A diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores do Estado do Mato Grosso do Sul) se reuniu nesta manhã com o prefeito Nelsinho Trad para resolver o imbróglio envolvendo a realização da maior feira agropecuária do Estado.
“Apresentamos saídas técnicas para o problema, mas a prefeitura está irredutível”, afirma o presidente da Acrissul, Chico Maia, que se reunirá com o governador André Puccinelli amanhã a tarde na governadoria. “Ele prometeu nos receber após a eleição. Vamos colocar esse assunto para o governador por entendermos que se trata do interesse dele, afinal, são comercializados mais de R$ 120 milhões”.
Contrapartida
Para a realização do evento, a prefeitura exige que a Acrissul faça um projeto de acústica para que o som não se propague e instale uma rede de esgoto no local. “Esses pedidos são caros e desnecessários”, lembra Maia, alegando que o sistema de acústica é impossível evitar que o som se propague da forma proposta pela prefeitura e, quanto ao esgoto, a defesa da Acrissul é de que todos os dias de shows são trocados os banheiros químicos e os resíduos do gado são transportados por uma caçamba.
Justiça
O advogado da Acrissul deve entrar com dois processos na Justiça entre hoje e amanhã, segundo Chico Maia, para pedir a suspensão da liminar de interdição do parque e uma ação no Ministério Público alegando que o promotor não faz aplicar a lei em outros eventos. “Praças públicas recebem show sem problemas com a prefeitura e não possuem licença ambiental. Por que a lei só vale para nós?”, questiona.


