Cidades

NELSINHO TRAD:

'Máquinas de camisinhas serão instaladas só com apoio popular'

'Máquinas de camisinhas serão instaladas só com apoio popular'

MARIA MATHEUS

21/09/2011 - 12h30
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O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) encomendou uma pesquisa sobre a instalação de máquinas de preservativos nas escolas públicas e particulares de Campo Grande. O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, anunciou no ano passado a implementação dos aparelhos como parte de um projeto piloto realizado em seis escolas de Santa Catarina, Distrito Federal e Paraíba. Na semana passada, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei que proíbe tais máquinas nos colégios da Capital. Agora, a matéria depende da sanção do prefeito. Diante da polêmica em torno do assunto, o Nelsinho decidiu recorrer à população.

Na avaliação do prefeito, as máquinas deveriam ser instaladas nas escolas que atendem adolescentes, mas não naquelas em que os estudantes pertencem à faixa etária de seis a 14 anos, o caso das instituições da rede municipal de ensino.

“Eu penso que mais vale a prevenção - com uma abordagem clara e direta de um assunto que se não for abordado nas escolas será abordado pela internet ou mesmo nas conversas entre eles, e aí sim, pode ter uma orientação errada - do que deixar isso solto, o que poderia acarretar em gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis”, opinou. “Se o projeto for bem gerenciado, não vai estimular nada. Pelo contrário, vai orientar, esclarecer e prevenir eventuais dissabores, como gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis”.

Segundo Nelsinho, o projeto de lei aprovado na Câmara Municipal ainda não chegou a suas mãos, mas a tendência é vetá-lo parcialmente, permitindo a instalação das máquinas em escolas onde os estudantes tenham mais de 14 anos. O resultado da pesquisa para consumo interno encomendada pela prefeitura deve sair até o final da semana.

Polêmica
Para o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi, um dos autores do projeto, a melhor forma de prevenir gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis é orientação, e não por meio da instalação de máquinas de preservativos. Ele admite a possibilidade de aliar a instalação das máquinas de preservativos à campanhas de orientação “num passo futuro, não agora”.

“O Ministério da Saúde quer de imediato entregar preservativos na escola sem que tenham preparado os jovens para esse tipo de ação”. Ele destacou que sua proposta não tem cunho religioso, é uma avaliação feita com base em sua experiência como “médico e chefe de família”.

Na avaliação do vereador, a educação sexual que atualmente os adolescentes recebem nas escolas não é satisfatória. “Os adolescentes envolvidos no ‘congresso do bulimento’ disseram em depoimento a polícia que tinham aula de sexologia e recebiam camisinha. Quer dizer, a partir daí, eles se sentiram preparados para manter uma relação. Como se essa proteção fosse uma senha: ‘pode fazer’’”, criticou.

O “congresso do bulimento”, mencionado pelo vereador, reunia aproximadamente 20 crianças e adolescentes em uma casa no Bairro Centenário, em Campo Grande. O grupo faltava às aulas na Escola Estadual Zélia Quevedo e participava, nas manhãs de sexta-feira, de festas onde consumiam drogas e bebidas, além de fazer sexo. “Queremos que os jovens sejam orientados e aqueles que quiserem praticar, podem ir ao posto de saúde e pegar o preservativo”, concluiu Siufi.

Acesso facilitado
A psicóloga Ediane Palhano é favorável à instalação de máquinas de preservativo nas escolas. “Não acredito que isso incentive alguém a iniciar a vida sexual. Pelo contrário, como a família acabou não fazendo o papel dela, que é orientar e fomentar essa discussão em casa, chegou a um ponto que alguém tem de fazer alguma coisa”, avaliou.

Para a psicóloga, a medida proposta pelo Ministério da Saúde vai facilitar a abordagem do tema nas famílias. Além disso, segundo a psicóloga, a medida não se resume à instalar as máquinas nas escolar, mas promover orientação sobre o tema. “Acredito que a iniciação prematura à vida sexual não ocorre por falta de diálogo (na família). Acho que outras questões do século 21 (influenciam), como a banalização do sexo e esse tipo de coisa. Agora, as doenças sexulamente transmissível e a gravidez ocorrem por falta de informação.”

A coordenadora do Programa DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde, Clarisse Souza Pinto, explicou que a instalação das máquinas de preservativos é a etapa final de dois anos de trabalho educativo com jovens, pais e professores nas escolas que receberiam os aparelhos.

Campo Grande não está entre os municípios escolhidos pelo Ministério da Saúde para receber tais máquinas mas, diante da possibilidade de o projeto ser expandido para todo o País, a Câmara Municipal se antecipou para impedir a medida na Capital.

“Não é uma ação isolada. É o produto final de uma série de ações feita com os adolescentes, pais e professores.”, disse. “É uma ação de prevenção voltada para Estados, Municípios, escolas que tenham grande vulnerabilidade, onde os jovens estavam se expondo”, explicou.

DROGAS

Cão policial ajuda a prender traficantes em operação da Polícia Civil

Em dois dias, Operação Faro, em Campo Grande, interceptou cerca de 5 quilos de drogas em agência do Correios e quatro ônibus

08/12/2025 16h45

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo Divulgação: Polícia Civil

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A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), realiza, durante este mês de dezembro, a Operação Faro, que conta com a ajuda de cães farejadores para encontrarem drogas em malas dos ônibus e encomendas nos Correios.

Em uma das abordagens, a ação contou com apoio da Subgerência de Segurança Corporativa dos Correios. As embalagens foram enviadas de Paranhos e Ponta Porã. A primeira embalagem tinha como destino a cidade de Montes Claros (MG), com 2,248 quilos de skunk, divididos em sete porções. E a segunda encomenda iria para Aparecida de Goiânia (GO), com 100 gramas de haxixe marroquino.

Durante a triagem de encomendas, o cão Colt-K9 sinalizou positivamente para duas embalagens, indicando possível presença de substâncias ilícitas. Após a conferência, foram localizadas porções de maconha do tipo skunk e haxixe marroquino, totalizando 2,348 quilos de entorpecentes.

Uma outra fiscalização da Polícia Civil, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campo Grande, interceptou cerca de 2,860 quilos de cocaína.  

As autoridades receberam informações de que vários ônibus provenientes de Corumbá, rota do tráfico que faz fronteira com a Bolívia, estavam parados a poucos quilômetros do ponto onde eram realizadas fiscalizações. As equipes se deslocaram e encontraram quatro veículos, que foram encaminhados ao posto da PRF para revistarem os veículos. 

Durante a inspeção no ônibus que seguia de Corumbá para São Paulo, o cachorro indicou três mochilas pertencentes aos passageiros com idades de 38, 26 e 23 anos, todos de nacionalidade boliviana. No interior das bagagens foram localizadas embalagens de lenço umedecido e frascos de shampoo contendo cápsulas de cocaína.

Com o de 38, os policiais encontraram 66 cápsulas, totalizando 824 gramas. O de 26 transportava outras 66 cápsulas, pesando 834 gramas. Já com o de 23 foram apreendidas 100 cápsulas, somando 1.202 gramas. Os três informaram que receberiam R$ 2.500,00 pelo transporte da droga e que viajavam juntos desde a Bolívia.

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Cidades

Com telessaúde em 100% dos municípios, MS é destaque nacional

Em três anos, cobertura de telessaúde cresceu mais de 370% no estado

08/12/2025 16h15

Divulgação

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Mato Grosso do Sul é um dos únicos estados do país a atingir a marca de 100% de cobertura na disponibilização de serviços de telessaúde. Em todos os municípios do estado há pelo menos um serviço de telessaúde disponível à população.

O Programa SUS Digital do Ministério da Saúde prevê a implementação da telessaúde baseada em três eixos seguidos pelo Governo do Estado: cultura de saúde digital, formação e educação permanente em saúde; soluções tecnológicas e serviços de saúde digital no âmbito do SUS; interoperabilidade, análise e disseminação de dados e informações de saúde.

“Esse resultado reflete nosso compromisso estratégico em garantir que cada cidadão, mesmo nas áreas mais distantes, tenha acesso rápido e qualificado ao atendimento. A tecnologia é uma ferramenta essencial para promover a equidade no SUS," afirma a Crhistinne Maymone, secretária adjunta de Estado da Saúde.

Em três anos, de 2022 a 2025, os números de produção em Telessaúde cresceram mais de 370% no volume total de eventos de telemedicina e telessaúde em Mato Grosso do Sul.

O Telediagnóstico em Cardiologia (Tele ECG) é o procedimento que mais atinge o público, com 63.862 atendimentos neste ano. Esse volume representa um salto impressionante, partindo de 43.265 em 2023 e 58.984 em 2024.

O serviço de Teleinterconsultas atingiu 13.030 atendimentos em 2025 somente no serviço NTS - DigSaúde/Fiocruz - Einstein, indicando a alta capacidade de suporte especializado à rede.

Redução de filas

Todo o esforço de expansão e alta produção da telessaúde tem como foco a redução das filas na saúde pública. Com 58 municípios com TeleECG, 28 municípios com Teledermatologia e 7 municípios com Teleoftalmologia, o telediagnóstico garante acesso real à Atenção Especializada.

Dos municípios atingidos, 14 se destacam pelo elevado índice de especialidades resolvidas por teleatendimento, zerando ou reduzindo solicitações de especialidades em fila de espera. Entre eles, estão: Caracol, Aquidauana, Pedro Gomes, Brasilândia, Coxim, Fátima do Sul, Angélica, Anastácio, Deodápolis, Rio Negro, Sidrolândia, Selvíria, Vicentina e Bandeirantes.

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