Política

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Marina Silva busca fórmula para não submergir

Marina Silva busca fórmula para não submergir

laís camargo

09/07/2011 - 11h52
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Depois de sair candidata à presidência pelo Partido Verde, Marina Silva deixou o partido na quinta-feira. Agora, pela primeira vez em 30 anos está sem partido e reconhece que deve perder visibilidade.

O problema preocupa aliados da ex-presidenciável, que planeja fundar uma sigla para concorrer novamente ao Planalto em 2014.

"Temos que abaixar a ansiedade com essa coisa de ser visto. Não vou ficar com uma melancia no pescoço, fazendo cambalhota para ser vista", disse Marina à Folha.

Ela deixou claro que continuará a militar na área ambiental em Brasília, mesmo após romper com o PV.

"Vou entrar nas causas que são importantes e justas, mesmo que sejam causas perdidas", disse, citando a luta contra as mudanças no Código Florestal. "Estou nessa agenda há muito tempo e jamais deixaria de estar por não ter a certeza do sucesso."

Sem gabinete, Marina quer usar órgãos ainda incipientes, como o IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade) e o fórum de ex-ministros do Meio Ambiente, para dar respaldo institucional às suas aparições públicas.

O Instituto Marina Silva, que segundo ela será dedicado a ações de educação ambiental, ainda não tem sequer uma sede própria.

"É algo pequeno, como uma tenda. As pessoas não conseguem entender isso. Depois de ter 20 milhões de votos, acham que você deve ir para uma torre, um palácio. Eu estou indo para uma tenda, uma coisa modesta."

Messianismo

Após criticar todos os partidos no ato que marcou sua saída do PV, anteontem, Marina demonstrou incômodo com as críticas contra uma suposta tendência messiânica --que ela descreve como um "rótulo" a evitar.

Mas afirmou ter dificuldade em "administrar o carisma" com os seguidores.

"A coisa mais difícil que tem é administrar o carisma. Porque as lideranças carismáticas podem pensar que podem tudo. E isso é uma ilusão, não podem. A melhor forma é saber que o carisma não deve ser usado de qualquer forma", disse. "As lideranças carismáticas, messiânicas, talvez tenham cumprido um papel na História."

Em outro momento da entrevista, Marina, que foi a única presidenciável evangélica em 2010, citou lição de Jesus Cristo sobre o tema.

"Jesus nunca se deixou aprisionar pelas armadilhas nem do seu carisma nem do seu poder", afirmou.

A ex-senadora sugeriu que seu "sofrimento" por abandonar o PV foi menor do que o da saída do PT, em 2009. "Seria hipocrisia dizer que foi maior agora. São sofrimentos diferentes", disse.

Ao ser questionada sobre os novos capítulos do processo do mensalão, ela ficou com os olhos marejados e disse estar "triste" com o pedido de prisão para ex-colegas de sigla como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil).

Com informações da Folha

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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