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Lei de Acesso à Informação avançou

Lei de Acesso à Informação avançou

do Metro - band

15/10/2012 - 10h44
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Em vigor há cinco meses, a Lei de Acesso à Informação só decolou nos órgãos diretamente ligados ao poder executivo federal. Estados e prefeituras ainda engatinham na divulgação de dados públicos e, em todos os setores do funcionalismo, entidades de classe travam uma intensa guerra judicial para tentar barrar a divulgação individual de salários.

A reação iniial da Justiça foi conceder liminares impedindo o acesso a esses dados. As decisões definitivas, porém, têm respaldado o entendimento da CGU (Controladoria Geral da União), de que os gastos detalhados com pessoal, uma das maiores despesas do governo, devem ser de livre acesso.

Transparência opaca

O Senado e a Câmara dos Deputados, por exemplo, passaram a divulgar os vencimentos dos servidores apenas no início do mês, cumprindo ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Nas duas Casas, porém, regras produziram o que o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, chamou de “transparência opaca”.

Para saber o salário de um servidor, o interessado precisa preencher -- a cada consulta -- um cadastro com nome completo, CPF, endereço com CEP e e-mail. A identidade digital do computador utilizado também é armazenada.

“É uma maneira de intimidar o pesquisador. A busca individualizada impossibilita o cruzamento de informações, que é o que de mais relevante se pode fazer com esses dados”, avalia Castello Branco.

E as informações pessoais de quem pesquisa não são sigilosas. Servidores que têm o salário consultado ou são citados em pedidos de informações sabem quem viu os dados e podem entrar em contato com a pessoa -- o que alguns já têm feito -- para tirar satisfações sobre o interesse.

A justificativa, segundo o Senado, é de que o acesso a dados salariais envolve “notórios riscos” à segurança do servidor e de seus familiares e que a contrapartida é um direito “para o caso do uso indevido da informação”.

O Congresso invoca ainda o texto da lei de acesso, que diz que os autores de pedidos de informações devem se identificar. Para a CGU, porém, isso vale para quem faz pedidos específicos. Os gastos com servidores, por outro lado, deveriam ser de livre acesso, como ocorre nos órgãos federais. 

União já recebeu 39 mil pedidos de informações

Os órgãos federais responderam, até o fim da última semana, 36.451 pedidos de informações, o que representa 93,48% das 38.994 solicitações feitas ao Serviço de Informações ao Cidadão. As demais estão em análise. Em média, os pedidos são respondidos em 10 dias.

Os campeões de solicitações são a Susep (Superintendência de Seguros Privados), com 12,5% do total, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), com 7,2%, e o Banco Central, com 4%.

No Distrito Federal, a Secretaria de Transparência e Controle recebeu, até agora, apenas 96 pedidos de informações. Segundo o órgão, todos foram respondidos.

Nessa conta, porém, não estão os pedidos feitos diretamente a órgãos estatais do DF. Não há padronização ou monitoramento central e as exigências e maneiras de atender aos pedidos são variadas.

A Terracap, por exemplo, disponibiliza um formulário em que pede, entre outras informações, escolaridade, sexo e faixa etária do autor da pesquisa.

Segundo o GDF, informações do tipo vão compor um grande banco de dados que vai permitir traçar um perfil estatístico dos usuários de serviços de acesso à informação em Brasília.

ELEIÇÕES 2026

Simone só definirá onde disputará uma vaga ao Senado após conversa com Lula

A ministra do Planejamento e Orçamento revelou que, se depender dela, a pré-candidatura será por Mato Grosso do Sul

17/12/2025 08h20

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pretende tentar uma vaga ao Senado

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pretende tentar uma vaga ao Senado Valter Campanato/Agência Brasil

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Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciar que deixará o governo até fevereiro de 2026, negando ser candidato a governador de São Paulo ou a senador para ajudar na reeleição presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja como coordenador da campanha, seja na formulação do programa de governo, o nome da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), voltou a ganhar força para ser a aposta do governo federal ao Senado naquele estado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, ela admitiu que neste momento não tem mais como deixar de ser candidata nas eleições de 2026, porém, não bateu o martelo se disputará uma cadeira ao Senado ou, talvez, à Vice-Presidência da República em uma chapa encabeçada pelo presidente Lula. 

“Acho difícil agora fugir da missão de ser candidata a alguma coisa no próximo ano”, declarou.

No entanto, sobre a possibilidade de ser a candidata do presidente Lula ao Senado por São Paulo, já que o ministro Fernando Haddad descartou essa probabilidade, Simone Tebet disse que, caso a escolha fosse somente sua, a preferência é por disputar a vaga de senadora da República por Mato Grosso do Sul. “Se eu puder, quero ser candidata ao senado pelo meu Mato Grosso do Sul”, assegurou.

A ministra do Planejamento e Orçamento explicou que a decisão não depende mais somente dela, pois precisa ouvir também o posicionamento do presidente Lula.

“Quero ser candidata por Mato Grosso do Sul, mas o Lula vai conversar comigo até fim de janeiro de 2026 e preciso saber qual é o projeto político do grupo”, afirmou.

Ela reconheceu que, apesar de faltar pouco tempo para o início da campanha eleitoral, o jogo político para 2026 ainda apresenta inúmeras variáveis.

“Porém, posso afirmar mais uma vez que, se eu puder escolher, já está escolhido, minha pré-candidatura ao Senado será por Mato Grosso do Sul”, argumentou.

Caso o presidente Lula decida que Simone Tebet tenha de disputar a vaga por São Paulo, afinal, ela teve no estado o maior número de votos proporcionais nas eleições presidenciais de 2022, a ministra terá até o dia 6 de maio de 2026 para fazer a mudança de domicílio eleitoral ou ficará impedida de concorrer ao cargo pelo estado vizinho.

Entretanto, pelas regras de troca de domicílio eleitoral, ela precisa residir no novo município, São Paulo (SP), há pelo menos três meses, algo que não será problema, pois Tebet também tem residência na capital paulistana.

PRERROGATIVAS

Na sexta-feira, Simone Tebet, Fernando Haddad e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), foram homenageados na festividade de fim de ano do Prerrogativas, grupo de advogados progressistas próximo ao presidente Lula, que também esteve presente no evento. 

A escolha dos três não foi à toa, pois eles representam nomes defendidos pelo grupo para as eleições de 2026 e, por isso, a cerimônia foi em clima de campanha eleitoral.

“Eu vi o projeto do presidente Lula no passado, porque eu era contra o regime fascista e o negacionismo do então presidente Bolsonaro. Hoje, estou no governo e estarei no palanque em 2026 com o presidente Lula”, afirma Tebet.

Na plateia, vários presentes entoaram gritos de “governadora” durante a fala dela, mas o plano que tem se costurado nos bastidores é de que ela saia candidata ao Senado por São Paulo.

Em setembro, ela esteve em um jantar, também com membros do Prerrogativas, com vários empresários paulistanos.

O bom diálogo da ministra do Planejamento e Orçamento com setores do mercado financeiro e do agronegócio conta pontos a seu favor em uma eventual candidatura. 

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Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

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