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MUDANÇAS

Governo reduzirá preços de frutas e elevará o de cigarros e bebidas

Governo reduzirá preços de frutas e elevará o de cigarros e bebidas

DA REDAÇÃO

18/08/2011 - 16h20
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A redução do preço das frutas e hortaliças e o aumento das taxas incidentes sobre as bebidas alcoólicas e produtos derivados do tabaco são duas das ações que o Governo Federal pretende adotar para conter as mortes provocadas pelas chamadas DCNT (doenças crônicas não transmissíveis).

O conjunto de medidas anunciado nesta quinta-feira (18) pelo Ministério da Saúde pretende reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura por enfermidades como AVC (acidente vascular cerebral), câncer, diabetes e infarto.

No Brasil, a taxa de mortalidade por DCNT é de 255 a cada grupo de 100 mil habitantes. Com a proposta, espera-se chegar à taxa de 196 por 100 mil brasileiros até 2011.

"A colaboração de todos os setores sociais é essencial para o enfrentamento dessas doenças: indústria, escola e, principalmente, o papel das famílias é primordial, pois estamos falando de hábitos de vida, que incluem alimentação saudável e execícios físicos", destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Prato equilibrado e saudável
O estilo de vida com consumo abusivo de álcool, alimentos gordurosos, fumo, sedentarismo e obesidade aumenta o risco de a pessoa ter uma DCNT. Então, para estimular a ingestão de frutas, verduras e legumes, o governo prevê reduzir impostos e taxas destes produtos, para facilitar o acesso a eles, já que o preço é um empecilho.

"Defendemos incentivos fiscais e tributários para os alimentos saudáveis", disse Padilha à Agência Brasil, sem detalhar como será a adoção das medidas fiscais.

Outra medida é limitar a presença de sal, gordura e açúcar em alimentos processados. Acordo de abril com a indústria alimentícia já prevê a diminuição gradativa do sódio (sal).

Neste semestre, o ministério vai discutir com o setor a diminuição da gordura total. "É reduzir o sal que se vê no saleiro e o oculto nos alimentos", explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Taxação
Por outro lado, o Governo vai aumentar os impostos sobre produtos de tabaco e álcool, para desestimular o consumo deles. A ideia é alcançar um percentual de adultos fumantes de 9% até 2022; no final dos anos 1980, ela era de 34,8% e, atualmente, é de 15%.

No início deste mês, uma Medida Provisória determinou o aumento da carga tributária dos cigarros de 60% para 81%. Além disso, acrescenta Padilha, já existem projetos no Congresso Nacional que preveem o aumento dos impostos também para as bebidas alcoólicas, produto cujo consumo tem crescido no País.

Outras propostas são acabar com os fumódromos e intensificar a fiscalização na venda de álcool para menores de 18 anos de idade.

Estímulo ao exercício
No caso das atividades físicas, outro foco do plano do Ministério da Saúde, o governo aposta no Programa Academia da Saúde, com a instalação de 4 mil equipamentos esportivos em espaços públicos até 2014.

O objetivo é que 22% da população faça exercícios físicos na hora do lazer. "Fazer atividades físicas, às vezes, não é uma escolha para o indivíduo. É a falta de opção", afirma Padilha.

DCNT em números
Dados de 2009 do Sistema de Informação de Mortalidade mostram que as DCNT concentram 72% do total de óbitos, percentual que representa mais de 742 mil mortes por ano.

As que mais matam são as doenças cardiovasculares (31,3%), o câncer (16,2%), as doenças respiratórias crônicas (5,8%) e o diabetes mellitus (5,2%).

"Essas doenças provocam impacto anual de 1% no PIB do Brasil e de 2% no PIB da América Latina, segunda estimativas da Opas. Isso porque as doenças levam à redução de produtividade no trabalho, afetando a renda familiar", destaca o ministro.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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