Após ser penalizado com a perda de quatro mandos de jogo (alguns com portões fechados), por conta da briga no estádio Mané Garrincha no jogo contra o Vasco, o Corinthians pretende recorrer da decisão do STJD. O argumento do Parque São Jorge é que a punição recebida não está prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
“(A punição imposta ao Corinthians) Não está prevista nem no regulamento do Campeonato Brasileiro, nem no Regulamento Geral das Competições da CBF, nem no Código Brasileiro de Justiça Desportiva. É lamentável que o STJD do futebol tenha aplicado uma pena que não está prevista na norma que tem de ser utilizada, que é o CBJD”, comentou Luis Santoro, advogado do Corinthians, em entrevista ao repórter Leandro Quesada, da Rádio Bandeirantes.
De acordo com Santoro, a punição indicada foi baseada na pena de jogar sem torcida na Copa Libertadores da América após a morte do menino Kevin Espada, em Oruro, na Bolívia. “Mas lá, no regulamento disciplinar da Conmebol, existe a previsão dos portões fechados”, prosseguiu.
“Quando o julgador aplicou essa punição ao Corinthians, ele disse o seguinte: ‘havendo lacuna no código, eu posso aplicar normas internacionais’. Mas não há lacuna. O CBJD é claro, a denúncia foi feita no artigo 213, promover desordem, briga, na praça de desportos. Pra essa atitude existe uma pena de 1 a 10 jogos de perda de mando, não de portões fechados, e quem define a forma do cumprimento da punição pelo próprio código é a entidade organizadora da competição, no caso a CBF”, acrescentou.
Santoro afirma que o recurso deve ser finalizado nesta quinta-feira e será protocolado na sexta-feira. No entanto, só será julgado daqui a duas semanas, provavelmente.
“O STJD é um tribunal bastante ágil. Não sei se podemos esperar já para a próxima semana. Como o pleno do tribunal se reúne às quintas-feiras, não acredito que já entre na pauta da quinta, dia 12, mas entrará provavelmente no dia 19 ou 26”, finalizou.
