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Servidores são investigados por 'farra de diárias' em Santa Rita do Pardo

Servidores são investigados por 'farra de diárias' em Santa Rita do Pardo

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23/06/2014 - 14h36
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Cacildo Dagno Pereira (PRP), prefeito de Santa Rita do Pardo (MS), região do Bolsão, abonou diversas diárias de dois servidores que estão sob investigação; do Secretário de Controle e Gestão, Robson Aparecido Nogueira Souto e do assessor especial (setor de compras), Fernando Luiz Minatti.

Tendo em vista os rumores da possível “farra” nas diárias, os vereadores da Câmara Municipal de Santa Rita do Pardo - Cleudenide Ferreira de Freitas, Josué Nogueira Martinez, João Freire Leite, Ruy Fernandes C. Branco, Jonas Martins Faustino, José Messias de Souza, Sérgio Antônio Braghin, Tereza de Jesus da S. Souza e Vanildo Alves Rodrigues - solicitaram investigação e informações sobre a concessão de diárias referentes ao período de 02 de janeiro de 2013 a 28 de maio de 2014.

No relatório, é possível verificar que o montante gasto por ambos os servidores é alarmante. Somente em 2013 foi gasto o valor de R$ 56.848,04 e em 2014 de R$ 20.139,60.

Ao assessor Fernando Minatti, em apenas 17 meses foram concedidas 134 diárias; entretanto, o que chama mais a atenção no relatório são as justificativas do assessor; quase todas semelhantes e para o mesmo destino: Presidente Prudente (SP), cidade onde, segundo informações, o mesmo teria residência e que fica a 190 km de Santa Rita do Pardo (MS).

É possível verificar ainda que, grande parte das datas em que Minatti solicitou diárias, foi próxima aos finais de semana ou início de semana, como nos dias 10/01/2014, numa sexta-feira e no dia 13/01/2014 numa segunda-feira, todas elas abonadas e com a assinatura do prefeito Cacildo Dagno Pereira.

Ainda no mês de janeiro, foi possível constatar datas próximas uma das outras como nos dias 21, 22, 23,27 e 28 de janeiro. Entre a maioria esmagadora das justificativas de Minatti estão: pesquisa de preço e compras de empresas fornecedoras e visitas a empresas fornecedoras.

Em sessão ordinária realizada no último dia 16 de junho, os vereadores detectaram as possíveis irregularidades e afirmaram serem “imorais” os gastos excessivos e a maneira como foram concedidas, além de terem questionado e indagado o motivo da quantidade de viagens, já que para tal finalidade tudo poderia ser resolvido via fax, e-mail ou telefone.

Em decorrência da polêmica, o presidente da Câmara, Cleudenice Ferreira de Freitas, declarou que irá reunir-se com o assessor jurídico para tomar providências no sentido de apurar as possíveis irregularidades nas diárias recebidas pelos servidores da prefeitura.

À reportagem do Hojemais, Minatti afirmou que não daria nenhum tipo de esclarecimento e que, posteriormente, o jornal teria que entrar em contato para marcar uma data e conversar pessoalmente sobre o assunto.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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