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Serra minimiza polêmica e elogia texto de FHC

Serra minimiza polêmica e elogia texto de FHC

folha press

13/04/2011 - 08h22
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O ex-governador de São Paulo e ex-candidato do PSDB à Presidência José Serra minimizou a polêmica provocada pelo artigo "O Papel da Oposição", do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e elogiou o texto, com cuja "essência" disse concordar em "gênero, número e grau''.

"Achei o artigo bom. Está a altura da inteligência e da experiência do Fernando Henrique", opinou o ex-governador à Folha, na noite desta terça-feira.

Para Serra, o noticiário sobre o texto "destacou um aspecto (a escolha do público alvo da oposição) que, no meu entender, não é o ponto essencial".

"O Fernando Henrique escreveu uma coisa com a qual compartilho em gênero, número e grau: o problema do PSDB e da oposição é de rumo, de clareza, de coerência", afirmou o ex-governador.

Serra disse que, "como um todo, não se sabe bem o que o partido defende, nem de que lado está". "Concordo com FH na essência do que ele escreve: é preciso ter lado, é preciso ter clareza, é preciso reafirmar sempre as crenças, é preciso ter e defender valores, é preciso dar batalha permanente pelas nossas ideias, além de apontar as mazelas adversárias."

Apesar de evitar a polêmica sobre o fato de FHC ter dito que o PSDB deveria desistir de "disputar" com o PT os movimentos sociais e o que ele chamou de "povão", Serra fez coro com o ex-presidente sobre o suposto aparelhamento das entidades sindicais pelo PT.

"Concordo quando ele [FHC] adverte com o fato de que as oposições não conseguirão disputar com o PT o aparelhamento do Estado porque a nossa vocação é outra", disse.

O paulista também concorda com a tentativa de resgate do governo tucano que FHC promove em seu artigo. "Ele lembra, por exemplo, que ninguém fez tanto pela reforma agrária como o PSDB e que fomos nós que criamos o Pronaf". Aliás,criamos também os programas sociais que aí estão, rebatizados."

Por fim, o ex-governador de São Paulo avalia que FHC "acerta também quando destaca a importância da pauta democrática e quando aponta a existência de um novo nacionalismo, que, no entanto, está aberto aos desafios do mundo".

Outro aspecto tratado no texto que o ex-presidente apresentou à revista "Interesse Nacional", do ex-embaixador Rubens Barbosa, também foi citado no comentário de Serra: a necessidade de buscar apoio político nas redes sociais.

"Também acho que a política hoje não se dá apenas nos partidos. As redes sociais estão aí, são uma realidade", opinou o tucano para a Folha.

Os elogios incondicionais de Serra contrastam com reparos feitos por outros próceres da oposição, como Aécio Neves (PSDB-MG) e Alvaro Dias.

O ponto da discórdia foi justamente a afirmação do ex-presidente de que o PSDB deveria desistir do "povão" em nome de uma nova classe média.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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