Convocados pelo líder de oposição Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda, venezuelanos foram hoje às ruas para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro e a grave crise econômica enfrentada pelo país.
As manifestações ocorreram simultaneamente em diversas regiões da Venezuela. O principal objeto de crítica foi a recente aprovação da Lei Habilitante, que dá amplos poderes para Maduro governar por decreto, sem controle do Legislativo.
O oposicionista Capriles, em discurso, criticou a prisão do ex-deputado Alejandro Silva, um de seus colaboradores, horas antes do início dos protestos contra o governo. "Os covardes atuam de madrugada", afirmou, questionando a ausência de procedimentos legais nessa detenção.
A polarização política se acentua na Venezuela a duas semanas das eleições municipais, consideradas um plebiscito sobre a gestão de Maduro. Sobre esse tema, Capriles pediu que a população saia para votar, "porque temos que ganhar em 8 de dezembro". "Se eles ganharem a eleição, todo o caos que estamos vivendo vai se aprofundar", afirmou.
Além da pauta eleitoral, os manifestantes criticavam o desabastecimento de uma série de produtos no mercado venezuelano, as altas taxas de inflação e a qualidade dos serviços públicos.


