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Molécula dá esperanças contra Parkinson e doença de Hawking

Molécula dá esperanças contra Parkinson e doença de Hawking

terra

02/10/2012 - 00h00
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Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que uma nova classe de moléculas consegue bloquear a morte de células nervosas em modelos animais. A descoberta pode levar a novos tratamentos contra doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica (ELA, que atinge o físico Stephen Hawking ). Dois novos estudos sobre a substância foram publicados na revista especializada PNAS nesta segunda-feira.

"Nós acreditamos que nossa estratégia para identificar e testar estas moléculas em modelos animais de doença nos provê um meio racional de desenvolver uma nova classe de drogas neuroprotetoras", diz Andrew Pieper, pesquisador da Universidade de Iowa, e um dos autores dos dois estudos.

Há cerca de seis anos, Pieper, que estava na Universidade do Texas, e seus colegas vasculharam os cérebros de roedores em busca de uma substância que protegesse os neurônios na região do cérebro chamada de hipocampo. Eles encontraram um componente que parecia ter sucesso, que chamaram de P7C3.

"Nós estamos interessados no hipocampo porque lá novos neurônios nascem todos os dias. Mas essa neurogênese é desacelerada por certas doenças e também pelo envelhecimento", diz o pesquisador. "Nós estávamos procurando por pequenas moléculas que funcionam como medicamentos e que pudessem aumentar a produção de novos neurônios e ajudar a manter o funcionamento apropriado do hipocampo."

Contudo, quando os pesquisadores olharam a P7C3 mais de perto, eles descobriram que na verdade ela protegia os jovens neurônios da morte celular. Eles então se perguntaram se a molécula poderia proteger células nervosas maduras em outras regiões do sistema nervoso (como na medula espinhal), que são afetadas pelas doenças neurodegenerativas.

Nos novos estudos, eles mostram que a molécula e uma forma mais ativa (chamada de P7C3A20) potencialmente protegem os neurônios afetados por essas doenças. Além disso, os modelos animais tiveram melhoras nos sintomas desses males - vermes mantiveram os movimentos normais, e roedores tiveram melhora de coordenação e força.

Um dos resultados, por exemplo, mostra que a molécula consegue proteger as células produtoras de dopamina. Nos pacientes com mal de Parkinson, a destruição delas leva a tremores, rigidez e dificuldade em caminhar.

O time de pesquisadores pretende agora continuar o estudo da P7C3 para melhora sua habilidade neuroprotetora enquanto elimina possíveis efeitos colaterais. "Nossa esperança é que este trabalho forme a base para o desenvolvimento de uma droga neuroprotetora que um dia possa ajudar esses pacientes", diz Pieper.
 

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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