisa apenas de um governante sério e que encarne com patriotismo e decência  o anseio nacional. A corrupção e a roubalheira de uns poucos não podem se constituir em obstáculo para que a imensa maioria da nossa população que trabalha, é amante da paz e da concórdia e que respeita a lei, a ordem e a autoridade constituída possa continuar reféns de uma situação que não quis, não provocou, nem mesmo deu causa.  

O Senado de Rui Barbosa, Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Mario Covas, Ramez Tebet, dentre tantos outros ilustres brasileiros que por ali passaram não se acovardará em enfrentar e decidir da melhor forma possível, mas, sempre respaldado nos fundamentos fáticos e jurídicos que o delicado tema exige. Os senadores e senadoras pelas suas experiências na vida pública e na militância política,com o equilíbrio e a ponderação de seus atos e propósitos podem oferecer esse raro presente que nos cobrirá de civismo e de patriotismo tão importantes para a reconstrução de um novo futuro grandioso e do tamanho das nossas esperanças.

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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