Política

DINHEIRO POR DEBAIXO DA MESA

Procuradoria e Ministério Público poderão investigar Alcides Bernal

Procuradoria e Ministério Público poderão investigar Alcides Bernal

ADILSON TRINDADE, JULIENE KATAYMA E JÉSSICA BENITEZ

24/10/2012 - 00h01
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O advogado da coligação “Mais Trabalho por Campo Grande”, encabeçada pelo candidato à Prefeitura de Campo Grande, deputado federal Edson Giroto (PMDB), Valeriano Fantoura, vai acionar a Procuradoria Regional Eleitoral e o Ministério Público Estadual para investigar o candidato Alcides Bernal (PP) por crime eleitoral, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e sonegação fiscal.

Valeriano explicou, no caso da Justiça Eleitoral, Bernal pode ter o registro de candidatura cassado se for condenado por irregularidades na prestação de contas. Ele pode ainda ter o seu diploma cassado, se for eleito prefeito e reclusão de até 5 anos.

A acusação contra Bernal está no vídeo em que aparece recebendo R$ 200 mil escondido por debaixo de mesa de estabelecimento comercial. Na gravação, o candidato declarou necessitar de R$ 15 milhões para gastar na campanha eleitoral quando foi questionado pelo seu interlocutor de “quantos milhões a campanha precisa”. Logo após ouvir o montante do valor, seu interlocutor, no vídeo, o alertou: “você tem que ter cuidado, que você é o candidato dos pobres”. 

Segundo Valeriano, a declaração de Bernal pode configurar crime na prestação irregular de contas de campanha eleitoral. O candidato registrou na Justiça Eleitoral limite de gastos de R$ 7 milhões e na reunião com o misterioso empresário, que repassou os R$ 200 mil, disse precisar de R$ 15 milhões.

Valeriano explicou ainda que a omissão na declaração da prestação parcial de contas dos R$ 200 mil recebidos do empresário pode configurar crime eleitoral, se realmente for comprovado o repasse do dinheiro. “As consequências são danosas para o candidato”, comentou o advogado.

Segundo a assessoria jurídica de Bernal, o material analisado pelo Instituto de Perícias Científicas mostrou a existência de montagem no vídeo. “Agora estamos tomando todas as medidas cabíveis para o caso”, disse o advogado Rafael Scaini.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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