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Intel investe para massificar banda larga pré-paga no Brasil

Intel investe para massificar banda larga pré-paga no Brasil

CONVERGÊNCIA DIGITAL

21/08/2011 - 22h00
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Interessada em ampliar o consumo de PCs e dispositivos no Brasil, a Intel negocia com o governo, operadoras e fabricantes de modems e microcomputadores um acordo inédito para ampliar a base de PCs conectados à Internet rápida no país. O objetivo é massificar a oferta de banda larga pré-paga por meio do modem de acesso pelas teles fixas e móveis..

A ideia da fabricante é replicar modelos já utilizados em países como Índia, Turquia e Paquistão, revela John Davies, diretor geral do programa Intel World Ahead. Em entrevista exclusiva ao portal Convergência Digital, o executivo se mostrou um entusiasta do potencial do mercado brasileiro para o consumo de PCs e de Internet.

"O Brasil está em terceiro lugar no ranking de PCs – superando o Japão no segundo trimestre – e deverá manter essa posição por muito tempo. O mercado aqui cresce solidamente e há ainda muito espaço para oportunidades", ressalta Davies.

O desafio agora, estabelece o vice-presidente da Intel, é ampliar o consumo de banda larga. "Há muitos PCs desconectados e o modelo do pré-pago, que tanto sucesso fez na telefonia móvel, é uma oportunidade de ouro para geração de novos clientes e consumo", sustenta o executivo da Intel, que nesta semana esteve no Brasil para uma rodada de negociação do projeto.

De acordo com o levantamento da Telebrasil, entidade de classe das operadoras no Brasil, o número de conexões fixas subiu 26,3% nos últimos doze meses, passando de 12,6 milhões em julho de 2010 para 16 milhões no mês passado. Mas esse número ficou abaixo das conexões móveis – somando modens e browsers com Internet –, que chegaram a 29,7 milhões.

Mãos à obra

O modelo pré-pago de acesso à banda larga é pouco utilizado no Brasil. As teles móveis – depois de apostarem suas fichas no modelo – recuaram em função da alta demanda e da baixa capacidade de suas redes 3G de suportarem o tráfego gerado. A mobilização pela Internet foi desviada para o acesso via browser – com consumo menor de banda e de tráfego. As teles fixas, por sua vez, também não investem no modelo. Elas estão costurando a adesão ao PNBL – com preço de R$ 35,00 (com impostos) para a conexão de 1MB. Mas para Davies, o pré-pago é absolutamente rentável.

"Na Índia, o modelo pré-pago, com custo em torno de US$ 2 para o consumidor, trouxe um incremento de quase 30% na receita das teles que investem em banda larga em áreas rurais do país", exemplifica o vice-presidente da Intel. Estratégia semelhante foi adotada na Tailândia e na Turquia.

"Para emergentes é um modelo vencedor", decreta Davies. A experiência bem-sucedida do pré-pago no celular – responde por mais de 80% da base – respalda a ideia que o Brasil pode vir a aderir ao modelo de negócio com sucesso.

Aumentar o consumo de banda larga e, por tabela, incrementar a aquisição de PCs e dispositivos é estratégico para o negócio da Intel. Para isso, Davies se reuniu com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e também manteve contatos com executivos do setor de telecom e fabricantes.

"Para dar certo, o ecossistema precisa estar formado", assume. Sem revelar detalhes dos encontros e também sobre o montante a ser investido pela Intel - mas confirmando que uma verba exclusiva foi destinada para a inicitiva em prol da banda larga pré-paga no Brasil - Davies garante que a empresa está bastante disposta a ter papel crucial nessa aliança. "Posso dizer que queremos investir em ações de marketing, de fomento e fazer acontecer o uso da banda larga no país", resume.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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