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Mulheres bonitas são discriminadas em entrevistas de emprego

Mulheres bonitas são discriminadas em entrevistas de emprego

da redação

27/07/2011 - 21h00
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Ser uma "distração no ambiente de trabalho" pode ser motivo eliminatório em entrevistas de emprego. Foi o caso da estudante de comunicação Samia El Saifi, 22, que não passou em entrevista por ser jovem e bonita, além de ter uma assumida mania de mexer nos cabelos.

“Sei que não foi justo, mas não consegui a vaga porque quem conduziu a seleção achou que eu poderia acabar distraindo as outras pessoas”, diz Samia, que nem se considera tão bonita assim – “sou normal” -, mas que agora só vai a entrevistas de cabelo preso.

“Não sei se é beleza exatamente o problema. Acho que uma mulher que chame a atenção, esteja bem trajada e cuide bem de sua aparência de modo geral passa por isso também.”

Sim, as mulheres bonitas têm problemas e, sim, um deles é a inveja. Mesmo no teoricamente objetivo mundo profissional. “As mulheres bonitas são julgadas pela aparência com relativa frequência. No mundo corporativo não é diferente”, afirma Marshal Raffa, diretor-executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos. Ele diz ainda que a beleza de uma candidata pode despertar sentidos de inveja e concorrência em quem estiver fazendo a seleção.

O argumento de Marshal é sustentado por pesquisa apresentada por dois economistas israelenses, Bradley J. Ruffle e Ze'ev Shtudiner, na Universidade de Londres, segundo a qual mulheres bonitas têm suas chances de contratação reduzidas em até 30% em comparação às não tão atraentes.

De acordo com os pesquisadores, a explicação seria a suposta inveja que selecionadoras sentiriam de candidatas consideradas atraentes. Para chegar a esta conclusão, eles entrevistaram pessoas responsáveis por selecionar candidatos em diversas empresas. Descobriram que a seleção era feita quase que exclusivamente por mulheres (96%), com idade média de 29 anos. Além disso, 67% delas eram solteiras. Os pesquisadores declararam que as evidências apontavam para a inveja feminina no ambiente de trabalho como a razão principal de penalizar a beleza no processo de seleção.

Beleza e inteligência


Será que as pessoas já conseguem enxergar inteligência onde há beleza? De acordo com Celso Bazzola, diretor da Bazz Estratégia em RH, o caminho ainda está sendo trilhado. “Infelizmente o preconceito contra mulheres bonitas ainda existe. Nem sempre as pessoas conseguem ver que ser bela não exclui ser competente em seu trabalho. Mas é preciso ressaltar que isso vem diminuindo bastante com ferramentas de contratação cada vez mais preocupadas em analisar resultados.”

Samia acredita que nem sempre beleza é confundida com falta de inteligência. “Acho que as pessoas podem ficar com a ideia errada de que alguém bonita é fútil por se preocupar com a parte estética.” Ela acredita que, apesar de não ser o mais correto, a primeira impressão que você deixa ainda tem muito peso na decisão de uma vaga de emprego.

Segundo Marshal, esse estigma pode acompanhar a mulher por um longo período de sua vida. Seja no processo de seleção ou na sua trajetória dentro de uma empresa. “Mesmo provando competência em sua função, a promoção de uma mulher bonita acaba gerando comentários maldosos. E depois se ela resolve mudar de emprego, terá que provar novamente que a beleza é só um complemento. Tem que mostrar competência em dobro, sempre”, afirma.

A gestora de Recursos Humanos e psicóloga organizacional Renata Fadel, 25, já enfrentou situações onde a beleza e a jovialidade tornaram-se problemas. “No início da minha carreira passei por momentos em que observei atitudes que demonstravam inveja no ambiente profissional. É tudo muito subjetivo, mas dá para perceber”, conta.

Ela conta que precisava demonstrar dia após dia que fazia um bom trabalho. “Mas o esforço era em vão. A cultura do local era tão forte que tive que procurar outra empresa que pudesse enxergar além da parte estética.” Renata não se abalou com os problemas. “Não dei muito importância a isso. Busquei estudar, aprimorar cada vez mais meus conhecimentos e trabalhei bastante. Hoje eu, felizmente, não passo por isso no meu trabalho atual. Sou reconhecida pela minha capacidade”, afirma.

Discrição
 

“Não concordo com a ideia de que a mulher bonita precisa de artifícios que escondam sua beleza na entrevista de emprego. Como todas as outras mulheres, precisa usar roupas adequadas ao cargo”, ensina Marshal. Ele diz ainda que as candidatas precisam ter na ponta da língua resultados que tenham obtido em experiências anteriores.

Celso Bazzola dá outras dicas: “evitar roupas diferenciadas e usar perfume discreto são atitudes aconselháveis. Outro ponto é sempre demonstrar profissionalismo e humildade acima de qualquer coisa. Um bom profissional aceita trabalhos bons e também os mais árduos.”

Apesar de poder criar alguns problemas, a beleza feminina não deve ser encarada como algo apenas negativo no ambiente corporativo. Claro que ainda tem muito o que ser melhorado com relação a como o mercado vê as mulheres que se destacam pela beleza, mas sempre tem lugar para profissionais competentes, sejam eles atraentes ou não. “A beleza com resultado não atrapalha. Ser bela não pode definir uma mulher. Se ela tem uma boa performance dentro da empresa, seu valor será reconhecido. Mesmo que leve um pouco mais de tempo”, afirma Marshal.

Com informações do IG

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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