Política

Campos:

Governo faz 'marketing' com Mais Médicos

Governo faz 'marketing' com Mais Médicos

G1

06/05/2014 - 15h27
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Em tom crítico ao programa federal Mais Médicos, o pré-candidato do PSB à Presidência da República e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou nesta terça-feira (6) que o Brasil não irá resolver os problemas da saúde pública "importando médicos" do exterior. O presidenciável, no entanto, descartou acabar com a iniciativa do governo Dilma Rousseff caso seja eleito.

"Não vamos responder aos problemas da saúde no Brasil importando médicos", disse Campos durante palestra sobre Desenvolvimento Sustentável na faculdade de medicina da USP, em São Paulo. "É preciso responder à saúde além do marketing político", ironizou o antigo aliado da gestão petista.

Ele prometeu à plateia de profissionais da saúde que, se vencer a eleição, pretende fazer uma auditoria no contrato firmado entre o Executivo federal com os profissionais estrangeiros.

O pernambucano também ressaltou que quer pagar aos médicos cubanos o mesmo salário repassado aos demais profissionais que atuam no programa.

Não vamos responder aos problemas da saúde no Brasil importando médicos. (...) É preciso responder à saúde além do marketing político"

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência
Em fevereiro, depois de sofrer críticas pelo pagamento diferenciado aos profissionais de Cuba, o Ministério da Saúde anunciou um reajuste na bolsa paga aos médicos da ilha caribenha. Mesmo com o aumento de salário, os cubanos continuam ganhando menos do que os outros participantes da iniciativa federal.

Atualmente, os médicos de Cuba recebem mensalmente US$ 1.245 (cerca de R$ 2,9 mil), sem contar as despesas pagas pelas prefeituras com alimentação e hospedagem. O restante dos bolsistas do programa recebem R$ 10 mil por mês.

Apesar das críticas indiretas ao Mais Médicos, Campos advertiu que não pretende "devolver" os médicos do exterior que atuam no programa. O Mais Médicos é uma das principais bandeiras de Dilma para a eleição presidencial.

"Você não vai retirar médicos de comunidades que não têm outras alternativas. Nós vamos fazer um estudo de auditoria sobre o contrato e sobre o efeito da presença desses médicos. Nós precisamos é de formação médica no Brasil na quantidade suficiente e com qualidade para amanhã a gente não precisar importar, mas não vamos devolver", afirmou.

CPMF
Antigo defensor da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Eduardo Campos mudou seu discurso com relação ao imposto que havia sido criado para subsidiar a saúde pública, extinto em 2008. Na palestra aos médicos da USP, o pré-candidato do PSB prometeu que não ira criar novos impostos se for eleito.

"Nós já assumimos o compromisso de que, no nosso governo, não vamos aumentar a carga tributária de impostos".

Ele admitiu que defendeu a prorrogação da CPMF, porém, alegou que o fez baseado "em circunstâncias próprias daquela época".

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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