Cidades

ALVORADA VORAZ

Operação contra 'peixes graúdos' do crime organizado já prendeu 9

Operação contra 'peixes graúdos' do crime organizado já prendeu 9

VÂNYA SANTOS E GABRIEL MAYMONE

23/11/2011 - 09h20
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A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ) - denominada de Alvorada Voraz - e executada pelo Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) desde às 5h desta quarta-feira (23) está  ocorrendo, além de Campo Grande, em outros seis municípios. 

O objetivo é prender os "peixes graúdos" do crime organizado, principalmente do contrabando de cigarros do qual participam inclusive nove policiais militares. 

O trabalho é o desdobramento de operações anteriores quando algums PMs e civis foram presos.

Foram expedidos 18 mandados de prisão e 38 mandatos de busca e apreensão para cumprimento nos municípios de Eldorado, Naviraí, Brasilândia, Caracol, Antônio João e Porto Murtinho. A polícia informou que 9 pessoas já foram presas, incluindo um policial que estava em Brasília (DF).

Na Capital, uma casa foi cercada nesta manhã na Rua das Garças, Vila Célia, onde mora um PM identificado como Nivaldo. A casa teve que ser arrombada para cumprimento do mandado de busca, apreensão e prisão. (veja vídeos)

Mas nada foi encontrado. O PM, de acordo com informações preliminares, estaria na casa da namorada na cidade de Tacuru, divisa com o Paraguai.

Prisões

 

O chefe do grupo, Carlos Grejiann, 51 anos, conhecido como ''Polaco'', já teria sido preso em Eldorado. Da organização criminosa, de acordo com informações policiais, participariam ainda seus dois filhos.

 

 

Em Brasilândia, o fiscal identificado como Aparecido Costa, 29 anos,vulgo "Cido Bala" também estaria preso.

 

 

Um dos filhos e o cunhado de Polaco também já teriam sido presos em Eldorado, segundo informações apuradas até agora. Em Jardim, um PM também estaria preso e em Porto Murtinho, teriam sido detidos 2 PMs envolvidos.

O Gaeco deverá dar informações mais detalhada ainda no dia de hoje em coletiva à imprensa.

As pessoas presas no interior - Caracol e Antonio João - devem chegar à Capital por volta de 12h30min. Os outros, incluindo Polaco, tem horário de chegada previsto para às 15h.

Assassino de auditor

Alcides Carlos Grejianim é considerado um dos maiores contrabandistas de cigarros da região de fronteira com o Paraguai. Ele foi preso em março de 2010 em Porto Murtinho acusado de movimentar, à época, cerca de R$ 5 milhões por mês em "muambas".

 
Ele também foi acusado de envolvimento no assassinato do auditor da Receita Federal Carlos Renato Zamo, cujo corpo foi encontrado carbonizado no ano de 2006, na margem da MS-295, no interior de uma caminhonete.
 
Durante as investigações à época, a Polícia Federal prendeu “Polaco” e outros supostos envolvidos, entre eles, o ex-prefeito da cidade de Eldorado Pedro Luiz Balan, que acabou solto depois de vencer a prisão temporária.
 
Durante as investigações, à época, o delegado da PF, Edgar Paulo Marcon, concluiu que o auditor da Receita Federal foi assassinado porque estava envolvido com a quadrilha de “Polaco” e pretendia deixar a facção. Os criminosos teriam prometido até um reajuste na mensalidade de US$ 8 mil que estaria sendo paga ao auditor. O ex-prefeito de Eldorado Pedro Luiz Balan, segundo a polícia, atuava como consultor da quadrilha, indicando rotas e formas de negociação.
 
Em 2007, “Polaco”  voltou a ser preso, desta vez durante a “Operação Contranicot” desencadeada pela Polícia Federal. Ele seria o líder de um grupo responsável pelo contrabando de mais de 5 mil caixas de cigarros a cada 30 dias, levadas para o estado de Goiás.
 
(Atualizada às 11h11min para acréscimo de informações)

Veja os vídeos:

Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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