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PLUS SIZE

Gordinhas sobem às passarelas em semana de moda GG

Gordinhas sobem às passarelas em semana de moda GG

g1

11/02/2011 - 10h00
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Mayara Russi tinha 15 anos e passeava em um shopping center quando foi abordada pelo olheiro de uma agência de modelos. Em vez de se envaidecer com o convite para uma sessão de fotos, a garota se revoltou. “Achei brincadeira de mau gosto! Eu era uma adolescente gordinha!”, relembra.

Foram justamente os quilinhos a mais que chamaram a atenção do especialista, que viu na menina um talento potencial para a moda “plus size”. Passados seis anos, Mayara faz sucesso em catálogos e desfiles para grifes especializadas em tamanhos grandes, e, graças aos olhos azuis puxadinhos, ficou conhecida como a “Ana Paula Arósio GG”.

A modelo será um dos destaques da terceira temporada do Fashion Weekend Plus Size, evento que acontece neste sábado (12), a partir das 17h, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo. Na passarela, nove marcas de roupas e acessórios apresentarão as tendências para o outono-inverno 2011, para manequins do 44 ao 56.

“Na primeira edição, em janeiro de 2010, a maioria das coleções era de malharia. Hoje temos variedade: alfaiataria, vestidos de festa, lingerie...”, conta Renata Poskus Vaz, idealizadora do FWPS. “Isso prova que o mercado está em ascensão. Gordinha não quer mais usar só roupa preta ou vestidão da vovó: estamos de olho no que é moda.”

Renata é autora do blog Mulherão, que traz dicas de moda e beleza para as mais cheinhas. Com cerca de 10 mil acessos diários, o sucesso do site acabou dando origem ao evento fashion.

“O blog virou referência e os lojistas me procuravam em busca de divulgação. Então resolvi reunir os expositores em uma única passarela, com roupas comerciais e usáveis. Não temos um discurso de ‘elevar a auto-estima das gordinhas’, como a maioria das iniciativas. O objetivo da FWPS é vender roupa.”

Mulheres reais
O estilista curitibano Edson Eddel, especialista em noivas, é um dos que acredita no poder lucrativo das consumidoras GG. “Não são as magrinhas que sustentam meu ateliê. Quem me dá dinheiro hoje são as mulheres acima do manequim 44”, diz o designer, cujos modelitos variam de R$ 5.000 a R$ 20 mil.

Na FWPS, Eddel apresentará criações feitas com materiais recicláveis para noivas e madrinhas de casamento. “São vestidos que valorizam o colo e as costas, que para mim são as partes mais belas do corpo das gordinhas. Mas não faço nada que exponha demais o busto e os braços, senão fica muito matrona.”

Outra iniciativa dedicada às garotas “plus size” (tamanho maior, na tradução do inglês) é o projeto Mulheres Reais. Além de ensaios fotográficos e guias de estilo, o grupo promove desfiles de moda – a edição mais recente aconteceu na última terça-feira, em São Paulo. (veja acima vídeo com momentos do evento)

“As grifes que são nossas parceiras se dedicam às mulheres que estão acima do peso e não se reconhecem nessas vitrines com roupas tamanho 38 e 40”, explica Jefferson Benício, idealizador do projeto ao lado de Adilton Amaral. “Queremos mostrar para as gordinhas que elas podem se sentir elegantes e sensuais usando uma moda que respeite as características de seu biotipo”.

A estilista alagoana Sarah Vutano acaba de concluir a faculdade de Moda e apresentou sua primeira coleção na passarela do Mulheres Reais. “Desde o início do meu curso procurei me especializar no 'plus size'. É um público bacana, que está aí, cheio de vontade de informação de moda”, opina.

A expansão das grifes e dos eventos fashion tem atraído as gordinhas que sonham com as passarelas. E esse interesse só aumentou com o sucesso da carioca Fluvia Lacerda, a modelo brasileira de maior sucesso no ramo, apelidada de “Gisele Bündchen plus size”.

“Todas queremos chegar onde a Fluvia chegou. Ser modelo de prova para grifes famosas, desfilar no exterior...”, cita Mayara Russi, cujo maior sonho é se apresentar na passarela do Full Figured Fashion Week – semana de moda voltada para as marcas "plus size", que acontece há dez anos em Nova York.

O objetivo também é compartilhado por modelos como Alessandra Linder, 26, que há três anos postou fotos em sua página no Orkut e chamou a atenção de fotógrafo. “Estou me preparando para isso. Procuro ter uma alimentação balanceada, faço tratamentos estéticos, fiz curso de passarela para aprender a desfilar direitinho”, enumera.

Segundo Samantha Rebello, 27, modelo de provas das peças GG da loja de departamento Marisa, a referência para as modelos “plus size” não é a mais poderosa das tops. “Quando a Gisele desfila, joga muito o quadril para os lados. Nós não podemos fazer isso, porque temos o bumbum avantajado e ficaria um caminhar muito rebolativo”, compara. “Quando desfilo fico com a coluna e a postura bem eretas e penso em movimentos suaves como os de uma bailarina”.

O cachê de uma modelo "plus size" gira em torno de R$ 200 por desfile e pode chegar a R$ 2.000 por fotos para um catálogo de lingerie ou moda praia. “Aqui no Brasil ainda pagam pouco. Sei de meninas que, na ânsia de começar uma carreira, trabalham até de graça”, revela Mayara.

A criadora do FWPS alerta para iniciativas oportunistas. "Há muita picaretagem por aí. Grande parte dos cursos para modelos 'plus size' não são idôneos e só querem tirar dinheiro das meninas que sonham com a carreira", revela Renata. "O que precisa ficar claro é que não basta apenas ser gordinha para ser uma top 'plus size'. É preciso vocação, um corpo harmonioso, profissionalismo e dedicação. Como acontece com as modelos convencionais", diz Renata.

Jessica Bini, 25, é “new face” e aposta de sucesso de várias grifes GG. Mas a neomodelo nem pensa em largar o cargo de analista de comércio exterior para se dedicar às passarelas. “Não rola... É um mercado que ainda não traz retorno financeiro”.

Ainda assim, ela não pensa em desistir da profissão. “Estou sempre me cuidando: faço drenagem linfática, tratamentos para manter a pele e o cabelo saudáveis, procuro manter uma boa alimentação...”, conta Jéssica. “Claro que não dá pra viver na base da salada. Gordinha é gordinha, né?”, brinca
 

Solidariedade

Bazar do HCAA terá itens da Receita Federal a partir R$ 2

Com celulares, perfumes, roupas e diversos produtos, o Bazar do Bem será realizado na terça-feira (23), no Hospital de Câncer Alfredo Abrão

19/12/2025 15h33

Imagem Divulgação / HCAA

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) promove a 2ª edição do Bazar do Bem, com doações de 20 mil itens da Receita Federal, a partir de R$ 2, em prol do tratamento de pacientes com câncer.

Com o tema “Solidariedade que Salva Vidas”, os recursos arrecadados com a venda serão destinados à construção do bunker do novo Acelerador Linear de última geração, equipamento utilizado na realização de radioterapia em pacientes oncológicos.

Trata-se de uma tecnologia de ponta, que trará mais segurança, qualidade e agilidade aos tratamentos, ampliando as chances de cura e a qualidade de vida.

Para quem deixou as compras de última hora, o bazar é uma boa opção, com preços abaixo do mercado em diversos produtos, como:

  • celulares;
  • roupas;
  • perfumes;
  • acessórios e eletrônicos.

Os produtos foram doados pela Receita Federal de Ponta Porã, e a venda será realizada nas dependências do hospital.

As opções de pagamento incluem Pix, dinheiro, débito e crédito.

Imagem Divulgação / HCAA

Como acompanhou o Correio do Estado, o primeiro Bazar do Bem foi fundamental para a aquisição de um Acelerador Linear, com recursos arrecadados a partir da venda de itens também doados pela Receita Federal.

Nesta nova fase, o momento é considerado decisivo, uma vez que a estrutura permitirá o pleno funcionamento do Acelerador.

“A construção do bunker é prioridade. Ele abrigará este equipamento, que simboliza um marco histórico para a oncologia no Estado e um grande avanço para nossos pacientes. Cada contribuição, cada compra realizada no bazar, se transforma em esperança, em mais chances de tratamento e em vidas salvas”, destacou a presidente do HCAA, Sueli Lopes Telles.

Serviço

  • Bazar do Bem
  •  Data: 23 de dezembro, das 8h às 18h
  • Local: Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA)
  • Endereço: Rua Marechal Rondon, 1053

Neste Natal, o convite está feito: participar do Bazar do Bem é mais do que comprar. É fazer o bem, compartilhar amor e ajudar a escrever histórias de superação.
 

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Sindetran

Servidores do Detran deixam de emitir guia de IPVA e receber pagamentos presenciais no cartão

O sindicato alega desvio de função, sobrecarga e descaso da gestão sobre os servidores

19/12/2025 14h30

Detran não vai mais receber pagamentos de guias do IPVA a partir de janeiro

Detran não vai mais receber pagamentos de guias do IPVA a partir de janeiro FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A partir do dia 1º de janeiro de 2026, os servidores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) não irão mais realizar a emissão de guias para pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), nem receber pagamentos por meio de cartões de débito ou financiamentos no cartão de crédito de forma presencial nas unidades do órgão. 

A decisão foi comunicada pelo Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Sindetran-MS) que alegou que essas atividades não fazem parte das atribuições legais dos agentes de trânsito, o que configura desvio de função. 

Segundo o Sindicato, a emissão das guias de IPVA, que é de responsabilidade da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e o recebimento de taxas nas máquinas de cartão e parcelamento de valores com juros elevados, podem expor os servidores a riscos administrativos e jurídicos por não constarem nos deveres legais dos servidores. 

Para o presidente do Sindetran-MS, Bruno Alves da Silva Nascimento, a decisão aconteceu porque a gestão não defende seus servidores, causando perda de trabalhadores e acúmulo de atribuições, mesmo tendo sido apresentadas soluções práticas à diretoria há mais de um ano. 

“O servidor do Detran não pode continuar assumindo responsabilidades que não fazem parte de seu ofício, enquanto é impedido ou afastado de exercer aquilo que é sua obrigação legal. Essa decisão é um alerta e uma defesa do serviço público de trânsito. A solução foi apresentada à diretoria há um ano e levada à SAD em abril. Até agora, não houve o devido encaminhamento, sobretudo quando o Detran completa 40 anos de autarquia”, afirmou.

O sindicato ainda reforça que a medida tomada visa “preservar a legalidade administrativa, alertar quanto às atribuições finalísticas do órgão e do servidor, garantir o respeito à carreira e assegurar a segurança jurídica dos trabalhadores no exercício de suas funções”. 

Também destaca que as determinadas atividades extras refletem em uma sobrecarga aos servidores que não conseguem realizar ações simples por falta de acesso, como alegações de venda ou vistoria do primeiro emplacamento, considerado essencial para a formação do banco de dados de um veículo em rotatividade. 

Além disso, o parcelamento aplicado no Detran contraria uma normativa federal, onde o oferecimento desse serviço não deve gerar nenhum benefício ao órgão. Ou seja, a partir do momento em que o Detran fornece mão de obra, efetiva ou comissionada, para essa finalidade, configura uma irregularidade em flagrante, já que os juros computados beneficiam apenas terceiros.

Detran não vai mais receber pagamentos de guias do IPVA a partir de janeiroServidores em protesto / Fonte: Fetran

IPVA 2026

O vencimento do IPVA 2026 vence no dia 05 de janeiro, mais cedo que nos anos anteriores, onde o vencimento do imposto era mais para o final do primeiro mês do ano. Assim, os condutores que forem realizar o pagamento precisam buscar uma agência ou canais oficiais da Secretaria da Fazenda para a emissão das guias. 

O Sindetran ressalta que não serão feitos recebimentos de guias ou parcelamentos nas unidades do Detran.

Os motoristas que optarem por realizar o pagamento à vista, têm desconto garantido de 15% sobre o valor total. 

O desconto é o segundo maior do País, já que a média praticada pelos estados brasileiros varia de 3% a 10%. 

Para quem optar pelo parcelamento, as datas de vencimento estabelecidas foram para o dia 30 de janeiro, 27 de fevereiro, 31 de março, 30 de abril e 29 de maio de 2026.

O valor mínimo para cada parcela será de R$30 para motocicletas e R$55 para os demais veículos. Em MS, segundo o Governo, são cerca de 870 mil veículos em circulação. 

Além do desconto exclusivo para o pagamento à vista, o governo estadual manteve uma série de isenções e reduções de bases de cálculo, consolidando a política tributária do Estado como uma das mais abrangentes do País. 

Entre os benefícios estão: 

  • Isenção para veículos oficiais, entidades sociais, autarquias, fundações e templos de qualquer culto;
  • Isenções para tratores e máquinas agrícolas, aeronaves de uso agrícola, embarcações de pescadores profissionais, táxis, mototáxis, ambulâncias, veículos de bombeiros e diplomáticos, além de veículos com mais de 15 anos;
  • Desconto de 60% para Pessoas com Deficiência (PCD) e redução de alíquota para frotistas com 30 ou mais veículos;
  • Isenção total para veículos movidos a gás natural, como estímulo para as práticas sustentáveis;
  • Não cobrança do imposto em casos de furto, roubo, perda total ou apropriação indébita.

Os boletos físicos já começaram a ser entregues via Correio desde ontem (2), mas também pode ser emitido via digital. 

IPVA 2026 passo a passo

Abaixo, você confere um passo o passo de acesso e o caminho que o contribuinte deve seguir para emitir o boleto do IPVA 2026: 

  1.  - Acesse eservicos.sefaz.ms.gov.br (CLICANDO AQUI),
     
  2.  - Clique em 'Entrar com Gov.br' e depois atique-se com certificação digital;
     
  3.  - Faça/atualize o cadastro E-Fazenda;
     
  4.  - Selecione o ícone 'IPVA CIDADÃO';
     
  5.  - Confira os débitos exibidos pelo sistema automaticamente
     
  6.  - Seleciona valores a pagar ou clique em 'Gerar próxima parcela';
     
  7.  - Para pagamento à vista, selecione 'Cota Única' e 'Emitir DAEMS';
     
  8.  - Finalize a operação para emitir o documento.

 

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