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OPINIÃO

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J. Bandeira: "A verdade tóxica que o PT não digere"

Economista, formado pela Faculdade de Ciências Politicas e Econômicas do RJ

Economista J. Bandeira

24/11/2014 - 00h00
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 O programa Fome Zero, criado por José Graziano e sucumbido por uma administração mambembe do governo Lula, informava ao País que havia 53 milhões de brasileiros famintos. Entretanto, saiu uma pesquisa do IBGE que desmente o Fome Zero: 38,8 milhões eram gordos e obesos (pançudos) e apenas 3,8 milhões estavam com deficiência de peso, o que não significa, necessariamente, desnutrição.

Mesmo assim, nascia, então, via Graziano, o pináculo do orgulho petista na área social: O BOLSA FAMÍLIA. É consabido que Lula recebeu de FHC, a mais bem montada estrutura social já vista no País, cuja patrona Ruth Cardoso, foi a idealizadora do BOLSA ESCOLA, programa esse, cuja meta, consistia em formar pessoas independentes do Estado e, dessa forma, fugir do paternalismo.

E a falsa concepção do Bolsa Família, que foi substituído pelo Bolsa Escola? Está com a palavra, o senador (PMDB), 2 vezes governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos: “O marketing do assistencialismo de Lula consegue mexer com um País inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é a chave para a popularidade em um País pobre.O BOLSA FAMÍLIA É O MAIOR PROGRAMA DE COMPRA DE VOTOS DO MUNDO”.

A grande e boa verdade é que Lula não se esqueceu do pseudo-socialista José Graziano, quando pesquisou os 53 milhões de brasileiros famintos. É nesse barco que vou navegar, exclamou Lula. Então, partiu para incrementar e solidificar o Bolsa Família numa expressão geométrica e, desta feita, incorporando ao sistema os jovens de 16 anos e, numa expansão ilimitada cadastrou 16,3 milhões de famílias, que sugam de quem paga impostos, mais de R$ 24 bilhões. Do total de famílias inscritas, 67,3% são assistidas no Nordeste.

O Lula que é o mais ardiloso do que bobo, sabe perfeitamente que o Bolsa Família assume um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, uma vez que o Bolsa Família não tem prazo para terminar e, assim, se materializa a escravização dos mais humildes na dependência de políticas públicas. Infelizmente há milhões de pessoas que se acomodam, deixam de trabalhar e vivem escravizadas pelo benefício. Aliás, diga-se, a bem da verdade, não apenas os beneficiários ficam cativos do assistencialismo, mas, também, A CLASSE POLÍTICA. Perguntar-se-á: Qual o político que se insurge contra o Bolsa Família? Ao contrário, em campanhas eleitorais, candidatos prometem até majorar o benefício, embora o próprio Lula sabe que manter os pobres dependentes é ruinoso, porém essencial ao populismo. Como? Ora, com os benefícios, o povo pode até momentaneamente acreditar que sua condição melhorou, mas fato é que permanecerá pobre. Aliás, a propaganda do PT em relação ao Bolsa Família é do mais elevado nível, por afirmar que é o surgimento de uma nova classe social. Nas estatísticas governamentais, eles deixam de ser considerados pobres, só porque recebem o Bolsa Família. Porém, a longo prazo, a ascensão social é nula.

Entrevistado, João Dionísio Amoêdo, presidente do PARTIDO NOVO, que aguarda a aprovação do registro no TSE, indaga: “O Bolsa Família existe para perpetuar as pessoas na pobreza ou para tirá-las de lá? Entendo que a medida para o êxito deveria ser a redução dos dependentes. A minha impressão é que o governo parece festejar sempre que o número de assistidos cresce. O Bolsa Família não tem objetivo definido”.

E o desvirtuamento do benefício? Romildo Ferreira Santos, atual prefeito de Cipó (BA), tem uma filha que recebe o Bolsa Família. Da mesma forma, numa ocorrência policial em Três Lagoas (MS), descobriu-se que Mayara de 20 anos é filha do bem situado financeiramente Marcos Roberto da Silva, também é assistida pelo sistema. O que ela faz? Explora ponto de drogas.

Eis, assim exposta, a verdade tóxica que Dilma e Lula não digerem.