Desenvolver o lado profissional dos jovens ajuda na reeducação e na inclusão social, destaca o juiz. “Os jovens que vão pra Unei devem ser preparados para o mercado de trabalho, até para que eles não precisem voltar para a internação. Um dos principais instrumentos para isto é a capacitação por meio de cursos”, afirma.
Para Roberto Ferreira Filho, isso também serve como uma nova perspectiva de vida. “Uma maneira de trazer melhorias para estes jovens é mostrando que o trabalho honesto é o melhor caminho”.
O juiz também garante que esta medida não serve para substituir a maneira educativa tradicional, ou seja, a internação, apenas complementa esta medida. Os adolescentes que tiverem bom desempenho e dedicação recebem uma anotação positiva no relatório e isso pode ser decisivo na avaliação final.
A medida socioeducativa não serve só como um benefício no relatório do interno, mas também para corrigir a indisciplina. “Caso ele se recuse a fazer o curso, terá uma observação anotada no relatório dele e com isso ele pode até permanecer internado pois fica demonstrado que mesmo internado ele não leva a sério as obrigações, imagina na rua” explica o juiz.


