Em reunião hoje (24), em Brasília, secretários do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e da Prefeitura de Campo Grande definiram que o foco inicial do Plano do Governo Federal “Crack, é possível Vencer” - desenvolvido em parceria com os gestores estaduais e municipais - será a região do Bairro Los Angeles, em Campo Grande.
O plano tem a proposta de atender os usuários de crack nas questões de saúde, assistência social, educação e prevenção. Entre as propostas estão a criação nos próximos dois anos, em todo o país, de 308 Consultórios na Rua, com profissionais de saúde; oferecer 5,2 mil leitos novos ou qualificados até 2014; reajustar o valor da diária de internação paga pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de R$ 57 para R$ 300 por leito; construir 430 unidades de acolhimento até 2014, e investir R$ 300 milhões em projetos de reinserção social nos próximos 24 meses.
De acordo com o Secretário Nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, a proposta é “tratar a dependência química como um grande problema de saúde”. Ele explicou que o sistema de saúde e atendimento aos dependentes “não acompanharam a demanda, que explodiu”.
“Onde existe maior aglomeração de pessoas, o problema é maior, por isso definimos Campo Grande como o município para iniciarmos este Plano. Atualmente, os usuários de crack já estão formando grupos nos bairros”, afirmou a secretária de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Beatriz Dobashi.
Além deste programa nacional, o governo de Mato Grosso do Sul elaborou o “Plano MS sem Drogas”, que aborda ações multidisciplinares e prevê investimentos de R$ 72,6 milhões até 2014. A proposta precisa de recursos federais e foi entregue em maio deste ano ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.





