Estão em andamento ao menos 13 licitações para elaboração dos projetos prevendo a pavimentação de 605 quilômetros, o que exigira investimento de R$ 2,6 bilhões
Depois do pacote de obras bancado com o financiamento de R$ 2,3 bilhões Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), e mais R$ 300 milhões de recursos próprios, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul prepara um novo pacote e com valores idênticos, da ordem de R$ 2,6 bilhões. Por enquanto, porém, a fonte para bancar estas obras não foi divulgado.
Desde agosto deste ano a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou pelo menos 13 editais para contratação de empresas interessadas na elaboração dos projetos para execução de obras pavimentação em cerca de 20 municípios de todas as regiões do Estado.
Caso estes projetos saiam do papel, serão em torno de 605 quilômetros de asfalto novo e com base nas recentes licitações do pacote de obras do BNDES, serão necessários em torno de R$ 2,6 bilhões, uma vez que o custo por quilômetro está na ordem de R$ 4,3 milhões.
Somente para a elaboração dos projetos básico e executivo estão sendo destinados quase R$ 28 milhões, conforme a previsão de valor máximo estipulado nos editais das licitações. A previsão é de que até março do próximo ano as contratações estejam concluídas.
A maior destas obras prevê a pavimentação de 101 quilômetros da MS-340, ligando as cidades de Rio Negro e Bandeirantes, encurtando em pelo menos 30 quilômetros a distância por rodovia asfaltada entre as duas cidades.
Outro grande projeto é o que prevê a pavimentação de 95 quilômetros da MS-447 e da MS-345. Se sair do papel, haverá asfalto entre a cidade de Aquidauana e a chamada Ponte do Grego, passando pelos distritos de Limão Verde e Cipolândia. O asfalto entre a cidade de Terenos e a Ponte do Grego foi inaugurado em meados deste ano.
Um terceiro importante projeto prevê a implantação de 68 quilômetros de asfalto ligando a BR-267 à cidade de Angélica, pela MS-141. No mesmo projeto também está previsto o asfaltamento de 18 quilômetros da MS-473, que já é parcialmente asfaltada.Os investimentos criarão uma nova ligação entre Angélica e Nova Andradina.
E em meio ao andamento das obras milionárias de construção da ponte sobre o Rio Paraguai e dos 13 quilômetros da rodovia de acesso a esta ponte em Porto Murtinho, a Agesul projeta a construção de 50 quilômetros de uma rodovia para ligar Porto Murtinho à divisa com Paraguai, passando sobre o Rio Apa, que faz a divisa entre o Brasil e o Paraguai.
Caso seja executada, a obra será fundamental para incrementar a chamada rota bioceânica, já que conectaria as cidades paraguaias localizadas na margem esquerda do Rio Paraguai a esta nova via. Porém, para que o projeto vire realidade, o Governo do Estado espera ajuda federal para construção da ponte sobre o Rio Apa.
Mas, entre estes projetos lançados pela Agesul também exitem obras menores, como é o caso do projeto para pavimentação dos oito quilômetros ligando a BR-262 ao distrito de Piraputanga, povoado que está se destacando por conta de atrativos turísticos localizado na margem direita do Rio Aquidauana e às margens da MS-450, também conhecida como Estrada Parque Palmeiras-Piraputanga.
PACOTE DO BNDES
No pacote de obras que já está em andamento desde o começo deste ano, pelo menos 15 licitações para obras bancadas pelo BNDES já foram concluídas. A maior parte já está em andamento. A previsão é de que sejam construídos 570 quilômetros de asfalto novo e que seja feito o recapeamento de outros 250 quilômetros.
Dos 13 projetos que foram encomendados agora pela Agesul, nenhum será para complementar as pavimentações que integram o pacote do BNDES, embora boa parte das obras seja somente relativa a trechos iniciais das rodovias que estão sendo asfaltadas.