Cidades

violência no campo

Polícia Federal investiga assassinato de líder indígena em Amambai

Polícia Federal investiga assassinato de líder indígena em Amambai

edilson josé alves, de amambai

20/11/2011 - 08h40
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Até o final da tarde de ontem – 24 horas depois do ataque contra os índios guaranis e caiuás que ocuparam parte da Fazenda Ouro Verde, em Amambaí – a Polícia Federal (PF) ainda não tinha pistas que pudessem levar aos autores do atentado. Conforme a comunidade indígena, cerca de 40 jagunços fortemente armados invadiram o acampamento na sexta-feira (18), pegando homens, mulheres, idosos e crianças de surpresa. Na ação o cacique Nísio Gomes, de 59 anos, teria sido morto a tiros, mas o corpo não foi encontrado, e outras quatro pessoas ficaram feridas.

Ontem por volta do meio dia, a reportagem do Correio do Estado conversou com o delegado Alcídio de Souza, da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst), cujas ações estão centralizadas na Superintendência da PF em Campo Grande. Ele disse que ainda não tinha pistas dos supostos jagunços contratados para expulsar os indígenas da área ocupada. O delegado disse que não poderia repassar mais dados sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na região e que está mobilizando policiais de Campo Grande, Naviraí, Dourados e Ponta Porã.

Mas logo após prestar depoimento ao chefe da Delinst na delegacia de Polícia Civil de Amambaí, o Correio do Estado conversou com o ex-capitão Rodolfo Ricarte, da Aldeia Amambaí. Ele foi uma das últimas pessoas que conversaram com Nísio Gomes antes do ataque promovido pelos jagunços na área da Ouro Verde, que seria uma propriedade de cerca de 18 mil hectares.

Ricarte disse que foi até o acampamento um pouco antes do ataque para pedir ao cacique para deixar a área porque ele estava correndo risco de morte. “Eu pedi pra ele sair com o pessoal porque ainda dependíamos de um estudo antropológico para ocupar a fazenda, mas ele estava irredutível. Ainda disse que seria perigoso continuar no local, mas não teve jeito e acabou acontecendo essa tragédia”.

Ricarte é uma das lideranças da Aldeia Amambaí, cuja área é de 2.229 hectares, onde são abrigadas cerca de 8 mil pessoas. Sobre a área ocupada, ele revela que a mesma foi ocupada pela primeira vez em 2004. “Daquela vez tentamos, mas como não deu certo, resolvemos sair pacificamente. Agora a situação ficou complicada com esse tiroteio que fez várias vítimas”.

Uma outra pessoa que conversou com Nísio antes do ataque foi o ex-funcionário comissionado da Funai, Cleomar Dutra. Ele não quis revelar o que disse ao delegado Alcídio de Souza, mas confirmou a reportagem que foi até a área de conflito juntamente com o ex-capitão Rodolfo Ricarte, para tentar uma saída pacífica para a situação. “Havia uma preocupação de produtores da região e nós fomos lá para saber como os índios estavam e se estavam dispostos a deixar a área. Pelo que eu sei havia um pré-estudo antropológico, mas não é de agora”. 

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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