Cidades

FORTE DE COIMBRA

Sítio militar de MS fundado em 1775 é palco de jornada cultural

Sítio militar de MS fundado em 1775 é palco de jornada cultural

THIAGO ANDRADE

30/07/2013 - 00h02
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“Repelir o inimigo ou sepultar-se debaixo das ruínas do forte”. A inscrição está na fachada do Forte de Coimbra e foi escrita por Ricardo Franco, tenente-coronel português que o projetou. Ele foi o comandante de um contingente de 49 anos, que resistiram durante sete dias ao ataque espanhol de 1801. Informações como essa foram oferecidas aos mais de 30 participantes da 1a Jornada Cultural no Forte de Coimbra, que aconteceu entre 26 e 28 de julho. O evento organizado pelo Comando Militar do Oeste (CMO), tevem como objetivo resgatar a história e demonstrar o potencial turístico da instalação militar, localizada no Pantanal de Nabileque, a cerca de 100 quilômetros ao sul de Corumbá.  

O acesso ao forte que passou por dois ataques militares – o espanhol, em 1801, e o paraguaio, em 1864 – é difícil. Quem participou da jornada enfrentou quatro horas de ônibus, indo de Campo Grande a Porto Morrinho, onde o M Parnaíba (U-17), um monitor encouraçado da Marinha do Brasil, aguardava. De navio até o forte são cinco horas de ida e sete na volta. A embarcação também tem uma longa história, iniciada em 1937 e, no ano seguinte, foi incorporado à flotilha de Mato Grosso afim de operar nos rios da planície inundável. Por isso, recebeu o apelido de “Jaú do Pantanal”. Trata-se do único navio da Marinha que participou da 2a Guerra Mundial e ainda está na ativa.

“É uma verdadeira viagem pela história e não se trata de um momento qualquer, mas de um ponto ímpar na história de Mato Grosso do Sul. O oeste brasileiro deve sua existência aos atos de Ricardo Franco”, afirma o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHGMS), Hildebrando Campestrini, um dos convidados e palestrantes da jornada. Embora o acesso seja difícil e a estrutura seja mínima para turistas, existe a possibilidade de que o público civil visite o local. É necessário entrar em contato com o Comando Militar do Oeste para agendamentos e previsão de custos.

Mesmo que haja intempéries, o local proporciona um agradável espaço em que turismo, lazer e aventura se encontram. “Seria interessante estimular mais ações turísticas aqui no espaço. Os moradores da vila poderiam se organizar em uma rede de turismo comunitário. Também é preciso potencializar a região com atividades de observação de pássaros e outros atrativos”, aponta o jornalista Fábio Pellegrini, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Situado em uma região tipicamente pantaneira, banhada pelo Rio Paraguai, o Forte de Coimbra também tem atrativos como a gruta Ricardo Franco e trilhas em meio à vegetação particamente intocada da região. A pesca também é um dos fortes do local.

“Meu marido é pescador e vive aqui há 25 anos. O que não falta é peixe”, aponta a moradora da vila do Forte de Coimba, Laura Pereira da Cruz, de 30 anos. Para ela, o investimento no potencial turístico da região poderia transformar o cotidiano da população, que hoje é composta de imigrantes paraguaios e bolivianos, pescadores e militares. Primeiro item tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Estado, o Forte de Coimbra também é um espaço de devoção religiosa e mitos.

Uma das maiores festas do distrito é o Dia de Nossa Senhora do Carmo, a quem se atribui o milagre que permitiu a evacuação do forte durante o ataque paraguaio, em 1964. Ainda no encerramento da jornada, uma reportagem sobre os 200 anos do forte escrita em 1975 pelo jornalista Montezuma Cruz para o Correio do Estado, foi oferecida à 3ª Companhia de Fronteira e Forte Coimbra, Companhia Portocarrero. Em três dias, os participantes foram impregnados pela história, em uma pequena aventura num local que poderia servir de cenário para os romances de Joseph Conrad. O polaco autor que situou seu trabalho mais famoso, “Coração das trevas”, em um rio africano não nomeado provavelmente ficaria estonteado com a beleza do pantanal que margeia o Rio Paraguai.

16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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