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Pessoas com aids relatam o impacto do diagnóstico e falam do futuro

Pessoas com aids relatam o impacto do diagnóstico e falam do futuro

agência brasil

05/06/2011 - 12h10
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Em 2007, Aparecida dos Santos* perdeu 20 dos 67 quilos que lhe davam forma e curvas, além de grande parte do cabelo comprido que tanto gostava. Após o fim de um casamento de sete anos e com uma filha pequena para cuidar, tinha passado por três relacionamentos – todos sem sucesso. Em meio a uma nova tentativa com o marido, descobriu que era soropositiva.

“Nesse período, eu já estava começando a emagrecer, com manchas roxas no corpo e muita gastrite. Achava que era por conta do trabalho, da responsabilidade que eu tinha e do stress. Jamais podia imaginar que aquilo pudesse acontecer comigo”, conta a profissional de saúde, hoje com 45 anos.

Aparecida tinha certeza de que o marido havia passado a doença para ela quando ainda eram casados – já que o relacionamento acabou por causa de outra mulher. Mas o exame feito pelo companheiro não acusou nada em seu organismo. Ele, mesmo assim, decidiu permanecer ao lado da esposa e dar apoio moral durante o tratamento.

Após períodos de internação e uma rotina já estabelecida de medicamentos, a carga viral apontada nos exames é praticamente nula e Aparecida garante que vive em paz com a doença. “A cada dia, mato um leão na minha vida”, relata. O conselho se resume a uma única decisão – o uso do preservativo. “Tem que ter mais cuidado porque o HIV não está escrito na testa de ninguém. A aparência é uma coisa muito superficial”.

Raimundo Lima, 50 anos, sempre fez questão de se proteger durante uma relação sexual – mesmo em um relacionamento que já durava 22 anos. Ainda assim, o aposentado foi infectado pelo companheiro que, inconformado com o diagnóstico da aids, fez um furo em um preservativo e provocou a transmissão.

“Descobri porque tive uma neoplasia (câncer) e um coágulo no cérebro que estava afetando a visão. Depois, tive um tumor na perna, um tipo de câncer causado pelo HIV”, explicou. A confirmação da doença veio em 2003. Oito anos depois e seguindo religiosamente a terapia antirretroviral, ele garante que nunca mais foi atingido por nenhuma doença oportunista.

Um dos piores trechos da trajetória de quem é soropositivo, segundo Lima, é ter de lidar com o preconceito. “A aids ainda é uma doença cheia de estigmas. Infelizmente, a sociedade ainda não entende. Vivemos em país cheio de tabus sexuais e as pessoas não querem falar de DST [Doenças Sexualmente Transmissíveis]”.

O conselho do representante da Rede Nacional de Pessoas que Vivem com HIV é o mesmo de Aparecida: o uso do preservativo em qualquer tipo de relacionamento – duradouro ou não. Ele lembra ainda que fazer o teste uma única vez não é razão para abrir mão da camisinha, já que o HIV só é detectado meses após o contágio.

A professora Maria Georgina Machado, 48 anos, convive com o HIV há 11 anos. Em 2000, passou por oito consultórios, ficou meses internada e chegou a entrar em coma antes de ter o diagnóstico confirmado. Dos 58 quilos, sobraram apenas 29.

Oito anos após a morte do marido, ela engatou um novo relacionamento. “A aids não tem cara. Ele era bonito, forte, saudável e me enganou porque já era soropositivo”. Segundo Maria Georgina, o companheiro já usava medicamento antirretroviral, mas arrancava o rótulo dos remédio para que não fossem reconhecidos.

Quando começou a ficar doente, ela foi demitida de uma das escolas onde trabalhava porque a direção acreditava que a professora podia estar grávida. No outro colégio onde dava aula, os rumores eram de que ela estava com tuberculose. Uma pessoa da família chegou a proibi-la de frequentar a rua onde morava por causa da doença.

Atualmente, Maria Georgina é membro da ONG Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas. “Se eu não me fortalecesse com esse movimento, acho que já tinha pirado. Hoje em dia sou artesã, mas ainda amo minha profissão de professora”, afirma. A aids registrou um outro capítulo na vida da carioca – em 2005, ela conheceu uma mulher soropositiva em estado grave que lhe entregou seu bebê. A criança, hoje com 5 anos, está saudável e não tem a doença. 

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

REE/MS abre inscrição para atuar na Educação Profissional

Com mais 1,9 mil vagas, inscrições para atuar em unidades escolares de todo Mato Grosso do Sul ficam abertas até 15 de janeiro de 2026

08/12/2025 12h36

SED abre inscrições para professores atuarem em Educação Profissional de escolas da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul

SED abre inscrições para professores atuarem em Educação Profissional de escolas da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul Divulgação

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Iniciou hoje as inscrições para professores interessados em atuar na Educação Profissional da Rede de Ensino Estadual de Mato Grosso do Sul (REE/MS) no ano letivo de 2026. O processo está vinculado a oferta de Cursos de Educação Profissional integrado ou subsequente do Ensino Médio

Publicado no Diário Oficial do Estado há quatro dias atrás, em 4 de dezembro, o edital mantém as inscrições pelo site http://www.portaldoprofessor.ms.gov.br/, até o dia 15 de janeiro de 2026, às 16h, no horário de Mato Grosso do Sul.

São 1.993 vagas distribuída por todo o estado sul-mato-grossense e abrange as atividades de:

  • Coordenação Técnica de Curso;
  • Docência;
  • Supervisão do Estágio Curricular Obrigatório.

Entre os requisitos para o cadastramento é necessário que o profissional possua escolaridade em nível superior e seja habilitado em Tecnologia, Bacharelado ou Licenciatura, com comprovação de colação de grau emitido por instituições reconhecidas pelo MEC que esteja em conformidade com o curso ofertado pela Secretaria de Estado de Mato Grosso do Sul.

As relação de cursos e unidades escolares que possuem a vaga estão todas relacionadas no edital. Entre as opções de itinerário formativo profissional, estão áreas de comércio, agroindústria, recursos humanos, publicidade, administração, segurança pública, entre outras.

Para se inscrever os interessados devem:

  • ser brasileiro nato ou naturalizado;
  • ter idade mínima de 18 (dezoito) anos completos;
  • atender aos pré-requisitos mínimos de escolaridade especificados anteriormente;
  • estar em situação regular perante o respectivo órgão de classe, se obrigatória a filiação para o exercício da profissão;
  • estar em situação regular perante o serviço militar, quando do sexo masculino;
  • estar em dia com as obrigações eleitorais;
  • não possuir antecedentes criminais e condenações por improbidade administrativa.

Seleção

Com o objetivo de formar banco de interessados para atuar em cursos de Educação Profissional, e que preencham os requisitos necessários, os profissionais poderão ser contratados após prévia análise curricular da unidade escolar que necessita do serviço. Porém a inscrição não assegura ao inscrito à convocação.

De acordo com o edital, a análise irá considerar elementos e informações documentais que comprovem a formação, experiência profissional anterior, e perfil alinhado ao Projeto Pedagógico do Curso ofertado pela respectiva unidade escolar escolhida pelo candidato.

Fica sob responsabilidade da escola a análise e seleção dos candidatos que serão convocados, bem como, responsabilidade de cada unidade divulgar a data em que serão realizadas as análises.

Ainda, ela deve ser feita seguindo os critérios de maior titulação e de maior tempo de experiência na atividade exigida. Em caso de empate, os seguintes critérios serão utilizados para desempate na ordem disposta:

  • ter realizado, nos últimos 3 anos, curso de Formação Continuada em Educação Profissional oferecido pela SED/MS;
  • maior tempo de efetivo trabalho na REE/MS em função correspondente;
  • maior tempo de efetivo trabalho na REE/MS em funções diversas;
  • maior idade.

A relação das inscrições realizadas será publicada por meio do Diário Oficial do Estado a partir do dia 15 de janeiro e disponibilizada também no mesmo site de inscrição: http://www.portaldoprofessor.ms.gov.br/.

Quanto ao resultado dos habilitados e selecionados para atuarem nas unidades também fica a cargo da direção de cada unidade escolar, divulgar e fixar em novo Comunicado, a fim de informar os profissionais e formalizar o processo de contratação com documentação exigida e demais necessidades.

Para informações e detalhes sobre a vaga, o candidato deverá contatar a unidade escolar ou centro de educação profissional escolhido. Confira a lista completa das vagas disponíveis e localização, bem como o edital aqui.

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CAMPO GRANDE

Depósito de combustível será removido só na 2ª fase da reforma do aeroporto

A mudança, aguardada há anos por quem utiliza o aeroporto, integra o pacote de melhorias com conclusão prevista para 2026

08/12/2025 12h15

A mudança, aguardada há anos por quem utiliza o aeroporto, integra o pacote de melhorias

A mudança, aguardada há anos por quem utiliza o aeroporto, integra o pacote de melhorias Gerson Oliveira

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O depósito de combustível que hoje ocupa a área bem em frente ao setor de embarque do Aeroporto Internacional de Campo Grande só será transferido na segunda etapa das obras de modernização do terminal. A mudança, aguardada há anos por quem utiliza o aeroporto, integra o pacote de melhorias previsto pela concessionária Aena e só deve ocorrer após a conclusão da primeira fase das intervenções, programada para ser entregue até junho de 2026.

Atualmente, o Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA) fica posicionado logo na entrada do aeroporto, em uma área visível a todos que chegam ao terminal. Depois da realocação, o depósito passará a operar dentro da área restrita, próximo ao pátio de aeronaves, um espaço mais adequado do ponto de vista de segurança e logística. A estrutura também será ampliada, passando dos atuais 2,3 mil para 4 mil metros quadrados.

Segundo a Aena, a transferência permitirá “maior eficiência operacional e novos serviços aos passageiros”. Com a retirada do PAA da área frontal, o espaço será aproveitado para a ampliação do estacionamento rotativo, uma das demandas mais recorrentes dos usuários.

Avanço nas obras 

A instalação das três pontes de embarque, promessa que circula desde antes da concessão, está em andamento. A empresa espanhola assumiu o aeroporto em outubro de 2023 e, apesar de o início das obras ter atrasado em relação ao cronograma anunciado no ano passado, a concessionária mantém o prazo de entrega para 2026.

Com a conclusão da reforma, o terminal deve ganhar um segundo pavimento, ampliar o espaço interno de 10 mil para 12 mil metros quadrados e alcançar capacidade para até 2,6 milhões de passageiros por ano, um crescimento de 85%. O projeto inclui ainda a reforma completa do pátio, que terá condições de receber até 11 aeronaves simultaneamente, e a preparação da estrutura para voos internacionais.

A sala de embarque também será expandida, passando a contar com sete portões e 1,8 mil metros quadrados, enquanto o check-in terá 20 posições. As pontes, porém, vão alterar a dinâmica do embarque: atualmente, o acesso às aeronaves ocorre por duas escadas; com os fingers, todos os passageiros entrarão e sairão pela porta dianteira, tornando o processo mais lento, mas mais seguro e confortável, principalmente em dias de chuva.

Mudanças

Desde que assumiu a administração, a Aena colocou em operação uma segunda esteira de bagagens e regularizou o funcionamento do sistema de ar-condicionado em todas as áreas do aeroporto. Quando a empresa chegou, em 2023, parte da estrutura ainda estava inacabada.

A concessionária afirma que as fases estão sendo executadas conforme o planejamento e que a realocação do depósito de combustível faz parte do pacote final que deixará o aeroporto mais moderno, funcional e preparado para atender à demanda crescente de passageiros em Campo Grande.

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