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MS tem o quarto voto mais caro do País

MS tem o quarto voto mais caro do País

Brasília

30/11/2010 - 05h00
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O primeiro turno das eleições 2010 custou aos partidos e coligações um total de R$ 2,77 bilhões, ou gasto médio de R$ 20,41 por eleitor. Mais de 60% do valor representa as campanhas de deputados estaduais/distritais e federais. Mato Grosso do Sul teve o quarto maior gasto por eleitor e mais que o dobro da média nacional: R$ 49,7.

Os 285 candidatos do Estado declararam R$ 84,5 milhões em despesas e R$ 85,2 milhões em receitas.

Os dados integram as prestações de contas e foram divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o prazo de entrega das contas dos candidatos que disputaram o segundo turno à Presidência da República e ao governo de oito estados e do Distrito Federal se encerra hoje.

O voto mais caro do Brasil é o do eleitor de Roraima, R$ 96,3 por pessoa. Tocantins aparece na sequência com gasto de R$ 54,1, por eleitor. Em terceiro lugar, figura Mato Grosso, com despesa de R$ 54 por pessoa.

O menor custo por eleitor, na ordem de R$ 9,5, foi registrado na Paraíba. No Pará, o gasto foi de R$ 11, por pessoa e na Bahia, a despesa foi de R$ 13,5, por eleitor.

Valores absolutos
Os candidatos de São Paulo, Estado que detém 22,31% do eleitorado nacional — ou 30.301.398 votantes —, apresentaram os maiores valores absolutos: R$ 482,04 milhões, distribuídos por 2.552 candidatos. O valor representa um custo médio de R$ 15,91 por eleitor.

No Estado de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral brasileiro, os votos dos 14.522.090 eleitores foram disputados pelos 1.365 candidatos a um custo de R$ 336,65 milhões, ou, em média, R$ 23,18 por eleitor. Terceiro maior colégio, o Rio de Janeiro registrou despesa de R$ 211,62 milhões entre os 1.911 candidatos que pleitearam o voto dos 11.589.763 eleitores fluminenses. A média no Estado foi de R$ 18,26 por eleitor. Nos três estados não houve segundo turno para governador.

Já os menores gastos de primeiro turno, conforme as prestações de contas, foram observadas no Norte do País, no Amapá, em que 237 candidatos revelaram despesas de R$ R$ 12,13 milhões, e o Acre, com R$ 15,2 milhões gastos por 315 candidatos. Ao todo são 420.799 eleitores amapaenses, e 470.975 eleitores aptos no Acre. Os dados, no entanto, são preliminares: em ambos os estados, a eleição para governador foi decidida no segundo turno.

Câmara e Assembleias
As vagas de deputado federal e deputado estadual/distrital, em valores absolutos, foram as mais caras do pleito 2010. Conforme as informações dos candidatos ao TSE, as eleições para a Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas representaram um volume de gastos de R$ 1,83 bilhão — 66,13% do total de R$ 2,77 bilhões gastos por todos que disputaram o primeiro turno. Para a Câmara federal foram 513 cadeiras disputadas por 4.658 candidatos, os quais declararam à Justiça Eleitoral despesas de R$ 908,20 milhões. Por outro lado, os 1.059 cargos de deputado estadual/distrital, aos quais concorreram 11,63 mil candidatos em todo o Brasil, foram informados gastos de R$ 924,80 milhões.

A disputa ao Senado teve registrada pelos 248 candidatos despesas de R$ 353,46 milhões, média de R$ 1,43 milhão por candidato.

Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

CRIME ORGANIZADO

Fronteira com MS, Paraguai fecha acordo com EUA para combater facções criminosas

A região é rota de tráfico de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai. O plano estratégico prevê o estabelecimento ou ampliação de tropas norte-americanas de importância estratégica

16/12/2025 16h15

Marco Rubio,  secretário de Estado

Marco Rubio, secretário de Estado Reprodução: rede social

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Paraguai e Estados Unidos selaram nesta segunda-feira (15), um acordo de cooperação militar que prevê a atuação de militares americanos no país sul-americano. Atualmente, na região, a Casa Branca tem acordos similares com Panamá, Equador, Bahamas e Trinidad e Tobago.

O Acordo Estatutário de Forças (Sofa, na sigla em inglês) regulamenta a atuação de militares e civis do Departamento de Defesa americano em países estrangeiros. O pacto foi assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler paraguaio, Ruben Ramirez Lezcano.

O objetivo, segundo o governo americano, é facilitar a resposta conjunta a interesses de segurança regional em comum para os dois países, em uma referência velada a cartéis de droga que atuam na região.

“Ao estabelecer uma estrutura para as atividades do pessoal militar e civil dos EUA no Paraguai, este acordo abre novas portas para nossos esforços coletivos para promover a segurança e a estabilidade em nosso hemisfério”, disse Rubio em sua conta no X.

“Se observarmos o problema fundamental no hemisfério, o mais grave que enfrentamos é o dessas organizações terroristas transnacionais, que em muitos casos não são terroristas por ideologia, mas têm uma base financeira e econômica”, acrescentou.

Nova Doutrina Monroe

O acordo, apesar de não autorizar operações armadas ou criação de bases, abre caminho para a cooperação e treinamento militar entre os dois países, e vem a público dias depois de os EUA divulgarem sua nova Estratégia de Segurança Nacional, que prevê uma ampliação da presença militar na América Latina.

Na ocasião, o documento evocou a Doutrina Monroe, que ficou conhecida no século 19 sob o lema “América para os americanos”, e defendeu uma hegemonia dos EUA sobre a região frente às potências europeias.

O plano estratégico divulgado na semana passada prevê o estabelecimento ou ampliação de acesso de locais de importância estratégicas para o governo americano.

No centro do continente e cercado por importantes fontes de água doce e rotas de narcotráfico, o Paraguai se encaixa nesse perfil.

Hoje, os EUA têm ainda bases militares no Equador, na Colômbia e no Peru, operadas pelo Comando Sul.

Há anos, a presença de grupos armados ligados ao Hezbollah na tríplice fronteira entre o Paraguai, Brasil e Argentina preocupa o governo americano.

A região também é ponto de rota para o escoamento de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai.

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