Mais de cinco mil pessoas participaram de um protesto nas redes sociais organizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pela Organização Terra de Direitos, nesta segunda-feira, contra a possível aprovação da proposta.
A Lei Geral da Copa será votada por comissão especial da Câmara dos Deputados nesta terça-feira. “Esperamos que os deputados levem em conta esta pressão da sociedade. O protesto cumpriu seu papel e a sociedade está ciente do que está acontecendo”, disse Guilherme Varella, advogado do Idec em entrevista ao Uol. “Os deputados ficarão sabendo [do protesto] e, se aprovarem a lei nesta terça, estarão aprovando uma lei contrária às vigentes no país”.
A Fifa faz pressão para que o Brasil aprove a Lei Geral da Copa. A discordância diz respeito à responsabilidade civil da União. A entidade máxima do futebol quer que o país dê garantias caso aconteça algum desastre natural ou ataque terrorista, que possa prejudicar o evento.
Os valores de meia-entrada nos ingressos para idosos e estudantes e as desapropriações para a construção das obras da Copa são assuntos criticados pelas entidades. “Existe um discurso público que fala sobre a grandiosidade da Copa, sobre como ela é importante para o país do futebol. É um discurso arrebatador, mas por trás dele existem inúmeras consequencias. Ninguém nega a importância cultural, econômica ou esportiva. Mas Copa feita desta maneira não dá jogo para ninguém”, afirmou Varella.
A aprovação da Comissão Especial é apenas uma etapa pela qual o projeto será submetido. Caso seja aprovada nesta terça-feira, a proposta da Lei Geral da Copa ainda precisará passar por votações no plenário e pelo Senado antes de chegar à presidência.


