Desde março de 2022 o atrativo turístico recebeu 1,4 milhão de visitantes, mas ficará fechado do dia 31 até 7 de janeiro
Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, já recebeu 1,4 milhão de visitantes, procedentes de todos os estados brasileiros e de 140 países diferentes, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (25), pela assessoria Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Mas, ao longo das duas próximas semanas os horários de visitação sofrerão restrição. Nesta quinta-feira (25), permanece fechado. Além disso, as visitas ficam suspensas dos dias 31 de dezembro a 7 de janeiro de 2026.
A explicação é que são necessárias manutenções internas voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.
Em média, 32,5 mil pessoas visitaram o local por mês, o que equivale a cerca de 390 mil pessoas por ano. Parte deste fluxo ocorreu por conta das 115 convenções que foram realizadas no espaço ao longo de 2025.
Além de ser um local para contemplação, o Bioparque também se transformou em uma grande e bem diferente sala de aula. Ao longo do último ano, estudantes de 360 escolas tiveram aulas nada convencionais no aquário.
E não foram somente estudantes de Campo Grande ou das cidades do interior do Estado. Por conta da grande diversidade de atrativos, escolas de Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Paraná organizaram excursões para conhecer o espaço. Ao todo, desde a inauguração, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 90 mil estudantes, segundo a assessoria.
Outro grande destaque foi a terceira edição do Clube de Ciências, com a participação de estudantes de nove escolas em 14 projetos de iniciação científica, envolvendo tanto instituições públicas quanto privadas da Capital e do interior.
As ações itinerantes também ganharam força com o projeto “Bioparque vai à Escola”, que levou uma parte do maior aquário de água doce do mundo até instituições de ensino, além da presença em feiras e eventos educacionais em vários municípios.
Embora tenha sido criado há mais de três anos, o número de espécies abrigadas segue aumentando. No começo do ano eram 446 e no final, 470, um acréscimo de 24 novas espécies, além de atingir a marca de mais de 45 mil animais.
Local de uma série de estudos e pesquisas, o Bioparque foi marcado em 2025 pela realização de um exame inédito para a ciência. Em parceria com a UFMS,técnicos fizeram uma ultrassonografia e tomografia em uma cachara, espécie de peixe típica do Pantanal. O procedimento exigiu uma megaoperação técnica para manter o animal fora da água durante o exame. Tudo correu bem e a cachara retornou ao seu tanque.
Desde a inauguração foram 94 reproduções de peixes . O destaque deste ano fica com o projeto Cascudos do Brasil, que realizou a reprodução de 23 espécies de cascudos, sendo três delas ameaçadas de extinção: Cascudo Onça, Cascudo Viola e Cascudo Cego das Cavernas. O projeto ainda registrou, em 2025, 74 desovas de cascudos.
PESQUISA
Na área científica, pesquisadores do Bioparque realizaram importantes publicações científicas em periódicos de alcance nacional e contribuíram com a popularização da ciência por meio do trabalho exercido pelos estagiários, fortalecendo a cada dia o turismo científico no empreendimento.
O NUPTEC também obteve reconhecimento com a premiação do projeto “Produção de Sabão Ecológico” entre os melhores do “Programa MS Multiplica” e com o destaque do projeto “Raízes Criativas” em edital estadual.
“O Bioparque é um espaço de pertencimento, orgulho e transformação. Aqui, as pessoas se emocionam, aprendem e se conectam com a natureza de uma forma única. É um lugar que mostra que cuidar do meio ambiente também é cuidar das pessoas. Nosso maior legado é tocar vidas e inspirar um futuro melhor para todos”, afirma a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri