Andréa Yumi Sugishita Kanikadan Graduada e Mestre em Administração
Maria Angela Abduch Administradora atuante na Educação Profissional e Qualidade de Vida
Cada dia mais, notamos que as pessoas ou os lares possuem um animal de estimação. Em geral, os cachorros e os gatos são os mais procurados. Há lares em que os casais deixaram de ter filhos e se dedicam a cuidar de seu animalzinho. Em outros, há pessoas solteiras que optam pelos animais de estimação como companhia do dia a dia. As situações são as mais diversas.
A presença desses seres acaba por dar novos contornos ao próprio mercado. Por exemplo, em muitas cidades, multiplicou-se o número das chamadas “pet shops”, ou seja, as clínicas veterinárias, lojas ou verdadeiros centros de compras especializados no segmento animais de estimação. As necessidades são variadas. Assim como seres humanos, os animais de estimação sofrem de doenças, à semelhança daquelas que acometem os humanos. Por isso, a necessidade de médicos veterinários para dar conta de todas as enfermidades que eles desenvolvem. Há também os cuidados com higiene e beleza, de que resulta o consumo de roupas e acessórios. Sem contar aqueles locais em que se realiza a venda dos animais, que, expostos nas vitrines de lojas, passam horas naquele ambiente para agradar àqueles que se aproximam, como se fossem peças de roupas, sapatos ou acessórios para satisfazer os desejos de consumo das pessoas.
Por outro lado, são também os humanos quem maltrata ou abandona esses animais, fazendo que, na condição de rua, desenvolvam doenças que poderiam ser evitadas se estivessem abrigados em um doce lar. Sua reprodução também se torna crítica em situação de rua: acabam sobrevivendo precariamente, transmitindo doenças e sendo conhecidos como os vira-latas.
A sorte desses vira-latas é a existência de pessoas que, vendo-os jogados na rua ou andando sem rumo certo por elas, se sensibilizam com a causa animal e tomam atitudes que vão desde um simples afago até a adoção ou o encaminhamento consciente a entidades que cuidam deles. Nota-se um grande número de instituições em diversas cidades (organizadas ou tentando organizar-se) para amparar esses seres, que não podem se expressar com palavras, mas utilizam-se de outros mecanismos para expressar tristeza, dor, sofrimento, alegria.
Com a colaboração e mobilização de muitas pessoas, esses animais têm uma segunda chance de ganhar um lar, em muitos casos graças a entidades que abrigam animais abandonados e participam diariamente dos cuidados de que eles necessitam, como alimentação, médico veterinário e busca de pessoas aptas para adoções. Essas organizações não têm fins lucrativos e, para sobreviverem, contam com a ajuda e doações de pessoas e empresas sensibilizadas com a causa animal. As doações podem ser de diferentes formas, tais como valores monetários, serviços de voluntariado prestado diretamente à entidade, rações, medicamentos, agasalhos para as épocas de frio e outros mais, de acordo com suas necessidades. Outra atividade comum desses abrigos é a organização de feiras para adoção.
No que se refere às organizações empresariais, já se ouvem casos de cafeterias que são especializadas em gatos: as pessoas podem frequentar o local e ter a companhia desses animais. Outros locais, como shopping centers, restaurantes ou hotéis, também permitem a presença de animais de estimação. Todas essas iniciativas são importantes para repensarmos a centralidade do homem no mundo: nós não somos centrais, e o equilíbrio depende do bem viver de todas as espécies.
Assim, é papel da sociedade olhar com maior cuidado por esses animaizinhos, pois os problemas que lhes são causados têm origem no próprio ser humano. Portanto, atitudes como ajudar esses abrigos ou adotar os animais podem surtir muito resultado na qualidade de vida desses animais e da sociedade como um todo.