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Nada paga o que passei, afirma motorista envolvido em acidente de JK

Nada paga o que passei, afirma motorista envolvido em acidente de JK

Folha Press

04/11/2013 - 22h00
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Prestes a completar 70 anos na quinta-feira (7), Josias Nunes de Oliveira, o motorista do ônibus envolvido no acidente que matou o presidente Juscelino Kubitschek em 22 de agosto de 1976, voltou a falar hoje sobre o caso, em que chegou a ser acusado.

O depoimento do motorista foi dado na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que agora quer que o Estado brasileiro faça um pedido formal de desculpas a ele e lhe dê compensação financeira na forma de correção da sua aposentadoria por invalidez. "Nada paga [o que passei]", disse ele.

Tal como no depoimento que prestou na Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, há 35 dias, Oliveira chorou ao contar o drama que viveu quando tentaram fazer com que ele assumisse a culpa pelo acidente.

Então motorista da Viação Cometa, ele voltou a repetir que dois homens foram até a sua casa em São Paulo, cinco dias após o acidente, e lhe ofereceram "uma mala cheia de dinheiro, não era pasta" para que ele dissesse que o ônibus que dirigia na Via Dutra bateu no Opala de JK.

Ele recusou o dinheiro, foi processado assim mesmo e, no ano seguinte, a Justiça do Rio entendeu que ele não teve envolvimento com o acidente. Mesmo assim, Oliveira continuou sofrendo "bullying". "Eu ouvia de colegas que eu matei JK", disse ele, chorando. "Cinco anos depois, eu pedi conta", afirmou.

Oliveira disse que se separou da família por causa disso, nunca mais trabalhou e foi aposentado por invalidez. Atualmente ele vive em um lar para idosos, em São Paulo.

A versão oficial do acidente, na época, é que o ônibus bateu na traseira do Opala, que cruzou a rodovia e se chocou de frente com um caminhão na pista contrária. JK e seu motorista e amigo, Geraldo Ribeiro, que iam de São Paulo para o Rio, morreram na hora, em Resende (RJ).

"Eu vi o acidente e parei para socorrer. Eu não bati nem ele [o Opala] me bateu. De lá para cá a minha vida acabou", disse Oliveira, que, em agosto de 1977, quando foi inocentado, já havia contado à Justiça sobre a oferta de dinheiro que recebera.

Na ocasião, o país vivia o período da ditadura militar (1964-1985), da qual o ex-presidente era opositor. Por isso, amigos de JK sempre levantaram a suspeita de que Geraldo Ribeiro, o motorista do ex-presidente, possa ter sido alvejado com um tiro na cabeça, o que teria acarretado a batida contra o caminhão. Novas investigações estão sendo feitas sobre o caso.

Ao fim do depoimento, Oliveira recebeu do ex-fotógrafo de JK José Goes, um título do "Clube dos Amigos de JK". A comissão de Direitos Humanos vai preparar um processo para ser enviado à Comissão Nacional de Anistia para que o Estado brasileiro apresente desculpas e corrija a aposentadoria dele para o equivalente ao vencimento de um motorista de ônibus interestadual. 

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Uso do 13º salário para pagar pensão alimentícia pode livrar mais de 600 da prisão em MS

Com 630 mandados de prisão em aberto por inadimplência da pensão alimentícia, o TJMS reforça a necessidade de cumprimento das obrigações

17/12/2025 16h16

Crédito: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

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A falta de pagamento de pensão alimentícia resultou em 630 mandados de prisão a serem cumpridos. Diante disso, a orientação é para que, em vez de gastar com compras, o 13º salário seja utilizado para regularizar a situação.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) publicou um informe para frisar que a obrigação não é apenas um dever moral, mas uma exigência legal, com graves consequências para quem deixa de cumpri-la, incluindo a possibilidade de prisão civil, conforme prevê o Código de Processo Civil.

Com o alto número de devedores, fica nítida a seriedade do problema, assim como a necessidade de responsabilidade no cumprimento dos compromissos.

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que, nacionalmente, o número de ações judiciais relacionadas à pensão alimentícia tem crescido nos últimos anos, segundo o relatório Justiça em Números.

Esse aumento reflete tanto conflitos familiares quanto dificuldades econômicas, que acabam sobrecarregando o sistema judiciário e destacando a urgência de medidas preventivas.

“Utilizar o 13º salário para regularizar débitos de pensão alimentícia pode evitar não apenas as consequências legais, mas também garantir o bem-estar dos filhos que dependem desse recurso para alimentação, saúde e educação”, ressalta o juiz Maurício Cleber Miglioranzi Santos, titular da 1ª Vara Cível da comarca de Corumbá, que recentemente escreveu um artigo sobre o tema, veiculado em portais locais.

Para o juiz Maurício Miglioranzi, é fundamental que os devedores priorizem o cumprimento dessa obrigação antes de realizar gastos com festas ou presentes.

“Além disso, o pagamento regular da pensão contribui para a restauração da paz familiar e ajuda a aliviar a pressão sobre o Judiciário, permitindo que recursos sejam direcionados a outros casos igualmente urgentes”, completa o magistrado.

 

O magistrado advertiu que pessoas nessa situação consultem um advogado ou a Defensoria Pública para esclarecer dúvidas e buscar uma solução viável, garantindo que o 13º salário seja utilizado para resolver pendências financeiras de forma legal e responsável.

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Greve dos motoristas afeta evento de Jazz que aconteceria em terminais

Jam session de hoje será feita na Rua Barão do Rio Branco; atualizações sobre as apresentações de quinta e sexta-feira serão feitas diariamente, caso a greve não acabe

17/12/2025 16h00

Terminais seguem coompletamente vazios pelo terceiro dia consecutivo

Terminais seguem coompletamente vazios pelo terceiro dia consecutivo Marcelo Victor / Correio do Estado

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A programação da 2ª edição do Campo Grande Jazz Festival, que inicia hoje (17), teve que ser alterada devido ao avanço da greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande.

Dos cinco dias de Festival, os três primeiros estavam planejados para ocorrerem nos terminais de ônibus, mas tiveram que ter os locais alterados para outros pontos da cidade. 

Após uma primeira edição histórica em 2024, com apresentações em terminais de ônibus e no Armazém Cultural, o Campo Grande Jazz Festival deste ano se voltou exclusivamente para espaços a céu da capital sul-mato-grossense com grande circulação de pessoas.

A programação inicial contava com uma série de cinco jam sessions, sendo três em terminais de ônibus, uma na Rua 14 de Julho (esquina com a Avenida Afonso Pena) e uma na Avenida Calógeras, próximo à Plataforma Cultural.

O FESTIVAL

Sob a condução do produtor musical Adriel Santos, intercâmbios criativos unirão músicos experientes da cena local e nacional, explorando a espontaneidade do jazz tradicional e proporcionando encontros musicais de grande importância para o cenário musical sul-mato-grossense.

“O festival busca promover a inclusão cultural, contribuir para o bem-estar social e fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade cultural da comunidade de Campo Grande. O jazz misturado ao tecido urbano é uma aposta estética e um jeito de levar a experiência musical para onde as pessoas estão”, afirma o músico e coordenador do evento.

A proposta dos terminais de ônibus incluia intervenções musicais descontraídas e cheias de vigor, desconstruindo a rotina e oferecendo uma experiência inesperada a trabalhadores, estudantes e todos que costumam passam por ali.

A música emerge em meio ao fluxo, democratizando-se para um público diversificado que, muitas vezes, não tem a oportunidade de frequentar eventos culturais com ingresso pago.

“Essa estratégia de levar o Campo Grande Jazz Festival para os espaços urbanos reflete um compromisso firme com a democratização do acesso à cultura e a ressignificação dos espaços públicos”, reforça Adriel Santos.

GREVE

Já no terceiro dia consecutivo, a greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande bateu o recorde de maior tempo de paralisação do transporte público da Capital ao superar a ocorrida em outubro de 1994, na gestão do ex-prefeito Juvêncio César, quando o transporte coletivo parou por dois dias e meio. 

A audiência de conciliação sobre a greve dos motoristas realizada na tarde de ontem (16) terminou sem solução com a continuidade da paralisação, descumprindo a ordem judicial de manter 70% da frota em circulação, o mínimo exigido por lei para serviços essenciais.

O desembargador anunciou a majoração da multa diária para R$ 200 mil (na segunda-feira o valor era de R$ 20 mil e foi aumentado para R$ 100 mil na terça-feira) em caso de descumprimento da ordem judicial.

No momento da leitura da nova determinação, os motoristas presentes no plenário deram risada, levantaram-se das cadeiras e foram embora da sessão. Inclusive, alguns aproveitaram a curta manifestação para se oporem verbalmente ao que foi decidido pelo juiz, com os dizeres “vergonha” e “não vamos aceitar”.

Após a audiência, os motoristas e o sindicato se reuniram em frente ao TRT24 e, novamente, decidiram por manter 100% da paralisação, mantendo a posição firme de retomada das atividades somente em caso de pagamento da folha salarial.

ALTERAÇÕES

Até o momento, apenas a jam session desta quarta-feira foi alterada. A intervenção que aconteceria no Terminal Bandeirantes foi realocada para a Rua Barão do Rio Branco, entre a Rua 14 de Julho e a Rua 13 de Maio. 

A organização do evento espera pelo fim da greve para que o Festival siga nos próximos dias com a programação esperada nos terminais. Caso a greve persista, as atualizações dos locais de aparesentação serão feitas diariamente no Instagram @campograndejazzfestival. Os shows de sábado e domingo, que já estavam programados para acontecerem na rua, não serão alterados.

PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira – às 17h30min,
na Rua Barão do Rio Branco, com Bianca Bacha, Gabriel Basso, Ana Ferreira, Adriel Santos e Junior Matos.

Quinta-feira – às 17h30min,
no Terminal General Osório (SUJEITO A ALTERAÇÃO), com Juninho MPB, Junior Juba, Matheus Yule e Leo Cavallini.

Sexta-feira – às 17h30min,
no Terminal Morenão (SUJEITO A ALTERAÇÃO), com Adriel Santos, Gabriel Basso e Giovani Oliveira.

Sábado – às 17h30min,
na Praça Ary Coelho (R. 14 de Julho com Av. Afonso Pena), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

Domingo – às 17h30min,
na Av. Calógeras (em frente à Plataforma Cultural), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

*Colaborou Marcos Pierry e Felipe Machado

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