Cidades

EDUCAÇÃO

Governo lança concurso em agosto

Governo lança concurso em agosto

ANAHI ZURUTUZA

27/07/2011 - 00h02
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O Governo do Estado deve lançar no próximo mês concurso público para contratar professores que atuarão nas 362 escolas da rede estadual de ensino. Segundo as secretárias de Estado de Educação, Nilene Badeca, e de Administração, Thie Higushi, que ontem reuniram-se com representantes da Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetems) para discutir o assunto, a proposta tem de passar pelo crivo do governador André Puccinelli (PMDB) que ontem falou a respeito (veja entrevista abaixo). No entanto, a previsão é que todos os "detalhes", dentre eles o número de vagas a serem oferecidas, sejam resolvidos até o início de agosto, para que até o final do mês o edital seja lançado.

Segundo a secretária de Educação, o concurso tem objetivo de preencher o quadro de professores da rede estadual, que hoje está deficitário porque há anos não são feitas contratações de profissionais efetivos. Nilene Badeca explica que os candidatos aprovados no certame substituirão os professores que trabalham nas escolas do Estado sem concurso, por meio de convocação — ou seja, ocupam o que a secretaria chama de "vagas puras".

De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Magno Botarelli Cesar, o último concurso público para professores foi realizado há seis anos. "Nesse tempo todo, profissionais que eram ativos aposentarem-se, faleceram, foram cedidos para os municípios, tiraram licença para estudar, etc", explica. Para substituí-los, o governo convoca professores que fecham com o Estado contratos temporários. "É preciso renovar o quadro, a gente precisa ter professores concursados ocupando estas vagas".

Conforme estimativa da Fetems, dos 18 mil professores da rede estadual, 7 mil são convocados e, destes, pelo menos 2 mil ocupam as "vagas puras". Os outros 5 mil são funcionários com contratos temporários que substituem profissionais que estão de licença médica ou maternidade, que são nomeados diretores, diretores-ajuntos ou coordenadores de escolas, que estão licenciados para exercer mandato classista.

Tie Higushi e Nilene não confirmam que o concurso oferecerá as 2 mil vagas que precisam ser preenchidas. Segundo Thie Higushi será feito levantamento detalhado sobre a situação para, então, ser definido o quantitativo de vagas.

As secretarias também não detalharam para quais áreas serão contratados estes profissionais efetivos. Mas, segundo o presidente da Fetems, a maior necessidade é de professores de Física, Química e Matemática.

Roberto Magno afirma, ainda, que foi proposto que o preenchimento das "vagas puras" seja feito por etapas. "A ideia é lançar edital com parte das vagas agora em agosto para que os professores tomem posse em fevereiro do ano que, início do ano letivo. E, em seguida, seja aberto novo concurso para contratar mais gente que tomará posse no segundo semestre. Assim, o governo evitaria que os levantamentos da vagas puras ficassem defasados e a Fetems apóia a proposta".

 Administrativos

Para a contração de profissionais que farão a limpeza, a merenda e serviços administrativos nas escolas a previsão é que o governo lance concurso a parte, em setembro. O presidente da Fetems acredita que seja necessários contratar ao menos 1 mil servidores para suprir a demanda das escolas estaduais.

Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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