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Entrevista da Semana

‘O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em homens’, diz urologista

‘O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em homens’, diz urologista

cristina medeiros

10/11/2013 - 18h30
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A exemplo do que aconteceu em outubro, marcado como o mês de combate ao câncer de mama, com o ‘Outubro Rosa’, o mês de novembro chega trazendo a campanha de conscientização dirigida ao público masculino, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Nesta entrevista, o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia - Seccional MS, André Luís Alonso Domingos, fala a respeito da campanha de conscientização para que o homem procure o médico e faça seus exames regularmente, após os 40, 45 anos; sobre o funcionamento de um centro específico para o homem na Capital e sobre o diagnóstico e tratamento da doença.

CORREIO PERGUNTA A exemplo do “Outubro Rosa”, foi criado o “Novembro Azul”, ligado à prevenção do câncer de próstata. Quais as ações que estão sendo feitas diretamente junto à população para conscientização dos homens em MS?
André Luís - Campo Grande é uma das cidades no Brasil onde há o Centro de Referência de Atendimento ao Homem, próximo à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Coronel Antonino, que funciona há mais de quatro anos. E, além disso, há o Centro de Especialidades Médicas (CEM) – e aqui eu estou falando no nível de saúde pública. Qual é o correto para o Sistema Público de Saúde? O paciente vai à UBS, faz uma consulta com o clínico geral e, se ele tem critérios de indicação para passar com o urologista, para prevenção do câncer de próstata, será encaminhado tanto ao CEM quanto ao Centro de Atendimento do Homem. Neste local, estão estritamente urologistas; no CEM , ele também é encaminhado para a urologia do local. E, a partir daí, faz um exame – não precisa ir para um hospital para fazê-lo. Normalmente, o médico da UBS pede o PSA – que é o exame de diagnóstico inicial – e quando vai para o Centro de Saúde do Homem ele já está com este exame, com todo o histórico, e o médico faz a entrevista e realiza o toque retal.
Vamos distribuir panfletos em consultórios médicos, no Centro de Saúde do Homem, também. E haverá cartazes para conscientização nas UBS.

Em quantos municípios de MS existe este Centro de Atendimento à Saúde do Homem?
Eu acredito que apenas em Campo Grande.

Então, este “Novembro Azul”, no caso de Campo Grande, veio apenas para reforçar a necessidade da prevenção?
Isso, trata-se de uma campanha mais de conscientização da população, para que os homens procurem o atendimento e façam uma prevenção do câncer de próstata. Na verdade, o termo prevenção não é muito correto. Porque prevenção é quando você, por exemplo, toma uma vacina que evita que você tenha a doença. É para que o homem venha precocemente ao urologista e, se ele tiver alguma coisa, seja detectada numa fase inicial, na qual temos chance muito maior de cura.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás do câncer de pele. O senhor sabe me dizer quantos casos foram registrados em MS neste ano e o número de óbitos pela doença?
Os números existentes são divulgados sempre pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer). Para o Brasil, no ano de 2012, estimaram-se 60.180 casos novos de câncer de próstata. Esses valores correspondem a um risco estimado de 62 casos novos a cada 100 mil homens. Na região Centro-Oeste, depois do câncer de pele, é o mais frequente (75/100 mil). Esta é a última estatística disponível.

O número de óbitos pela doença é grande?
O que ocorre hoje é que o câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em homens. O primeiro é o de pele, mas, se você desconsiderar este, que tem muito tumor benigno, o câncer de próstata é o que mais acomete os homens. E se você comparar o câncer de próstata com o de mama, a incidência para o câncer de próstata para 2014 é maior do que o de mama. E muito menos divulgado.

Quando é detectado no início, quais as chances de sobrevivência?
Se o tumor é restrito à próstata, normalmente nós temos em torno de 90% de chances de cura. Apenas com tratamento.

Ele evolui rapidamente ou é mais lento?
Dos tumores urológicos, ele é o de crescimento mais lento, diferente de um tumor de testículo ou de rim. Isso não quer dizer que o paciente não possa morrer pela doença. Porque, como ela dá poucos sintomas, o paciente não sente que está com o tumor, ele vai tendo crescimento lento. Se o paciente não procura o médico, no momento em que ele tem o sintoma, o tumor já está numa fase em que o tratamento é mais difícil de ter sucesso. Oitenta por cento dos tumores de próstata não dão sintomas, já que estão na periferia da próstata, e não no meio dela, onde atrapalharia o indivíduo ao urinar – isso aconteceria mais na fase final do tratamento. Até o tumor chegar ao canal da urina, demora. Por isso, são necessários os exames, para que se possa fazer o diagnóstico o mais precocemente possível.

Esta pode ser considerada uma doença apenas da terceira idade? Quais são os fatores de risco?
Os principais fatores de risco são a idade – quanto mais velho o paciente, mais chance dele apresentar o problema. O ideal é que os exames comecem a ser feitos a partir dos 40 anos. Mas a idade, normalmente, mais frequente, é a partir dos 70. Porém, eu já operei pacientes com 45, 50 e 60 anos. Além disso, os fatores de risco: a raça negra é um, muito importante, além do consumo de gordura saturada (de origem animal). E o histórico familiar também entra nestes fatores de risco. Destes todos aqui, a gente só pode modificar o consumo de gordura saturada, por isso, a importância de se procurar com antecedência o médico.

Este tumor é sempre maligno?
Todo tumor, câncer de próstata, é maligno. Toda vez que nos referimos a tumor de próstata, estamos nos referindo à neoplasia maligna do local. Para ser benigno, tem outra nomenclatura: hiperplasia benigna da próstata (HBP).

Há sintomas? Quais e em qual momento?
Podemos dizer a dificuldade para urinar, sangramento na urina e, às vezes, numa fase mais avançada, a dor óssea, como a dor na coluna . Porque o principal ponto de metástase, de disseminação do câncer de próstata, é a coluna vertebral.

Parece que o homem cuida mais de seu carro do que da própria saúde. Por que há tanta resistência masculina em fazer o exame para a prevenção?
Isso é uma verdade, mas nos últimos 5 a 10 anos isso vem mudando, porém, ainda não de maneira satisfatória. Há uma pesquisa de 2009, feita pela USP junto a outro pesquisador, mostrando que apenas 33% dos homens procuram fazer exames de prevenção. E a gente acha que vários fatores contribuem para a baixa procura: um deles é a falta de informação – e aí a imprensa e a sociedade têm grande papel nisso, como o “Novembro Azul”. E, ainda, o próprio preconceito machista que existe na sociedade, de que homem não pode fazer toque retal. Este é um exame indolor, muito rápido de ser feito. E, normalmente, eu não tenho dificuldade alguma em fazer o exame em todos os pacientes que vêm ao meu consultório e a quem eu explico a real necessidade de fazer o toque.

O senhor poderia explicar qual a sequência de exames feita até o diagnóstico?
Em teoria, o exame de toque é complementar ao exame de PSA e vice-versa. Eles são exames complementares, não que se excluem. Não está correto o médico fazer apenas o exame de PSA, mesmo que ele esteja normal, porque há casos em que é apontada a normalidade e aí se detectam nódulos no toque retal – e este paciente tem indicação de biópsia prostática também. Na verdade, o diagnóstico não é feito com PSA e com exame de toque, são exames de rastreamento. A biópsia é que vai mostrar se é tumor maligno ou não. Então, PSA alterado ou que evoluiu muito rapidamente no último ano, bem como nódulo no toque retal na próstata são indicações para biópsia de próstata.

A retirada do tumor maligno influencia posteriormente na potência masculina?
Pode influenciar. Hoje, com as técnicas mais apuradas nos procedimentos cirúrgicos e da preservação da enervação do pênis na cirurgia, é menor. Porque o feixe que enerva o pênis, responsável pela ereção, passa por baixo da próstata. E quando você retira este órgão, às vezes, pode haver dano a este tipo de nervo. Ocasionalmente, ele é difícil de ser visualizado. Pode ser que o tumor tenha se estendido um pouco fora da próstata e não se pode preservar o nervo. Mas, hoje, com as técnicas de preservação do nervo, aumentaram-se as chances de o indivíduo ficar potente. Mas ainda existe este risco da impotência. E quanto mais idoso for o paciente que vai para a cirurgia, maior a chance de impotência. Porém, é preciso explicar que, mesmo que isso ocorra, há vários tipos de tratamento que promovem a ereção.

O que o senhor acha que é ideal para atrair os homens a frequentar os Centros de Atendimento ao Homem?
Em primeiro lugar, tem que haver uma política pública de facilitar o acesso desta população ao urologista. Depois, é preciso ter uma rede para se fazer as biópsias adequadamente. E, por fim, precisa-se de centros que possam fazer o tratamento deste paciente, caso ele tenha o câncer de próstata: seja ele um tratamento cirúrgico ou, por exemplo, uma radioterapia.  

TRAGÉDIA

Morta a facadas pelo marido, mulher de 33 anos é o 40º feminicídio em MS

Aline Barreto da Silva foi assassinada pelo companheiro, Marcelo Augusto Vinciguerra, em Ribas do Rio Pardo; caso acontece menos de uma semana depois do último feminicídio

14/12/2025 11h05

Aline, de 33 anos, foi a 39ª vítima de feminicídio no Estado em 2025

Aline, de 33 anos, foi a 39ª vítima de feminicídio no Estado em 2025 Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Aline Barreto da Silva, de 33 anos, foi assassinada pelo marido, Marcelo Augusto Vinciguerra, em Ribas do Rio Pardo, na manhã deste domingo (14), e se torna a 40ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2025.

Conforme informações policiais, a Polícia Militar foi acionada durante a madrugada de hoje para atender uma ocorrência de violência doméstica. Ao chegar no local, os agentes avistaram Aline gravemente ferida, aparentemente com cortes de facas.

Socorrida, a mulher foi levada para atendimento médico, mas devido a gravidade das lesões, não resistiu e morreu no hospital. Quanto ao feminicida, Marcelo foi localizado e preso em flagrante, sendo encaminhado à Delegacia da Polícia Civil do município. Até o momento, apenas informações iniciais foram divulgadas.

Vale destacar que o caso de Aline acontece menos de uma semana depois do assassinato de Ângela Naiara Guimarães Gurgel, de 54 anos, que foi morta por Leonir Gurgel, um homem de 59 anos, que a golpeou com facadas de canivete na barriga, no bairro Taveirópolis, em Campo Grande.

Histórico

primeiro feminicídio de 2025 aparece como sendo sendo a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano em MS foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

No terceiro caso de 2025, a vítima foi Juliana Domingues, de 28 anos, assassinada com golpes de foice pelo marido, na noite do dia 18 de fevereiro, na comunidade indígena Nhu Porã, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Quatro dias depois, no dia 22 de fevereiro, Mirieli dos Santos, de 26 anos, foi a quarta vítima do ano, morta a tiros pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

No dia seguinte, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi morta no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande. A vítima foi brutalmente atacada pelo suspeito, que, após esganá-la, arrastou seu corpo até uma residência e colocou em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural. 

O sexto caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 1º de março;

O sétimo aconteceu em Nioaque e trata-se do feminicídio de Alessandra da Silva Arruda, em 29 de março, morta aos 30 anos por Venilson Albuquerque Marques, preso em flagrante horas depois convertida posteriormente para preventiva.

Já o oitavo feminicídio foi o de Ivone Barbosa da Costa Nantes, morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth, em 17 de abril. 

nono caso foi registrado com o achado do corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, encontrado na tarde do dia 14 de maio, no Rio Aporé, em Cassilândia-MS, segundo divulgado pela Polícia Civil. De acordo com as informações, o crime aconteceu no dia 11 de maio. 

Já o décimo caso, foi o de Simone da Silva, de 35 anos, na noite do dia 14 de maio, morta a tiros na frente dos próprios filhos por William Megaioli da Silva, de 22 anos, que se entregou à polícia ainda com a arma em mãos. 

No 11º feminicídio de Mato Grosso do Sul, a vítima foi Olizandra Vera Cano, de 26 anos, que foi assassinada com golpes de faca no pescoço pelo marido de 32 anos, no dia 23 de maio. O autor acabou preso em flagrante, na cidade de Coronel Sapucaia, a 395 quilômetros de Campo Grande.

O 12º caso aconteceu no dia 25 de maio, no Hospital Regional de Nova Andradina, e vitimou Graciane de Sousa Silva, que foi vítima de diversas agressões durante quatro dias seguidos, na cidade de Angélica, distante aproximadamente 275 quilômetros de Campo Grande.

Seguindo a sequência, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foram as 13ª e 14ª  vítimas de femicídio, em Mato Grosso do Sul. As duas foram mortas e queimadas no dia 26 de maio, no bairro São Conrado, em Campo Grande. O autor do crime, João Augusto Borges, de 21 anos, que era marido de Vanessa e pai de Sophie confessou o duplo homicídio, e afirmou que o cometeu pois Vanessa queria se separar e ele não queria pagar pensão para a filha.

Já a 15ª morte por feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, foi a de Eliane Guanes, de 59 anos, que foi queimada viva pelo capataz Lourenço Xavier, de 54 anos. De acordo com as informações, ele jogou gasolina no corpo de Eliane e ateou fogo na mulher, em fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, onde os dois trabalhavam. O crime aconteceu na noite do dia 6 de junho.

Doralice da Silva, de 42 anos, foi a 16ª vítima de 2025, morta a facadas no dia 20 de junho, após uma discussão com o companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, principal suspeito. O crime ocorreu na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita, em Maracaju, a cerca de 159 quilômetros de Campo Grande.

A 17ª vítima foi  Rose Antônia de Paula, foi encontrada morta e praticamente decapitada, em uma casa em Costa Rica no dia 28 de junho. Rose era moradora de Bonito e pretendia retornar para a cidade no dia do crime. Entretanto, vizinhas estranharam o fato de ela não ter aparecido para tomar café em uma lanchonete que costumava frequentar. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta.

No dia 4 de julho, a 18ª vítima foi Michely Rios Midon Orue, de 48 anos, morta a facadas pelo próprio filho, de 21 anos, que era esquizofrênico. O crime aconteceu no município de Glória de Dourados, distante aproximadamente 260 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, sendo o golpe fatal desferido na região da jugular.

O 19° caso aconteceu no dia 25 de julho, com a morte de Juliete Vieira, de 35 anos, que foi esfaqueada pelo irmão, Edivaldo Vieira, de 41 anos. O crime aconteceu na cidade de Naviraí, distante aproximadamente 359 quilômetros de Campo Grande. 

Na sequência da estatística dos feminicídios registrados desde o início, a 20.ª vítima foi a professora Cinira de Brito, morta por Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, que esfaqueou a companheira com dois golpes na perna, três no abdômen e depois tirou a própria vida. 

Já a 21ª vítima de feminicídio em 2025 foi Salvadora Pereira, de 22 anos, assassinada com tiro no rosto pelo então companheiro, José Cliverson Soares, 32 anos, na frente de cerca de cinco crianças com idades entre dois e oito anos. 

Depois, o 22° caso de feminicídio foi a morte de Dahiana Ferreira Bobadilla, morta aos 24 anos por Dilson Ramón Fretes Galeano, de 41 anos, que fugiu após enterrar o corpo em cova rasa às margens do Rio Apa, em Bela Vista. 

Já a 23ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul foi Letícia Araújo, de 25 anos, atropelada de propósito pelo marido, Vitor Ananias, 25, como registrado pelas câmeras de segurança da região. 

Após ser mantida em cárcere privado pelo então marido, Érica Regina Mota, de 46 anos, foi a 24ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul, morta a facadas por Vagner Aurélio, de 59 anos, preso em flagrante poucas horas depois. 

O 25° feminicídio registrado foi o de Dayane Garcia, de 27 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande depois de passar 77 dias internada, após ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, ainda em 18 de junho. 

O 26° caso foi o de Iracema Rosa da Silva, morta aos 75 anos em Dois Irmão do Buriti, por defender a filha do genro que cometia violência doméstica.

Caso confirmado, o 27° feminicídio será o de Gisele da Silva Saochine, morta aos 40 anos pelo marido no quintal de casa. Em seguida, ele a arrastou para o quarto e a incendiou. Depois, foi para o carro que estava na garagem, e colocou fogo em si mesmo, morrendo carbonizado.

28° foi o de Ana Taniely Gonzaga de Lima, de 25 anos, morta em Bela Vista, pelo ex que não aceitava o fim do namoro. Inconformado com o fim da relação, ele passou a insistir em uma reconciliação, até que encontrou a vítima e a agrediu com golpes de faca e também com um pedaço de madeira, causando ferimentos graves que resultaram em sua morte.

A 29ª vítima foi  Erivelte Barbosa Lima de Souza, de 48 anos, que foi esfaqueada pelo marido Adenilton José da Silva Santos, de 30 anos, em Paranaíba. Adenilton José da Silva Santos foi preso em flagrante e levado à delegacia do município. Durante o interrogatório, ele confessou o crime e contou que não conseguia lembrar o que o levou à prática, já que estava embriagado.

A 30ª vítima foi Andreia Ferreira, de 40 anos, assassinada a tiros pelo marido Carlos Alberto da Silva. Irritado após discussão do casal, Carlos usou a arma que tinha em casa para disparar contra a mulher. O homem ficou foragido, mas foi preso uma semana após o ocorrido no dia 12 de outubro.

Solene Aparecida Ferreira Corrêa, de 46 anos, foi a 31ª vítima de feminicídio. Ela foi encontrada morta no chão de sua casa, com marcas de violência e sinais de enforcamento. O caso aconteceu em Três Lagoas e a suspeita pela morte era sua companheira, identificada como Laura Rosa Gonçalves, que foi presa em flagrante.

Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi a 32ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Ela foi morta a facadas no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, na noite do dia 28 de outubro.

O 33° caso foi de Aline Silva no dia 04 de novembro, morta a facadas na frente da mãe e da filha, após se recusar a ter um relacionamento amoroso com o homem.

Já o 34° caso foi o da mulher de 43 anos, morta a facadas em Aparecida do Taboado, identificada depois como Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves

Por fim, As vítimas do 35° e 36° feminicídios de 2025 tratam-se de um caso da mesma família, em que Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos e sua mãe, Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83 anos, foram mortas à facadas durante a madrugada, pelo ex-namorado de Rosimeire. 

Morta enforcada pelo companheiro na noite de segunda-feira (17 de novembro), Gabrielle Oliveira dos Santos, de 25 anos, é a 37ª vítima de feminicídio do ano, crime que ocorreu na chácara onde o casal morava, em Sonora, município localizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul.

Faltando quase um mês para o Natal, em 24 de novembro Mato Grosso do Sul chegou ao 38° registro de feminicídio de 2025, último caso até então, quando a ex-guarda municipal Alliene Nunes Barbosa, de 50 anos, foi morta em Dourados esfaqueada pelo ex-marido, Cristian Alexandre Cebeza Henrique.

Na segunda-feira (08), Ângela Naiara Guimarães Gurgel, esfaqueada com canivete na barriga pelo próprio marido, foi mais uma vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul. O caso aconteceu no bairro Taveirópolis, em Campo Grande e se tornou o 39° do estado.

Agora, Aline Barreto da Silva, de 33 anos, é a mais nova vítima, tornando-se a 40ª vítima do Estado em 2025.

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PREVISÃO

Domingo em MS será de chuvas que podem chegar até 100mm, diz Inmet

Previsão coloca todos os 79 municípios do Estado em alerta amarelo e laranja de chuvas intensas

14/12/2025 10h40

As previsões são de chuva para este domingo (14)

As previsões são de chuva para este domingo (14) FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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Seguindo a tendência da última semana, este domingo (14) em Mato Grosso do Sul deve ser chuvoso, com precipitação que pode chegar até os 100 milímetros (mm), de acordo com os alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Assim como grande do País, o Estado também está dentro do aviso de perigo potencial (amarelo) para chuvas intensas no decorrer do dia, e deve seguir até às 10h desta segunda-feira (15). Sem exceção, os 79 municípios sul-mato-grossenses estão inseridos neste alerta.

Em sua descrição, o Inmet avisa para chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas de rajadas de vento de até 60 km/h. Mesmo diante disso, a entidade diz que há “baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas”.

Das cidades de Mato Grosso do Sul que estão inseridas neste alerta amarelo, 19 estão em outro de um patamar mais elevado de perigo, o nível laranja. Para estes municípios, o Inmet fala que há chance alta de precipitação de entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, com ventos intensos de até 100 km/h. Confira abaixo as cidades de MS presentes neste aviso:

  • Anaurilândia
  • Aparecida do Taboado
  • Bataguassu
  • Batayporã
  • Brasilândia
  • Eldorado
  • Iguatemi
  • Itaquiraí
  • Japorã
  • Jateí
  • Mundo Novo
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Novo Horizonte do Sul
  • Paranaíba
  • Santa Rita do Pardo
  • Selvíria
  • Taquarussu
  • Três Lagoas

Nas orientações, o instituto sugere à população destas cidades a não se abrigar debaixo de árvores, pois há riscos de descargas elétricas, além de desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia. Em caso de emergência, contatar a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Estragos

Nesta sexta-feira (12), a cidade de Paranhos, a 462 km de Campo Grande, foi alvo de um forte temporal que deixou um rastro de destruição no município.

Conforme registrado pelo Inmet, a região registrou, entre as 4h e as 18h de ontem, uma precipitação acumulada de 181,6 mm.

A intensidade das chuvas causou a queda da ponte de madeira que passa sobre o Rio Destino e dava acesso ao Assentamento Beira Rio e às aldeias Ypo`i e Sete Cerros na zona rural do município.

Em outro ponto do mesmo rio, uma ponte de concreto foi completamente carregada pelas águas. A estrutura dava acesso à Fazenda Itapuã e ao Assentamento Vicente de Paula e Silva.

Para acessar a cidade, moradores de ambas as regiões afetadas pela queda das pontes terão dar a volta pela Rodovia MS-165, pela linha internacional que separa Brasil e Paraguai.

Com o grande volume de chuva, o Rio Iguatemi chegou a transbordar encobrindo uma ponte, na altura que liga a cidade de Paranhos a Rodovia MS-156, entre Amambai e Tacuru,

Outra inundação ocorreu na zona urbana de Paranhos, onde o Lago Municipal encheu por completo.

*Colaborou Mariana Piell

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