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Operação mostra que 'bocas' viram negócio e conexão entre crimes

Operação mostra que 'bocas' viram negócio e conexão entre crimes

DIÁRIO ONLINE

08/05/2013 - 16h30
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O estouro de ponto de venda de drogas na rua General Dutra, no Bairro Maria Leite, feito por equipes do Serviço de Investigações Gerais (SIG) do 1º Distrito de Polícia Civil de Corumbá, mostrou que os envolvidos com o tráfico estão buscando uma especialização de suas ações. A constatação é do delegado titular do 1º DP, Gustavo Bueno, que comandou a operação realizada no início da noite de ontem (07) que prendeu duas pessoas e apreendeu quatro tipos diferentes de entorpecentes.

No local funcionavam dois depósitos onde ficavam estocadas mercadorias provenientes de contrabando e descaminho, originárias da Bolívia. Foram apreendidas cerca de 10 toneladas de contrabando, entre roupas; produtos eletrônicos e alimentos. A Receita Federal foi acionada para executar a apreensão do material. Todo o carregamento foi levado para o depósito da Receita onde será periciado e o que houver de perecível - no caso alimentos - será doado para instituições de filantropia.

"Chamou atenção a preocupação deles em se especializar. Havia preocupação em se especializar na questão mercadológica. Apreendemos livros que visam a boa administração, como lidar no comércio e como se portar diante de uma situação contábil. Denota que o crime está se especializando. O flagrado é de vasta experiência no crime e sabe como trabalhar nessa questão, mas agora foi preso pelo SIG", afirmou o delegado Gustavo. Na casa, os policiais encontraram os livros "Grande enciclopédia de administração empresarial, contabilidade e prática comercial" e uma versão compilada do "Código Comercial; Código Tributário Nacional e Constituição Federal".

De acordo com o responsável pelas investigações, o flagrante destruiu o "mito que se tem de que é formiguinha o tráfico de bocas de fumo". Segundo o delegado, a boca estourada pelos policiais civis tinha arrecadação diária de cerca de R$ 4 mil. "Isso reforça que por trás das bocas que estamos estourando há visão comercial. A droga hoje não custa um real. Cada pacotinho é dez reais, justamente para aumentar a lucratividade", afirmou Gustavo Bueno apontando os papelotes de pasta base e cocaína apreendidos. "Não existe ‘boquinha' humildezinha não. Estão destruindo famílias e virando negócio", complementou.

Outra constatação mostra que havia toda preocupação, por parte dos envolvidos, em disfarçar a grande movimentação no local. "Tinha uma mercearia, que é dele, e era usada como cobertura, como fachada para disfarçar o movimento", afirmou o titular do 1º DP.

"É uma demonstração para a população que os crimes estão todos conexos. Tráfico de drogas; descaminho, contrabando e outras modalidades. Pela primeira vez a Polícia Civil de Corumbá consegue apreender quatro tipos de drogas diferentes [num só local]. Temos a pasta base de cocaína; maconha, crack e o cloridato de cocaína pura", destacou o delegado. "Apreensão de quatro tipos de drogas dá a dimensão que de formiguinha não tinha absolutamente nada", argumentou.

Dois presos

Na casa da rua General Dutra duas pessoas foram presas em flagrante. O homem apontado como dono do ponto, José Luiz Pareja Urquidi, 56 anos, tinha atuação ligada ao tráfico há pelo menos 25 anos. A primeira prisão dele teria sido entre os anos de 1988 e 1989. Dessa vez, deve ser autuado por tráfico de drogas, contrabando e descaminho. "Ele está há muito tempo no crime, esse senhor, já foi preso três vezes. Essa foi a quarta [prisão] por tráfico de drogas", informou Gustavo Bueno.

A outra prisão foi de Viviane Freire de Jesus, 33. "Ela foi encontrada com uma grande quantidade de maconha. Estava em livramento condicional e recebeu a voz de prisão por tráfico na sala do imóvel. Ela estava lá dentro", contou o delegado.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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