O produtor rural Cesar Lyrio, 61 anos, também critica a mudança. "Não era assim, porque agora vai ser. A gente não recebeu nenhum comunicado. Esse tipo de coisa não pode acontecer sem o usuário ser comunicado. As vezes você vai descer rápido e com a pressa do dia-a-dia acaba esquecendo de resgatar o crédito mesmo. Claro que o certo é ninguém esquecer, mas acontece".
O eletricista Wiliam Freire, de 41 anos, é da mesma opinião dos outros dois entrevistados. "É no mínimo estranho isso. Alguma coisa tem. Nesse fim de ano, que o centro está mais movimentado, o esquecimento dos motoristas deve dar bastante lucro".
A decoradora Ana Muzzi Youssef, 51 anos, afirma que percebeu a mudança e não se incomodou, mas ela admite que os "esquecidos" saem prejudicados. "Já aconteceu de em estacionar em uma vaga que o parquímetro estava acionado. Eu acabei aproveitando o crédito que a pessoas deixou. Para mim tanto faz carregar ou não 120 minutos, eu não esqueço de tirar e sempre deixo crédito de reserva mesmo".
Denúncia
Em maio deste ano, o Correio do Estado publicou reportagem denunciando que os parquímetros estavam funcionando além do horário permitido. O estacionamento nas 2,4 mil vagas da Capital controladas pelos equipamentos só pode ser cobrado das 8h às 18h de segunda a sexta-feira e das 8h às 12h nos sábados. Com base na reclamação de usuários, a reportagem esteve no centro da cidade e constatou que os parquímetros realmente ficava abertos além do horário, confundindo os motoristas, que com medo de serem multados, inseriam créditos sem necessidade.
Após a denúncia, a Flex Park, empresa que explora a área de estacionamento regulamentado em Campo Grande, num primeiro momento afixou adesivos nos equipamentos informando aos usuários o horário em que é necessário acionar o aparelho para deixar o carro. Meses depois, passou a funcionar sistema que próximo ao fechamento dos parquímetros, o aparelho só carrega o tempo correspondente a quanto falta para os equipamentos serem desligados.
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