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'Marketing positivo' reduz consumo de álcool entre jovens nos EUA

'Marketing positivo' reduz consumo de álcool entre jovens nos EUA

da redação

05/09/2011 - 20h00
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Será que o impacto de ver um pulmão deteriorado na embalagem do cigarro realmente tem um impacto positivo? Uma coisa é saber quais são os hábitos saudáveis, outra coisa é adotá-los. A nova busca da ponte entre teoria e prática vem do "marketing positivo", que faz uso de técnicas de propaganda para mudar comportamentos.

É isso que está por trás de uma nova abordagem de controle do alcoolismo, proposta por James Turner e Jennifer Bauerle, da Universidade da Virgínia.

Eles vieram à USP apresentar seu método no 1º Seminário de Normas Sociais, denominado "O Poder das Percepções Positivas". "Tendemos a superestimar as consequências negativas e subestimar o lado positivo", disse Bauerle.

Eles pesquisaram o consumo de álcool entre universitários e depois usaram cartazes com frases que ressaltavam os aspectos positivos de quem bebia com moderação.

Ao perceberem que o comportamento responsável é predominante, os estudantes passam a seguir o que faz a maioria. "O que é surpreendente é o grau da mudança, e como ela se perpetua ao longo do tempo", diz Turner.

Os episódios de consumo exagerado de álcool caíram 30%, os casos de alunos dirigindo alcoolizados diminuíram 80% e os ferimentos por causa de embriaguez ficaram 77% menos frequentes.

'Táticas do medo'

Para a dupla, as "táticas do medo", como a do tabaco no Brasil, não funcionam. "Só chamam a atenção e não mudam hábitos; algumas até aumentam o comportamento negativo", diz Bauerle.

Para Maria Martha Hübner, pesquisadora em análise do comportamento na USP, o incentivo é o melhor modo de mudar algum hábito. "A dosagem maior de reforços positivos, superando os punitivos, pode diminuir a chance de que o ser humano se drogue", afirma ela.

Raul Martins, coordenador do programa de prevenção do uso excessivo de álcool da Unesp de São José do Rio Preto, reduziu, ao longo de dois anos, a quantidade de álcool ingerida por alunos usando entrevista motivacional e prevenção de recaída. Ele diz que "gostaria de fazer contato com os professores dos EUA".

Turner e Bauerle acham que a mesma redução aconteceria se sua técnica for aplicada ao Brasil.

"Esperamos ajudar para que essas ações sejam bem sucedidas, assim como foram na Universidade da Virgínia. Quando lhes é dada a chance de agirem segundo seus próprios valores, os alunos fazem boas escolhas", diz Bauerle.

Jaqueline Issa, cardiologista do InCor (Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP), vê de forma mais cética a ênfase na comunicação positiva para enfrentar comportamentos de risco.
Para ela, as imagens fortes nos maços de cigarro, por exemplo, "fazem parte de um conjunto de medidas eficazes. É propaganda real do que o produto pode causar".

"Tem pessoas que entendem mensagens negativas e outras que entendem mensagens positivas. Falar a verdade, independentemente de levar em conta se ela é boa ou ruim, é sempre a melhor estratégia de comunicação", afirma Issa, que é especialista no combate ao cigarro.

Com informações da Folha

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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