Política

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Ministro pede vista e adia julgamento no Supremo

Ministro pede vista e adia julgamento no Supremo

Folhapress

13/12/2013 - 00h00
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Sob críticas do Congresso, o STF (Supremo Tribunal Federal) avançou na votação que pode alterar os mecanismos de financiamento das campanhas políticas no país. Até agora, quatro dos 11 ministros consideraram que as doações feitas por empresas --principais financiadoras dos candidatos em período eleitoral-- são inconstitucionais.

O julgamento foi interrompido ontem (12) por um pedido de vista feito pelo ministro Teori Zavascki, o que pode adiar a conclusão do processo para o ano que vem.

De acordo com ministros ouvidos pela reportagem, a expectativa é que, na retomada do julgamento, a posição do relator Luiz Fux prevaleça. Isso impediria a doação de empresas às campanhas e partidos nas eleições de 2014.

Tal possibilidade é fortemente criticada por deputados e senadores. Eles acreditam que o STF está avançando em temas de sua competência, uma vez que cabe ao Congresso definir as leis relativas ao financiamento das campanhas.

Após os votos preferidos na sessão de ontem --além de Fux, o presidente da corte, Joaquim Barbosa, também votou--, posicionaram-se nesta quinta os ministros Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli, que será o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições de 2014.
De acordo com Toffoli, como as empresas não têm o direito de votar e nem de serem votadas, não podem influir no processo eleitoral através de doações.

O ministro também disse que há diversas empresas que contam com capital, acionistas e controladores estrangeiros, o que resultaria em interferência de outros países no processo eleitoral brasileiro. Além disso, Toffoli ponderou que o objetivo das companhias é o lucro, e que só há sentido no financiamento de campanhas caso elas visem benefícios futuros.

"Como justificar a seus acionistas e cotistas de que ao invés de dividir aquilo como lucro investiu no partido A ou partido B? (...) Só se justifica porque se trata de investimento, um verdadeiro investimento", disse.

Num recado ao Congresso, Toffoli ainda destacou que o exercício da cidadania é uma cláusula pétrea da Constituição. Por isso, em sua visão, caso o STF derrube a possibilidade de doações por empresas os parlamentares não poderão aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para restabelecer o modelo.

Durante o julgamento, o ministro Gilmar Mendes fez críticas à posição dos ministros que votaram no processo. Para ele, impedir a doação de empresas ao invés de trazer um maior equilíbrio na disputa entre candidatos, resultaria no efeito oposto.

"O modelo de propaganda institucional praticado descaradamente no Brasil, entrega de tratores, máquinas... Em geral é o governo. Vai se proibir também essa propaganda? Para se dar igualdade de chances tem que fazê-lo, do contrário estamos fazendo um tipo de lei para beneficiar quem estiver no poder. É isso que se quer? Para eternização de quem está no poder?", comentou?

Por fim, o ministro Barroso destacou que o modelo de financiamento atual cria desigualdades e chega até mesmo a ter um "componente de imoralidade" pois as empresas, segundo ele, sentem-se coagidas a doar para campanhas. "Empresas doam para os dois lados. Que ideologia é essa?" 

Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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