Política

REFORMA MINISTERIAL

PMDB recorre a Lula por boa relação com Dilma

PMDB recorre a Lula por boa relação com Dilma

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15/01/2014 - 09h15
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Insatisfeitos com os rumos da anunciada reforma ministerial e sem acordo para as disputas nos Estados, dirigentes do PMDB vão pedir socorro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar apaziguar a relação com a presidente Dilma Rousseff.

O clima de tensão entre o principal parceiro do PT na coalizão será escancarado na noite desta quarta-feira, 15, em reunião do vice-presidente Michel Temer com a cúpula do PMDB em Brasília.

Lula está em férias, mas retornará às atividades no fim do mês. Para uma ala do PMDB, somente o ex-presidente - articulador político da campanha da reeleição de Dilma - pode ajudar a solucionar o conflito.

A nova crise começou porque, em conversa mantida com Temer na segunda-feira, 13, Dilma disse a ele que não entregará ao PMDB o Ministério das Cidades, hoje controlado pelo PP, e que também terá dificuldades para substituir agora o afilhado do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), na Integração Nacional.

O indicado dos irmãos Gomes assumiu a pasta em setembro, depois que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável adversário de Dilma na eleição, entregou os cargos que o PSB mantinha na equipe para ficar mais à vontade na disputa pelo Planalto.

Responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco, a Integração é uma das pastas mais cobiçadas da Esplanada, com previsão de orçamento de R$ 8,5 bilhões.

Com cinco ministérios sob o seu comando (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Aviação Civil e Turismo), o PMDB insiste em desbancar "a turma dos irmãos Gomes" - Ciro e Cid - da Integração para dar a vaga ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) na reforma do primeiro escalão.

 

Apesar de não ter batido o martelo sobre o destino desse ministério, Dilma avisou a Temer que precisará abrigar novos aliados no governo, como o PROS, o PTB e o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Na contabilidade da presidente, a empresa Transpetro - subsidiária da Petrobrás que é controlada pelo PMDB - entra na cota dos ministérios, tamanho o seu poder de influência.

‘Tenso’

"Está tudo muito tenso e vamos tentar manter o partido unido", afirmou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Com a frustração na seara do PMDB, crescem as pressões para que a legenda antecipe de junho para abril a data da convenção que decidirá a aliança presidencial.

Circulam rumores de que, se a convenção for antecipada, os defensores do rompimento com o governo Dilma poderão ganhar espaço.

"É muita ingenuidade achar que o PMDB vai romper com a presidente Dilma por causa de cargos", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

"O que nós queremos é chegar a um acordo porque ou o partido é reconhecido do tamanho que tem ou não precisa ter nada no governo." A crise se reflete na montagem dos palanques nos Estados, o que, no diagnóstico dos peemedebistas, prejudica a campanha de Dilma.

Até hoje há problemas de convivência entre o PT e o PMDB em São Paulo, no Rio, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Rondônia, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Após o encontro com Dilma, Temer se reuniu com Cunha, Vital do Rêgo, com o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, e com o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Na reunião Castro confirmou a candidatura ao governo do Piauí, outro Estado onde o PMDB enfrentará o PT.

Na conversa, Temer disse que sempre conseguiu conter as rebeliões em seu partido, acenando com a possibilidade de aumentar o espaço da sigla na Esplanada, mas não escondeu o desânimo com a atual situação. É diante desse cenário que dirigentes do PMDB pretendem pedir a intervenção de Lula.

Nos bastidores, peemedebistas não se conformam de serem preteridos por um apadrinhado de Cid e Ciro e lembram que o PROS, nova sigla dos irmãos Gomes, tem só um senador. Quando era ministro da Integração, Ciro, hoje secretário da Saúde do Ceará, definiu o PMDB como um "ajuntamento de ladrões". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

Política

Pollon apresenta atestado e julgamento no Conselho de Ética é adiado

Advogado designado pela Câmara para defender o deputado sul-mato-grossense desistiu de representá-lo em julgamento sobre ocupação da Mesa Diretora e ofensas a Hugo Motta

12/12/2025 15h30

Deputado federal Marcos Pollon

Deputado federal Marcos Pollon Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

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A ameaça ao advogado designado pela Câmara dos Deputados e a apresentação de atestado médico pelo deputado Marcos Pollon (PL) adiou mais uma vez o julgamento dele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Em reunião do colegiado na manhã de hoje (12) as testemunhas agendadas não foram ouvidas após aliados argumentarem que a ausência do parlamentar impediria os trabalhos.

Foram mais de duas horas e meia de debates sem que nenhuma das nove pessoas previstas na pauta dessem o seu depoimento sobre a ocupação da Mesa Diretora e ofensas ao presidente da Casa, Hugo Motta, em agosto deste ano, até que o vice-presidente do colegiado, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que comandou os trabalhos, encerrou a reunião após o advogado designado pela Casa para defender Pollon dizer que não o representaria. 

Clebson Gean da Silva tomou essa decisão após falar pelo celular com o deputado sul-mato-grossense e foi ameaçado de processo.

“Eu aqui estou sobre autoridade da Casa e do advogado chefe. Eu recebi orientação para seguir as prerrogativas da advocacia e manifestar realmente que não tenho condições de continuar na defesa do representado. O representado me ligou me ameaçando de representação. Eu creio que no exercício do serviço público da função de advogado da Casa, não vou ficar submetido a uma ameaça desse jaiz", declarou ao ser questionado pela segunda vez se teria condições de defender Pollon.

Pouco antes ele disse que o fato de não ter conversado com o parlamentar poderia comprometer a defesa.

O advogado foi designado pela Casa após renúncia do representante de Pollon. Trata-se de um advogado ad hoc que fica à disposição do colegiado, exatamente para assumir temporariamente a parte que aparecer sem defesa.

Este argumento foi usado após não prosperar as justificativas de alguns parlamentares presentes e de Marcel van Hattem (Novo-RS), que responde pela mesma acusação, de que a reunião deveria ser suspensa pelo fato de Pollon estar afastado por nove dias por decisão médica. Foram citados trechos do Regimento Interno, legislação nacional e até acordos internacionais para tentar barrar o andamento dos trabalhos.

Logo no começo da reunião Van Hattem apresentou um requerimento para interromper as oitivas, mas Freitas não acatou o pedido alegando que estava embasado no regimento interno por isso ouviria as testemunhas, destacando que não se encontravam prejudicados os princípios do contraditório e que todos teriam direito a ampla defesa, “presentes ou não” na reunião.

Mesmo com a recusa, por diversas vezes o parlamentar gaúcho e outros deputados insistiram que os trabalhos deveriam ser interrompidos pela ausência de Pollon. Todas às vezes Freitas negou o pleito.

O deputado sul-mato-grossense apresentou o atestado após passar mal na reunião do colegiado de ontem, quando os trabalhos foram suspensos depois de ser retirada da sala do colegiado e ser atendido pelo departamento médico da Casa.

Pollon responde processo por se sentar na cadeira do vice-presidente da Câmara e por ofensas contra o presidente da Câmara, que tem como punição prevista 90 dias de suspensão. Respondem em conjunto van Hattem e Zé Trovão (PL-SC).

Política

Vereador critica falta de medicamentos em postos de saúde de Campo Grande

Ausência de comando na Sesau foi cobrada para resolver a situação dos insumos

12/12/2025 15h00

Divulgação Câmara Municipal de Campo Grande

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A falta de medicamentos essenciais voltou a ser tema na Câmara Municipal de Campo Grande, assim como a ausência de alguém à frente da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que está sem titular há 98 dias.

Como acompanhou o Correio do Estado, após reclamações da população, a secretária de Saúde, Rosana Leite, foi exonerada no dia 5 de setembro de 2025.

Durante sessão na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) cobrou da Prefeitura uma solução para a falta de remédios e destacou a importância de um nome à frente da pasta.

O vereador pontuou que é inadmissível que faltem itens básicos, como dipirona, utilizada para alívio de dor e febre nos centros de saúde.

“Não podemos permitir que a saúde básica da nossa cidade falhe dessa forma. O cidadão que procura atendimento não pode ser penalizado pela falta de gestão”, afirmou Ronilço.

Para o vereador, a ausência de um novo secretário tem gerado um “vácuo de autoridade”, o que acaba acarretando falta de uma coordenação eficaz com planejamento para estancar o problema.

“É fundamental que a Secretaria tenha um comando forte e capaz de organizar as ações, promover a melhoria do atendimento e garantir o fornecimento contínuo de medicamentos. A saúde não pode ser tratada como algo secundário, ela é prioridade”, destacou.

Atendimento

Além da falta de medicação, Ronilço pontuou a demora no atendimento da população, que enfrenta filas ou até dias de espera para conseguir uma consulta médica.

“O atendimento médico de qualidade não pode ser um luxo. Precisamos garantir que todas as unidades de saúde tenham profissionais capacitados para atender a população, exames rápidos, sem que haja sobrecarga nas unidades”, afirmou.

No entendimento do vereador, a situação é um problema estrutural que necessita de uma gestão eficiente e deve ser prioridade do Executivo Municipal.

“O que falta é gestão, é o uso correto dos recursos. O dinheiro está disponível; o que precisamos é de uma gestão eficiente, que saiba aplicar os recursos onde realmente é necessário”, disse Ronilço, e completou:

“A nomeação de um secretário de Saúde com urgência é uma das primeiras medidas que devemos tomar para recuperar o sistema. A saúde de Campo Grande é um direito da população, e o poder público precisa dar resposta a isso de forma imediata”.

Falta de insumos

Nesta semana, por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) apontou a falta de abastecimento de medicamentos e insumos básicos nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e nos Centros Regionais de Saúde (CRS).

O CRM-MS informou que realizou fiscalização nas unidades de saúde e verificou estoque baixo ou ausência total de medicamentos básicos e insumos fundamentais, como:

  • luvas;
  • lençóis;
  • cânulas;
  • entre outros materiais essenciais.

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